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Araguari, 123 anos. (parte 2)


1929 – 1968

O município descentraliza o comércio e as residências do centro de formação da cidade e inicia um período de destaque também para as primeiras indústrias.
Vivenciando o período ditatorial imposto ao Brasil e convivendo com as conseqüências da 2º Guerra Mundial em solos europeus, Araguari consegue empreender melhoramentos na sua estrutura urbana com a macadamização, retificação do alinhamento e remodelação de praças e diversas vias principais. O crescente e gradual povoamento da cidade propicia a criação dos primeiros bairros como a Vila Goiás e o Bairro Independência.

Edição IV - o que é preservação?

8. Qual a necessidade de Preservar?

Ultimamente fala-se muito em preservação, seja ela de tecidos e células humanas, da biodiversidade, de ecossistemas, de recursos hídricos enfim, em todos os sentidos discute-se a preservação da vida.

Mas, o que é preservação?

Se você for fazer uma pesquisa, a palavra preservação estará ligada a estes temas que foram mencionados acima e a muitos outros. Mas, para o nosso entendimento, preservação é o ato de permitir que um conjunto de ações, atividades ou bens possam perpetuar no tempo para que as futuras gerações possam usufruir e restabelecer o contato com sua própria essência.

Edição III - relacionando conceitos

6. Construindo um conceito de cultura

Para entendermos cultura precisamos compreender os fatores que contribuem para a existência de uma sociedade. Cultura está vinculada às sociedades. Sociedade pressupõe seres que compartilham a companhia de outros, tenham um idioma comum, leis ou regras de conduta, vivem em colaboração mútua em um mesmo meio geográfico e produzem seus meios de existência, ou seja, tenham seu modo de produção material e imaterial.

Edição II - sustentabilidade do patrimônio cultural

4. Como a sustentabilidade se associa ao patrimônio cultural e como o patrimônio cultural se associa à sustentabilidade

Do latim patrimonium faz alusão à "propriedade herdada do pai ou dos antepassados" ou "aos monumentos herdados das gerações anteriores". [Pelegrini, 2006]

“A sustentabilidade cultural se dá através da preservação de valores e mensagens os quais conferem sentido e identidade a determinado grupo cultural e étnico.” [Carsalade, 2001]

Se relacionarmos o termo sustentabilidade ao patrimônio cultural como sendo a continuidade no tempo do espírito do lugar – Genius locci¹ - pela valorização de seus significados e que estes possam ser transmitidos e constituírem vínculo a futuras gerações, os dois termos podem ser associados de forma a resgatar a consciência de que, o patrimônio cultural harmonizado com as necessidades da sociedade se torna um aliado para a manutenção da qualidade de vida pelo estimulo ao respeito à identidade de um povo e aos benefícios gerados pelo dinamismo urbano.

A prática preservacionista se apropria do conceito sustentabilidade para reivindicar o reconhecimento de seus “referenciais culturais e identitários” como forma de estimular a integração da população com seu “legado vivo” pela “adoção de políticas patrimoniais pluralistas, capazes de valorizar a diversidade ambiental, as heterogeneidades culturais e as múltiplas identidades, de modo a promover a convivência harmoniosa entre o homem e o meio, e ainda, garantir a inclusão social dos cidadãos”. [PELEGRINI, 2001]

É importante o entendimento pela sociedade de que o patrimônio não é apenas histórico com valor estético ou estilístico, mas que passa a ser o patrimônio cultural onde se agrega valores e características que reforçam nossa origem, nossas raízes e tudo aquilo que fomos e somos garantindo as gerações futuras o acesso a essa identidade.

“Uma árvore sem raízes, o caule sozinho não consegue produzir frutos”. [Sabedoria popular].

De acordo com a Carta de Brasília, elaborada durante o 3º Encontro Nacional do Ministério Público na defesa do Patrimônio Cultural, realizado nos dias 23 e 24 de novembro 2006, na Procuradoria Geral da República, em Brasília, dentre as vinte e uma recomendações destaca-se:
(...)
“3 - A todo bem cultural há de ser dado um uso, que deve se harmonizar com a preservação de suas características essenciais.”
“4 - Dentre os vários valores identificadores de bens culturais merecedores de proteção, ressaltam-se: o arquitetônico, o histórico, o evocativo, o ambiental, de recorrência regional, de raridade funcional e de antiguidade, podendo determinado bem ostentar simultaneamente mais de um desses valores.” (...)
“6 - São direitos da população local em relação ao seu patrimônio cultural: direito de conhecer sua própria história e a de seu povo; direito a conservar suas manifestações culturais em contato com a continuidade das tradições; direito a ser informada e participar da tomada de decisões que afetem os bens culturais; direito de beneficiar-se, com prioridade, do desenvolvimento socioeconômico que a utilização do bem possa gerar; direito a que se considere, prioritariamente, a qualidade de vida do morador local e que esta não reste prejudicada pela atenção ao turismo ou a terceiros, garantindo à população a identificação de seus próprios valores sociais.”
(...)
O patrimônio cultural para ser sustentável é necessário o envolvimento dos poderes constituídos e a participação popular no sentido de estabelecer prioridades sobre a manutenção de nossa cultura como forma de alavancar o desenvolvimento de nossa sociedade, garantindo o direito às gerações futuras de identificar seus próprios valores na ligação entre passado, presente e futuro, bem como, reconhecer que seu patrimônio cultural é dinâmico e exerce papel fundamental no desenvolvimento econômico e social do lugar.


