Foi noticiado pela imprensa araguarina o caso do corte de eucaliptos, de propriedade da Prefeitura Municipal, por um empresário da cidade.
O caso está rendendo lenha... e derrubada de cargo de primeiro escalão!
Em entrevista a um programa de rádio em Araguari, o Procurador Geral do Município, Dr. Leonardo Borelli, discorreu sobre uma sindicância instaurada pela Prefeitura de Araguari para investigar o caso. Na mesma entrevista o Procurador adiantou que o Secretário Municipal de Meio Ambiente pediria seu afastamento para melhor esclarecimento dos fatos, bem como, outros servidores de 2° escalão seriam exonerados. Em entrevista ao Jornal Contudo, o próprio Procurador informou que para cargo de confiança não há afastamento e sim exoneração.
No mesmo programa de rádio o apresentador informou que, o agora, ex-secretário de Meio Ambiente disse que "teria sido vítima da imprensa". A mesma informação foi veiculada numa coluna do Jornal Diário de Araguari.
A imprensa séria de Araguari vem trazendo informações importantes sobre o caso. E já que a imprensa quer ser o 4° poder neste país, que se "investiguem, apurem e chequem" (Amaral, 2009), principalmente, chequem a informação e ouçam todos os lados envolvidos, sem medo da verdade, doa a quem doer.
O que impressiona no caso, foi a infantilidade com que trataram um bem público, como mostra outra reportagem do Jornal Gazeta, onde o empresário diz que a madeira era a forma de pagamento pelo serviço prestado tendo em vista que a Prefeitura não tinha dinheiro para pagá-lo, ou seja, da mesma forma que se faz em negociações particulares, se fez uma negociação pública, dispensando as formas legais, como por exemplo, um leilão público para a venda da madeira, devido a necessidade comprovada por Biológa da retirada das árvores.
Uma infantilidade derrubou as estruturas, não só dos eucaliptos, e fez de lenha a credibilidade de muitos.
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ORIGEM DO EUCALIPTO
"Eucalipto é a designação vulgar das várias espécies vegetais do gênero Eucalyptus, ainda que o nome se aplique ainda a outros gêneros de mirtáceas, nomeadamente dos gêneros Corymbia e Angophora. São, em termos gerais, árvores e, em alguns raros casos, arbustos, nativas da Oceania, onde constituem, de longe o gênero dominante da flora. O gênero inclui mais de 700 espécies, quase todas originárias da Austrália, existindo apenas um pequeno número de espécies próprias dos territórios vizinhos da Nova Guiné e Indonésia, mais uma espécie no norte das Filipinas." Portanto, no Brasil o eucalipto é uma espécie exótica.
NO BRASIL
"Foi implantado no Brasil em 1909 pelo engenheiro agronômo Edmundo Navarro de Andrade, então funcionário da Cia. Paulista. No Brasil existem extensas áreas plantadas, sobretudo, no Estado de Minas Gerais, que possue cerca de 2% do seu território ocupados com Eucaliptos. Um dos grandes municípios produtores do país, que há mais de trinta anos desenvolve a silvicultura, é o município mineiro de Itamarandiba. Atualmente esta cidade é um dentre os diversos pólos da produção de mudas clonais de Minas Gerais e do Brasil."
EXPLORAÇÃO ECONÔMICA
Algumas das suas espécies foram exportadas para outros continentes onde têm ganho uma importância econômica relevante, devido ao fato de crescerem rapidamente e serem muito utilizadas para produzir pasta de celulose, usada no fabrico de papel, carvão vegetal e madeira.
Alguns defendem que a plantação de eucaliptos permite evitar o corte e abate de espécies nativas, para tais fins, pelo que seriam uma opção adequada a terras degradadas, promovendo-se a economia onde são cultivadas.
O eucalipto ocupa um papel de destaque na economia de Minas Gerais e na matriz energética do Estado. A possibilidade de geração de energia térmica e elétrica através da biomassa florestal vem sendo pontos de investigação e interesse da Companhia Energética de Minas Gerais - CEMIG que, juntamente com universidades, está desenvolvendo estudos e pesquisas de cultivo e uso do eucalipto, segundo critérios técnicos e socioambientais definidos pelos órgãos competentes.
