O Nascer

"No princípio criou Deus os céus e a terra. E a terra era sem forma e vazia; e havia trevas sobre a face do abismo; e o Espírito de Deus se movia sobre a face das águas. E disse Deus: Haja luz; e houve luz. E viu Deus que era boa a luz; e fez Deus separação entre a luz e as trevas.”
Gênesis 1 1-4

O processo da concepção é fantástico. A cada dia essa progressão se faz sob uma visão microscópica à velocidade natural de um desenvolvimento no tempo certo. Cabeça, tronco, membros se integram formando um todo regido por uma alma.

Assim acontece com tudo e todos. Na comunicação não é diferente. É necessária a ação do emissor com sua linguagem emitindo uma mensagem que o receptor decodificará para o seu entendimento e interagirá por meio de uma reação.

À medida que o homem vai se desenvolvendo, passando de seres primitivos a seres inteligentes, se aperfeiçoa também, a comunicação humana. A evolução da comunicação humana pode ser dividida em três momentos: o primeiro pelos símbolos, sinais e gestos; o segundo pela fala e o terceiro pela escrita e neste momento cada grupo social desenvolveu a linguagem por meio da padronização para a representação pictórica. Cada sociedade criou uma forma particular de escrita, mas foram os sumérios quem transformaram os sons em símbolos, ou seja, os caracteres passaram a representar sílabas, este foi o primeiro passo para a escrita fonética.

A partir daí entramos na era da impressão. Com a invenção de Gutenberg (Johannes Gensfleisch zur Laden zum Gutenberg - Mogúncia, c. 1398 - 3 de Fevereiro de 1468 - foi um inventor e gráfico alemão) começou a revolução da imprensa, onde a informação pode ser levada aos mais distantes rincões.

Atualmente, a velocidade da informação deve seguir a velocidade do fato acontecido. Estamos na era da internet ou era virtual. A Internet é democrática e amplia a cidadania de seus usuários ao expandir o acesso direto à informação. É quase impossível vivermos sem este canal de informação e comunicação.

Em todas as circunstancias a informação (mensagem) levada ao leitor (receptor) tem que partir de fontes éticas (emissor) e compromissadas com a verdade, imparcialidade e ao contraditório. Assim sendo, agregará credibilidade ao órgão que checou e relatou o fato acontecido.

Nossa cidade conta com seu mais ilustre órgão de comunicação escrita o Jornal Observatório, que passou por todo um processo de concepção, com vários momentos de dificuldades e de alegrias e que agora passa pelo momento de desenvolver suas habilidades e conquistar seu espaço, levando ao leitor a verdade dos acontecimentos cotidianos de nossa cidade.

As dificuldades, que não são poucas, inclusive, por meio de críticas de pessoas que acreditam serem donas da verdade e que militam em órgãos de imprensa da cidade que querem centralizar as notícias e opiniões em seus pasquins esquecendo que no Brasil a imprensa, opiniões, ideias e pensamentos são livres - pena que em Araguari a imprensa não é totalmente independente, principalmente, das publicidades dos poderes públicos e políticos. Mas, todas as adversidades serão utilizadas como molas propulsoras para superar as etapas de desenvolvimento de todos os órgãos (editorias) que o compõem.

As alegrias refletem este momento onde se finda a primeira etapa vencida que foi a da concepção e a sua chegada a vida. Agora, o trabalho será árduo e comandado por uma cabeça (diretoria) que definirá ações inteligentes (alma) constantes para a manutenção da imparcialidade, independência, qualidade ética e do crescimento da credibilidade, por meio da ação profissional e moral dos seus membros (funcionários e colaboradores).

Desejo vida longa a este novo órgão da imprensa escrita que chega com uma alma em busca da evolução consciente, receptiva a críticas e a elogios que serão utilizados para o aperfeiçoamento da autocrítica, do desenvolvimento constante da responsabilidade social e do resgate da sustentabilidade da ética e moral jornalística de Araguari.

Alessandre Humberto de Campos
arquiteto e urbanista
especialista em reabilitação ambiental sustentável, arquitetônica e urbanística pela FAU/UnB

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