5. Como patrimônio cultural e sustentabilidade se associam em Araguari/MG


O senso comum de uma parcela da população é de que o patrimônio cultural preservado, principalmente o material, como edificações isoladas, conjuntos arquitetônicos e reservas naturais, é um entrave para a modernização da cidade, ou seja, fazem relação entre modernização e desenvolvimento e, esse grupo formado por pseudo-jornalistas, batem forte colocando a sociedade contra as entidades que lutam pela manutenção de nossa herança cultural.

Por outro lado, a equipe técnica da Divisão de Patrimônio Histórico e o Conselho Deliberativo Municipal de Patrimônio Histórico e Cultural de Araguari por meio da educação patrimonial e outras ações vem fazendo um trabalho constante de conscientização, tanto da sociedade quanto dos proprietários dos bens de valor cultural relevantes para a nossa cultura, sobre a preservação sustentável de nosso patrimônio cultural como fomento ao desenvolvimento. Após alguns exemplos de utilização sustentável de bens tombados ou não, com isso está acontecendo o reconhecimento por parte de toda a população deste trabalho, sendo que proprietários de bens não tombados estão recuperando-os e integrando-os a dinâmica urbana.

Um dos maiores exemplos é o prédio onde funcionou a Estação da Estrada de Ferro Goiaz – EFG. Um prédio de 1928, dotado de uma beleza monumental, foi tombado pelo município em 1989, recuperado a partir dos anos de 2001 e em 2006 foi entregue a população como o Palácio dos Ferroviários cujo uso foi alterado e passou a ser a sede da Prefeitura Municipal de Araguari. Neste prédio, além de algumas secretarias municipais, encontra-se o Museu do Ferroviário que resgata a história da ferrovia que se confunde com a própria história de Araguari e do povo Mineiro.

Em 30 de junho de 2008 o Conjunto Paisagístico e Arquitetônico da Antiga Estação da Estrada de Ferro Goiás-Araguari recebeu o tombamento definitivo pelo Conselho Estadual do Patrimônio Cultural – CONEP.

Hoje o prédio é orgulho para a cidade. Sua imagem já foi usada como cenário para o Programa do Jô e Fantástico da Rede Globo de Televisão. Ganhou o Prêmio “Melhor de Minas” da Rede Integração em 2008.

Foi a partir da recuperação deste prédio e do seu reingresso ao dinamismo urbano que a semente da importância do patrimônio cultural material ser utilizado de forma integrada no contexto urbano foi plantada na consciência de toda a população. O prédio se tornou ponto turístico na cidade e palco para apresentações populares.


Tanto na época que foi construído e que trouxe pelos trilhos o desenvolvimento para a cidade, quanto hoje, como nosso patrimônio cultural, continua trazendo o desenvolvimento de forma sustentável permitindo que a geração do século XXI possa reconhecer sua identidade social e cultural.

Texto de:
Alessandre Humberto de Campos
arquiteto e urbanista
_____________________________________
¹ >“A expressão genius loci diz respeito, portanto, ao conjunto de características sócio-culturais, arquitetônicas, de linguagem, de hábitos, que caracterizam um lugar, um ambiente, uma cidade. Indica o "caráter" do lugar. O termo é utilizado por Aldo Rossi quando se refere à preocupação com o local e o entorno do terreno das suas futuras construções.” [Wikpédia, 2008]

Edição I - Legado e Patrimônio Cultural


1. Introdução

A partir de hoje,  trarei informações acerca do Patrimônio Cultural de nossa cidade, semanalmente, numa série de artigos.

O objetivo é elucidar dúvidas, bem como, informar acerca das ações pertinentes ao nosso Patrimônio Cultural.


2. Legado

Todos os dias nós assumimos o papel de sermos alguém na multidão. Dormimos. Acordamos. Fazemos nossa higiene. Alimentamo-nos e alimentamos alguém. Saímos de casa para trabalhar, estudar, rezar ou até mesmo passear. Por que fazemos tudo isso? De quem herdamos isso? A resposta é: tudo isso faz parte da nossa cultura.

Durante nossa caminhada do dia-a-dia, deparamo-nos com o nosso passado e muitas vezes nem o percebemos. A rotina do nosso dia-a-dia é um ensinamento que foi transmitido a nós pelos nossos antepassados. Você já parou para pensar que tudo que você é e será, produz e produzirá é fruto da experiência transmitida pela sociedade a você?

Tudo isso é fruto da experiência humana e sendo a nossa cultura nos fornece a direção do fazer, do pensar e do sentir.

Ao propor a preservação do patrimônio cultural de nossa sociedade, está se propondo o resgate de uma memória viva, protegida por instrumentos legais que farão à valorização e o reconhecimento da nossa cultura.

O nosso patrimônio cultural é o conjunto dos bens protegidos e constituídos, principalmente, de edificações e de coisas que podem ser guardadas e assim protegidas e restauradas. Estes fazem parte do patrimônio cultural material, pois, eterniza em suas formas e elementos decorativos o costume, o senso de beleza, o espírito do lugar, a identidade e as características vivenciadas em uma época.