EXPLORAÇÃO ECONÔMICA
Algumas das suas espécies foram exportadas para outros continentes onde têm ganho uma importância econômica relevante, devido ao fato de crescerem rapidamente e serem muito utilizadas para produzir pasta de celulose, usada no fabrico de papel, carvão vegetal e madeira.
Alguns defendem que a plantação de eucaliptos permite evitar o corte e abate de espécies nativas, para tais fins, pelo que seriam uma opção adequada a terras degradadas, promovendo-se a economia onde são cultivadas.
O eucalipto ocupa um papel de destaque na economia de Minas Gerais e na matriz energética do Estado. A possibilidade de geração de energia térmica e elétrica através da biomassa florestal vem sendo pontos de investigação e interesse da Companhia Energética de Minas Gerais - CEMIG que, juntamente com universidades, está desenvolvendo estudos e pesquisas de cultivo e uso do eucalipto, segundo critérios técnicos e socioambientais definidos pelos órgãos competentes.
IMPACTOS
Os impactos sócio-ambientais referem-se à condição de plantio de árvores produtoras de celulose em regime de monocultura extensiva. A intensidade destes impactos depende das condições ambientais anteriores ao plantio, da espécie de árvore a ser plantada e da extensão da área de cultivo. De modo geral, pode-se inferir os riscos de:
- Desertificação das regiões plantadas: por serem árvores de crescimento rápido, há grande absorção de água, podendo levar ao secamento das nascentes e exaustão de mananciais de água subterrânea, afetando seriamente os recursos hídricos locais. Estudos apontam que no Espírito Santo 130 córregos secaram após a introdução da monocultura no estado, o que impacta nas comunidades que vivem nas regiões vizinhas.
- Prejuízo aos solos: como toda monocultura, há exaustão dos solos, o que inviabiliza outras culturas. Além disto, o solo fica exposto durante dois anos após o plantio e dois anos após a colheita, facilitando a erosão.
- Redução da biodiversidade: a alteração do habitat de muitos animais faz com que nas regiões de monocultura de árvores só hajam formigas e caturritas (periquito).
- Concentração de terras: para produzir em grandes extensões, as terras são adquiridas aos agricultores, que se deslocam da região gerando um vazio populacional, associado ao êxodo rural.
- Pouca geração de empregos: as monoculturas são altamente mecanizadas.
- Desmatamento: no Brasil, a associação do eucalipto como alimento aos fornos das siderúrgicas tem induzido o desmatamento nas regiões vizinhas a estas indústrias.
DESERTO VERDE
A expressão deserto verde é utilizada pelos ambientalistas para designar a monocultura de árvores em grandes extensões de terra para a produção de celulose, devido aos efeitos que esta monocultura causa ao meio ambiente. As árvores mais utilizadas para este cultivo são sobretudo o eucalipto, pinus e acácia.
A expressão deserto verde é utilizada pelos ambientalistas para designar a monocultura de árvores em grandes extensões de terra para a produção de celulose, devido aos efeitos que esta monocultura causa ao meio ambiente. As árvores mais utilizadas para este cultivo são sobretudo o eucalipto, pinus e acácia.
Fonte: Wikipédia
Veja o caso que o Prof.Dr. LUDWIG BUCKUP nos conta, querendo eu dizer que para alguns situações essa planta foi a solução, sem falar da celulose: "A capacidade do eucalipto em secar o solo já foi aproveitada em vários lugares onde havia conveniência em secar banhados para os mais diversos fins. Talvez o exemplo mais representativo seja o caso da empresa paulistana fundada em 1912 com o nome de "City of São Paulo Improvements and Freehold Land Company Limited", a Companhia City,como ficou conhecida. A empresa contratou os urbanistas ingleses Barry Parker e Raymond Unwin para o projeto de um bairro que ficaria conhecido como Jardim América. Previamente a isso, a Cia. City havia adquirido duas áreas que totalizavam aproximadamente 960.000 m2 e localizadas na antiga Chácara Bela Veneza e na Freguesia da Consolação que eram áreas inóspitas e inundadas em boa parte do ano por estarem situadas na várzea do Rio Pinheiros . Para drenar as terras próximas constantemente alagadas, a partir de 1927 foram plantados milhares de eucaliptos, que em poucos anos cumpriram a sua missão. Transformaram as áreas pantanosas influenciadas pelas enchentes do rio Pinheiros em bairros de grande valor e alta qualidade urbanística – o Jardim Europa e o Jardim América."
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