Mas, não podemos esquecer as tradições, os ensinamentos transmitidos de geração para geração, os erros e acertos de nossos antepassados, o nosso comportamento, a forma de interagir e a forma que manifestamos nossa liberdade de expressão, pois estes estão diretamente ligados ao nosso lugar e é o que diferencia uma sociedade de outra, tornando assim, nosso patrimônio cultural imaterial.

O pão é pão em todo lugar, porém a forma de se fazer e a utilização dos ingredientes imprimirão a ele um sabor típico característico da cultura de cada sociedade.

Escrever a linha do tempo tendo a história como testemunha do passado, exemplo do presente e advertência para o futuro é reconhecer em nós mesmos a nossa herança cultural sustentável. 

"A cultura é aquilo que permanece no homem quando ele já esqueceu todo o resto.” (Émile Henriot)


3. Patrimônio Cultural

Para se chegar a uma definição de patrimônio cultural, é necessário entender, historicamente, as ações que desencadearam o aparecimento deste termo.

Em 1837 em Paris, na França, foi criada uma comissão encarregada de preservar os monumentos históricos da cidade. O arquiteto Eugène Emannuel Viollet-le-Duc, que fez parte dessa comissão, foi um dos principais estudiosos a pensar no tema. Os estudos começaram por estabelecer princípios de intervenção em monumentos históricos e uma metodologia de restauração dos mesmos. A restauração era considerada como uma ciência na época devido à grande influência que se firmava na Europa pelo Iluminismo, a Revolução Francesa e Revolução Industrial - movimentos estes que geraram uma ruptura com o passado, motivando o estabelecimento de uma identidade nacional pelo sentimento de proteção aos bens históricos.

Viollet-le-Duc[¹] era reconhecido pelos trabalhos práticos de restauração, passou a ser notado pelas suas obras teóricas que discorria sobre o papel do arquiteto e suas condições de trabalho, detalhava sobre técnicas de entalhe de pedra e rejunte, além de formas de levantamento, verificação e análise de patologias e indicação de técnicas de restauro.

No Brasil, o interesse pelo tema, oficialmente surgiu na Semana de Arte Moderna de 1922 com Mário de Andrade. Em 1934 foi criada a Inspetoria de Monumentos Nacionais que executava o serviço de restauro de monumentos históricos e que atuava principalmente na cidade de Ouro Preto, a qual foi tombada por este mesmo órgão, neste mesmo ano. Em 1936, o então Ministro da Educação e Saúde Gustavo Capanema solicitou a Mário de Andrade preparar um projeto de lei para a criação de uma instituição nacional de proteção do patrimônio. Esse documento foi o embrião usado nas discussões preliminares sobre a estrutura e os objetivos do SPHAN - Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, criado em janeiro de 1937 e regulamentado por decreto presidencial assinado em 30 de novembro de 1937, por Getúlio Vargas.

Após todo esse período de descobertas da necessidade de se garantir a preservação dos bens de valor histórico e artístico de nosso país, houve desdobramentos para definir quais seriam estes bens e como conceituá-los.

Em 1946 a Constituição Federal, no seu Art. 175 traz a primeira referência oficial sobre a proteção do patrimônio histórico e artístico nacional:
“Art. 175 - As obras, monumentos e documentos de valor histórico e artístico, bem como os monumentos naturais, as paisagens e os locais dotados de particular beleza ficam sob a proteção do Poder Público.”
A Convenção[²] para a Proteção do Patrimônio Mundial, Cultural e Natural, adota em 16 de novembro de 1972, durante a Conferência Geral da UNESCO, os seguintes conceitos para:

Os monumentos – Obras arquitetônicas, de escultura ou de pintura monumentais, elementos de estruturas de caráter arqueológico, inscrições, grutas e grupos de elementos com valor universal excepcional do ponto de vista da história, da arte ou da ciência; 

Os conjuntos – Grupos de construções isoladas ou reunidos que, em virtude da sua arquitetura, unidade ou integração na paisagem tem valor universal excepcional do ponto de vista da história, da arte ou da ciência; 

Os locais de interesse – Obras do homem, ou obras conjugadas do homem e da natureza, e as zonas, incluindo os locais de interesse arqueológico, com um valor universal excepcional do ponto de vista histórico, estético, etnológico ou antropológico.”

A Constituição Federal do Brasil de 1988, vigente até os dias de hoje, traz no seu Art. 216 a definição dos bens que constituem o nosso patrimônio cultural:

“Art. 216. Constituem patrimônio cultural brasileiro os bens de natureza material e imaterial, tomados individualmente ou em conjunto, portadores de referência à identidade, à ação, à memória dos diferentes grupos formadores da sociedade brasileira, nos quais se incluem:

I - as formas de expressão;
II - os modos de criar, fazer e viver;
III - as criações científicas, artísticas e tecnológicas;
IV - as obras, objetos, documentos, edificações e demais espaços destinados às manifestações artístico-culturais;
V - os conjuntos urbanos e sítios de valor histórico, paisagístico, artístico, arqueológico, paleontológico, ecológico e científico.”

Há vários conceitos sobre Patrimônio Cultural, a destacar:

“Patrimônio Cultural é o conjunto de todos os bens, materiais ou imateriais, que, pelo seu valor próprio, devam ser considerados de interesse relevante para a permanência e a identidade da cultura de um povo. O patrimônio é a nossa herança do passado, com que vivemos hoje, e que passamos às gerações vindouras”. [Wikipédia, a enciclopédia livre.]

“Patrimônio Cultural é a soma dos bens culturais de um povo, que são portadores de valores que podem ser legados a gerações futuras. São o que lhe confere identidade e orientação, pressupostos básicos para que se reconheça como comunidade, inspirando valores ligados à pátria, à ética e à solidariedade e estimulando o exercício da cidadania, através de um profundo senso de lugar e de continuidade histórica”. [Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais – IEPHA/MG]

Mais recentemente, o conceito de Patrimônio Cultural se desdobra em Patrimonio Cultural Imaterial definido da seguinte forma:

“Patrimônio Cultural Imaterial são as práticas, representações, expressões, conhecimentos e técnicas - junto com os instrumentos, objetos, artefatos e lugares culturais que lhes são associados - que as comunidades, os grupos e, em alguns casos, os indivíduos reconhecem como parte integrante de seu patrimônio cultural." [UNESCO]

“Patrimônio cultural imaterial é uma concepção de patrimônio cultural que abrange as expressões culturais e as tradições que um grupo de indivíduos preservam em respeito da sua ancestralidade, para as gerações futuras. São exemplos de patrimônio imaterial: os saberes, os modos de fazer, as formas de expressão, celebrações e os lugares, as festas e danças populares, lendas, músicas, costumes e as mais variadas tradições”. [Wikipédia, a enciclopédia livre.]

A definição de Patrimôniio Cultural representa toda a produção de um povo que é compartilhada e transmitida de geração a geração, seja ela material ou imaterial em todas as suas formas de expressão tangíveis ou não, isoladas ou em conjunto e que constituem as refêrencias que identificam uma sociedade ao seu lugar.

Texto e pesquisa:
Alessandre Humberto de Campos
arquiteto e urbanista

____________________________
[¹] Eugène-Emmanuel Viollet-le-Duc (1814 - 1879) - Restaurador de monumentos francês nascido em Paris, arquiteto ligado ao revivalismo arquitetônico do século XIX e um dos primeiros teóricos da preservação do patrimônio histórico, foi um dos responsáveis pelo reconhecimento do gótico como uma das mais importantes etapas da história da arte ocidental.
[²] Elaborada na Conferencia Geral da Organização das Nações Unidas para Educação, a Ciência e a Cultura, reunida em Paris de 17 de outubro a 21 de novembro de 1972.

O Conhecedor do inconhecível: Patrimônio Histórico

"Não sou contra nenhum tipo de preservação e, muito menos a do acervo histórico, o que sou contra é a falta de manutenção dos referidos imóveis tombados. Na terra de Ventania, podemos citar com orgulho o Palácio dos Ferroviários, que atualmente serve como Paço Municipal, com uma estrutura arquitetônica magnífica, só que é tal qual o dito popular: -  “Por fora bela viola, por dentro pão bolorento”, ou seja, maravilhoso e imponente por fora e por dentro além de não servir como centro administrativo, dado a precariedade das instalações e, pelo tombamento total, segundo o ex-ministro Magri, é imexível, está com as instalações atacadas por infiltrações, mofos, cupins, rachaduras, esquadrias deterioradas etc.etc. e não se vê nenhuma atuação do “ferrim de dentista” (Patrimônio Histórico) se mexer no sentido da conservação de tão belo patrimônio." 
Dejair Flávio de Lima, advogado e procurador do Município de Araguari.

Interessante comentário de um advogado, procurador do Município de Araguari (cargo comissionado) e formador de opinião em um Jornal da cidade que leva o nome de Correio de Araguari. Advogado competente que é; conhecedor das leis que é; literato que é; exímio defensor - até mesmo do indefensável - que é; com suas palavras demonstra ser o conhecedor da inconhecível matéria jurídica, cultural, filosófica e bolorenta que se chama Patrimônio Histórico.

Deve-se deixar bem claro que o problema do toco da Praça Manoel Bonito é ambiental e não cultural ou histórico. A Praça não é tombada, porém está no entorno do prédio do antigo Cine Rex (que é tombado) e pela Lei Municipal as interferências nas adjacências de bem tombado devem ser autorizadas pelo Conselho de Patrimônio Histórico . Uma ou um conjunto de árvores poderá pertencer ao patrimônio natural de um Município, tombado, protegido ou não. Se fosse um pé de piqui isolado, por exemplo, deveria ser mantido, pois, pelas leis ambientais de proteção do nosso cerrado, o piqui é protegido. Um jurista ou conhecedor de leis deve saber disso.

A Sibipiruna [é uma árvore de grande porte, nativa do Brasil, perenifólia (cujas folhas não caem antes de as novas estarem já desenvolvidas), chegando a medir 28 metros de altura (normalmente entre 6-18m) com até 6 metros de diâmetro da copa arredondada e muito vistosa], pela sua característica não é recomendada para compor a paisagem urbana. Sua retirada, principalmente da Praça Manoel Bonito garantiu a visibilidade de toda sua ambiência em relação aos prédios históricos que foram valorizados arquitetônica e culturalmente. A recomposição arbórea da Praça deverá garantir esta visibilidade com o uso de espécies de pequeno porte.

A introdução dessas espécies (Sibipirunas, Ficus, etc.). nas cidades foi o grande erro de gestores públicos da época (idos das décadas de 1950/60), por falta de conhecimento urbano, botânico e paisagístico. Estas espécies são incompatíveis na composição da paisagem urbana, pois suas raízes são superficiais, seu crescimento é exagerado e danificam as edificações e tubulações de água e esgoto, bem como, a inconveniência de folhas muito pequenas que acabam obstruindo dutos de ventilação dos carros e calhas de tubulação de água pluvial.

Da mesma forma que o nobre Procurador do Município considera certas leis de autoria do executivo ultrapassadas, seria sua função revisá-las e torná-las mais eficientes, inclusive as que regem o Patrimônio Histórico.

A Lei Municipal n° 2449 de 10/02/89 "cria normas de proteção do Patrimônio Histórico e Artístico de Araguari e proporciona incentivos para a implantação", foi aprovada pela Câmara Municipal e sancionada pelo prefeito Vanderlei Inácio - Mãe Preta (gestão 1989-1992). Quem eram os vereadores neste período que aprovaram esta lei? Será que sabiam o que estavam aprovando?


Em 1990, a Câmara Municipal promulgou a Lei Orgânica do Município em 21 de abril de 1990 e veja o que os vereadores da época aprovaram:

"ATO DAS DISPOSIÇÕES GERAIS E TRANSITÓRIAS
(...)
Art. 22 - Ficam tombados, como patrimônio histórico, os seguintes imóveis:
I- o prédio da Câmara Municipal;
II- o prédio da Casa da Cultura;
III- o prédio da antiga estação ferroviária, situado na Praça Gaioso Neves.
Art. 23 - Ficam tombados, para fins de preservação, o Bosque John Kennedy, a Mata do Desamparo e todas as matas situadas em cabeceiras de nascentes de água, dentro do Município.
(...)"

Até parece piada, mas aqueles (os grifados) que criticam o patrimônio histórico hoje, foram os mesmos que fizeram os tombamentos na Lei Orgânica, tais sejam os vereadores da época e seu cargos:

Joaquim Vieira Peixoto- Presidente da Câmara
Astério de Sousa Mota -Vice-Presidente (atual diretor do Jornal Correio de Araguari)
Gilberto César de Faria- 1º Secretário e Relator Adjunto
Alaor Alves de Melo- 2º Secretário
Joaquim Farias de Godoi- Presidente Relator da L.O. (atual redator do Jornal Correio de Araguari)
Cairo Antônio Guedes- Relator Adjunto
Clayton José Brasil- Relator Adjunto
Luiz Sícari- Relator Adjunto
Amador Gomes Duarte- Vereador
Antônio Rodrigues Tosta- Vereador
Cairo Gomes Vieira- Vereador
Elson de Oliveira- Vereador
Limírio Martins Parreira- Vereador (sem comentários)
Marcos Coelho de Carvalho- Vereador (atual Prefeito)
Vicente Gonçalves Chaves- Vereador

Sendo assim, observa-se que o discurso atual destas pessoas não condiz com seus atos há 21 anos. O entendimento que se faz disso é que não sabiam e não sabem o que dizem ou fazem até hoje.

Com relação a afirmação do Sr. Dejair Flávio de Lima que o tombamento total é "imexível" é a total falta de conhecimento das Leis, normas, Cartas Patrimoniais e Recomendações internacionais existentes, tais como:
Carta de Atenas - Sociedade das Nações - outubro de 1931; Carta de Atenas - CIAM - novembro de 1933; Recomendação de Nova Delhi;  Recomendação Paris 1962; Carta de Veneza; Recomendação Paris 1964; Normas de Quito; Recomendação Paris 1968; Compromisso Brasília 1970; Compromisso Salvador; Carta do Restauro; Declaração de Estocolmo;  Recomendação Paris 1972; Resolução de São Domingos;  Declaração de Amsterdã; Manifesto Amsterdã;  Carta do Turismo Cultural; Recomendações de Nairóbi; Carta de Machu Picchu; Carta de Burra; Carta de Florença; Declaração de Nairóbi;  Declaração Tlaxcala; Declaração do México; Carta de Washington 1986; Carta Petrópolis; Carta de Washington 1987; Carta de Cabo Frio; Declaração de São Paulo;  Recomendação Paris 1989; Carta de Lausanne; Carta do Rio; Conferência de Nara; Carta Brasília 1995; Recomendação Europa de 1995; Declaração de Sofia; Declaração de São Paulo II; Carta de Fortaleza; Carta de Mar del Plata; Cartagenas de Índias - Colômbia; Recomendação Paris 2003. Ou tudo isso é desprezível sob o olhar jurídico?

Quando o bem tombado necessita de manutenção, esta deverá ser feita com critério e por profissionais habilitados e, sobretudo, com a anuência do Conselho de Patrimônio Histórico municipal ou estadual ou federal dependendo do nível de tombamento do bem observando regras e conceitos internacionais.

Com relação ao Palácio dos Ferroviários a ação de "passar um batom" no mesmo foi da atual administração, pintando-o apenas externamente para dar a impressão a sociedade que a atual gestão cuida do patrimônio histórico da cidade. A responsabilidade de cuidar das "infiltrações, mofos, cupins, rachaduras, esquadrias deterioradas etc.etc." é do governo municipal, detentor da verba pública para tais investimentos e não do Conselho que não detém orçamento para tais obras. Relatórios de Manutenção foram entregues, em 2009 e em 2011, aos gestores públicos com todos os serviços que devem ser executados, porém, nada disso foi feito pelo governo municipal que não cuida da sua própria casa e quer cuidar da casa alheia. Senta no próprio rabo e aponta o rabo alheio.

Recentemente foi aprovado, pela Câmara Municipal. o Fundo de Preservação do Patrimônio Histórico, porém, a verba destinada por Lei não é depositada pela Secretaria de Fazenda com frequência na conta do Fundo e, assim, a falta de verba pelo descompromisso público com o Patrimônio Histórico inviabiliza a manutenção dos bens tombados, como por exemplo de bens públicos: a Estação de Stevenson, o Prédio da Prada/CEMIG; o Bosque John Kennedy, o prédio da FAEC, a Mata do Desamparo e o próprio prédio do Palácio dos Ferroviários e de todos os anexos ocupados pela Prefeitura Municipal da antiga sede da Rede Ferroviária Federal S/A; dirá dos bens particulares.

Tombamento não é desapropriação, portanto a responsabilidade pela manutenção dos bens tombados particulares é de seus proprietários ou utilizadores.

O grande foco do discurso (falta de argumento) contra o patrimônio histórico é sempre que ele impede o desenvolvimento da cidade e o seu progresso. Pena que estas pessoas que desconhecem a sua própria história e suas origens, também desconhecem que desenvolvimento e progresso sem inclusão do patrimônio histórico é apenas uma ilusão, pois não estarão alicerçados. Uma das formas de desenvolvimento de uma cidade e que atrai investimentos, principalmente, pela indústria do turismo, é o patrimônio histórico. Mas, é querer demais dizer aos incautos defensores do progresso e do desenvolvimento que, além de ser uma obrigação moral a preservação histórica e cultural de um povo, este mesmo patrimônio gera renda ao Município, tanto pelo ICMS Cultural, quanto pelo Turismo a ser explorado, além de ser uma obrigação legal atribuída pelo Estatuto das Cidades e, sobretudo pela Constituição Federal de 1988, conforme texto:

"Art. 23. É competência comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios:
(...)
III - proteger os documentos, as obras e outros bens de valor histórico, artístico e cultural, os monumentos, as paisagens naturais notáveis e os sítios arqueológicos;
IV - impedir a evasão, a destruição e a descaracterização de obras de arte e de outros bens de valor histórico, artístico ou cultural;
V - proporcionar os meios de acesso à cultura, à educação e à ciência;
VI - proteger o meio ambiente e combater a poluição em qualquer de suas formas;
VII - preservar as florestas, a fauna e a flora;
(...)"

Será que o douto advogado não conhece a Constituição Federal ou esta Lei é apenas ilustrativa?

Mas, falar em desenvolvimento e progresso para uma turma que pensa que isso significa apenas asfalto e prédios altos, fica complicado, bem como, se esta turma foi a mesma que tombou prédios históricos e hoje sofrem de amnésia.

Quero informar aos leitores que este neófito arquiteto e urbanista estuda a matéria e tem muito ainda a aprender, tanto com os pensadores teóricos, como com os grandes sábios da dialética popular que divagam seu conhecimento sobre o inconhecível patrimônio histórico.

Atualizada em 20/05/2011 as 6:45h

Cabelos Brancos - Vídeo

Composição : Herivelto Martins e Marino Pinto

Não falem desta mulher perto de mim
Não falem pra não lembrar minha dor
Já fui moço, já gozei a mocidade
Se me lembro dela me dá saudade
Por ela vivo aos trancos e barrancos
Respeitem ao menos os meus cabelos Brancos
Ninguém viveu a vida que eu vivi
Ninguém sofreu na vida o que eu sofri
As lágrimas sentidas
Os meus sorrisos francos
Refletem-se hoje em dia
Nos meus cabelos brancos
E agora em homenagem ao meu fim
Não falem desta mulher perto de mim


Veja o video Clicando aqui

Estação da Stevenson

Construída na zona rural na região do Fundão e inaugurada em 1927 a Estação da Stevenson compreende o prédio da Estação, a Casa de Turma e a Casa do Funcionário, formando um conjunto ferroviário importante por onde passava todo o movimento de passageiros e cargas e servia de ponto de encontro da população que residia na redondeza, ou seja, é um marco de desenvolvimento econômico, social e cultural.

O trecho entre Uberlândia e Araguari possuía 06 (seis) postos de abastecimento: Posto do Jiló, Estação de Sobradinho, Margem do Rio Araguari, Posto do Preá, Estação da Stevenson, Posto do Angá e o ponto final era a Estação Mogiana em Araguari (demolida nos anos de 1970 no governo de Fausto Fernandes de Melo para a construção da Av. Batalhão Mauá).Veja em comentários análise importante sobre este parágrafo.

A Prefeitura tem até 30 de julho* para apresentar o orçamento final a Caixa Econômica Federal, referente ao projeto de Restauração. Se perder este prazo, os quase R$ 600mil retornará ao Ministério do Turismo e  um ponto final será colocado nesta novela que já dura quase meia década. 

Com as obras de duplicação da BR 050,  pela falta de manutenção pelo proprietário (Prefeitura Municipal de Araguari), pelo uso do seu espaço por andarilhos que acendem fogo no seu interior para passarem a noite e, principalmente, pelo descaso com a memória cultural e ferroviária de Araguari, o prédio, já em ruinas e estruturalmente comprometido, tende a ser "tombado" literalmente.

A não restauração deste prédio, que está estrategicamente localizado, demonstra a falta de percepção empreendedora dos governos do passado e do presente. Enquanto no Brasil se discute a reativação da malha ferroviária, para fins, também, culturais, Araguari descarta a possibilidade de investimentos entre o Palácio dos Ferroviários e a Estação da Stevenson, bem como a ligação entre o Palácio dos Ferroviários e a Estação de Amanhece numa rota para o trem turístico, resgatando a memória da  Estrada de Ferro Mogiana e Estrada de Ferro Goiás; como já é feito em diversas cidades  do país como: Campinas(SP), Jaguariúna (SP), Ouro Preto (MG), Mariana (MG), Curitiba (PR), Paranaguá (PR), Bento Gonçalves (RS), Carlos Barbosa (RS), Santo André (SP), São Paulo (SP), Rio de Janeiro (RJ) .

Para muitos isso é utopia. O trem bala, também, para o Brasil era utopia, hoje é realidade. Utopia foi o brasileiro acreditar que a a seleção brasileira seria hexacampeã na Copa de 2010. Dinheiro tem, a Maria Fumaça, o vagão dormitório, o vagão de passageiros e o vagão restaurante, também temos, o que falta é vontade política e um mínimo de conhecimento cultural para dinamizar este projeto.

Araguari ao longo dos anos se tornou uma cidade dormitório - os moradores trabalhavam, faziam suas compras e se divertiam em Uberlândia e dormiam em Araguari - hoje se tornou uma cidade de passagem - rota de acesso a Caldas Novas (GO) - isso devido a falta de uma política de fomento ao turismo, principalmente, o cultural e ambiental, bem como, o turismo empresarial.

Araguari precisa criar o seu próprio modelo de sustentabilidade. O turismo é um destes instrumentos de sustentabilidade econômica e social. A população de Araguari tem que deixar de se contentar com o pouco e exigir de seus representantes ações mais ativas no sentido de dotar nossa cidade de uma estrutura que nos permita desfrutar de mais qualidade de vida num somatório de ações políticas voltadas a potencialização dos nossos recursos naturais, culturais, sociais e econômicos, desfazendo da idéia simplista e simplória de que apenas e somente, por exemplo,  o asfalto em ruas já pavimentadas com pedras irá trazer mais segurança ao trânsito ou irá  fomentar o desenvolvimento urbano de nossa cidade.

* Obs: Em 20/07/10 nos chega a informação que o Ministério do Turismo prorrogou o prazo para mais alguns meses, ou seja, finda-se em Dezembro de 2010 o prazo para início da restauração da Estação da Stevenson.

Centenário de Chico Xavier

Francisco Cândido Xavier (Pedro Leopoldo, 2 de abril de 1910 — Uberaba, 30 de junho de 2002), nascido como Francisco de Paula Cândido e mais conhecido popularmente por Chico Xavier, notabilizou-se como médium e célebre divulgador do Espiritismo no Brasil.








Chico Xavier faleceu aos 92 anos de idade em decorrência de parada cardíaca. Conforme relatos de amigos e parentes próximos, Chico teria pedido a Deus para morrer em um dia em que os brasileiros estariam muito felizes, e que o país estaria em festa, por isso ninguém ficaria triste com seu passamento. O país festejava a conquista da Copa do Mundo de futebol de 2002 no dia de seu falecimento.

A Chico Xavier, nosso agradecemos eterno pelo seu legado!
Esteja em paz, Chico Xavier.

E agora... 2010 é pra valer

O ano de 2010 pelo calendário solar iniciou-se em 1° de janeiro. Certo? Pelo ponto de vista lógico, está certo, porém pelo ponto de vista prático, o ano de 2010 inicia-se após a quarta-feira de cinzas.
Na verdade, tudo isso não passa de formalidade da cultura ocidental. A vida continua e a rotina é sempre a mesma. Mas, por 48 dias, nos deixamos ser levados pela inércia para não encararmos os problemas, as obrigações, os compromissos e tudo mais, como eles são realmente.
Agora é hora de colocar os pés no chão e partir para a luta. A luta do cotidiano. Enfrentar o maior dos inimigos dessa guerra: nós mesmos. Agora é pra valer e não tem desculpas. O período far-niente chegou ao fim. Isso para muitos é um terror: encarar as próprias responsabilidades.
O enfrentamento de nós mesmos é necessário para se combater os nossos atos instintivos, animalescos e hostis. Ao contrário dessas mazelas, busca-se se transformar em um ser mais sensível e obter melhores condições de vida para si mesmo, para seus semelhantes e todos integrados ao meio ambiente, com qualidade de vida e qualidade de vida ambiental.
Vivemos no século XXI, onde a descoberta científica e os avanços tecnológicos vão a passos largos, porém a descoberta de si mesmo ainda tange ao estado primitivo do ser.
Não se luta mais contra feras e não se protege mais em cavernas contra elas. Nós somos as próprias feras e as cavernas obscuras para serem desvendadas estão dentro de nós mesmos.
Esse encontro entre a utopia e a realidade gera insegurança e medo de encarar a si mesmo e de se ter a consciência que uma mudança, não de calendário, mas de atitude, é o meio para se avançar e progredir. Suas experiências diárias, sua forma de agir e pensar, são as diretrizes para o seu Plano Diretor de Desenvolvimento Humano.
Liberte-se das amarras e do cárcere interior que o entorpeceu durante toda sua vida. Transforme-se pelo esforço e valor moral. Saia dessa rotina lamentável de ano após ano com as mesmas tendências, reclamações, práticas e submissão de si mesmo.
É chegada a hora de buscar um novo encontro consigo. De encarar você de frente com coragem e ânimo. Substituindo aquilo que te prejudica, corrigindo inclinações ruins, criando condições favoráveis para o desfrute de virtudes que estão ao seu alcance a partir de agora.
Você é o dono do seu calendário. Faça dos seus dias, dos anos da sua vida, verdadeiros pontos de encontro com a sua felicidade, distribuindo-a entre todos aqueles que estão a sua volta e sentirá que a rotina cotidiana é apenas uma formalidade organizada de uma sociedade.
Faça o seu hoje diferente!
Viva 2010...!!!

A próxima VÍTIMA

Quem não se lembra do Relicário? O bar funcionava na casa do Sr José Jeovah Santos - filho do Cel. Marciano Santos e da Dona Carolina Almeida dos Santos. Jeovah Santos, como era mais conhecido, foi prefeito de Araguari em dois mandatos, o primeiro de 1936 a 1945 e o segundo de 1959 a 1962.

Nesta edificação, além de seus traços arquitetônicos de beleza ímpar, muitos outros traços políticos foram delineados em prol da cidade enquanto Jeovah Santos fora prefeito. Mas tudo isso virou pó.
Fotos: Panoramio by efgoyaz

De propriedade da igreja católica, o externato Santa Terezinha fora dirigido por muitos anos pela senhora Maria Abud. No corpo docente passaram por lá: “dona” Dorinha de Jesus, a “dona” Neuza Cascão, a “dona” Anita Nader, a “dona” Ilça Nader, e tantas outras. No corpo discente: Dr. Carlos Vanez Bedrossian (médico residente nos EUA), Mário Nasciutti (falecido) e tantos outros.
Fotos: Blog Ponto de Vista.

Provavelmente alguém da sua família, também passou por lá. Este prédio que fora o berço educacional de Araguari virou pó e se tornou um ponto negro no centro da cidade para o estacionamento de carros. Afinal, carro – além de inchar as vias públicas, poluir o meio ambiente, causar acidentes pelas mãos dos "loucos" sem educação que não passaram pela escola e muito menos pela auto-escola – é cultura!

Nesta outra edificação muita “impressão” boa de Araguari foi produzida. O desenvolvimento de Araguari passou por ali e continua passando. Quantas empresas não imprimiram suas notas fiscais com o Bonolo. Quantos convites de casamento, de festas e de formaturas não passaram pelas máquinas da Tipografia? Quantas folhas de jornais não foram impressas com as notícias da nossa cidade? Mas tudo isso pode virar pó.



Este prédio será a próxima vítima do “desenvolvimento” a qualquer custo. O imóvel está sendo leiloado e com certeza, por razões óbvias algum grande empresário de Araguari deverá comprá-lo. Para quê? Para demolir por simples “pirraça” contra o legado histórico de Araguari ou para torná-lo um marco de desenvolvimento sustentável? Se o empresário que adquirir este prédio for inteligente, fará um projeto modelo em prol da preservação histórica e cultural de Araguari.

Foto histórica: Prédio funcionou a Casa Serrador e, esta ocasião retratada acima foi a inauguração da bomba de gasolina bem na esquina da Rua Marciano Santos com a Av. Tiradentes.
Fonte: Arquivo Publico e Museu Dr. Calil Porto.


Muitos vão considerar esta matéria como saudosista ou que se propõe o congelamento da cidade pela manutenção de prédios "velhos" na cidade, ou seja, somente na mente dos idiotas que não têm o mínimo de respeito pela sua própria história, a história da cidade é algo descartável. Mas, eu pergunto: qual será a história que vamos mostrar e contar para a geração de 2020, 2030, 2040, 2050...? As futuras gerações irão cobrar e buscar conhecer a história da sua cidade e o que será apresentado? Apenas a destruição como produção cultural.

Araguari, pela falta de conhecimento e prostração da sua população irá deixar sua história, seu legado, sua memória ser abatida pelos abutres, verdadeiros inimigos da cidade que se julgam empreendedores, mas buscam apenas manchar aquilo que temos de mais valioso: nossa cultura.

Mas, o que é cultura mesmo?


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Fonte: PERON ERBETTA, Antonio Fernando. BLOG PONTO DE VISTA. Disponível em http://peron-erbetta.blogspot.com/. 2009.
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DIREITO DE RESPOSTA

Na edição de 30 de julho de 2009 na Coluna Salada Mista assinada pelo colunista e jornalista profissional Limírio Martins no Jornal Correio de Araguari foi publicada a seguinte nota:

(...)“O termo bola fora parece que extrapola os limites do esporte. A mais recente bola fora é do Presidente do Conselho Deliberativo do Patrimônio Histórico, arquiteto Alexandre Campos, que enviou correspondência à UNIPAC pedindo que a instituição interrompa as obras que estão sendo feitas de novos laboratórios e biblioteca, porque o Conselho não deu autorização para a ampliação em terreno próximo a bem tombado pelo Patrimônio Histórico. Vale lembrar que a UNIPAC está preservando o prédio principal com vários investimentos e se não fosse a instituição certamente o local já estaria em ruínas. Muito corajoso o arquiteto por estar querendo paralisar um investimento da ordem de 2 milhões e meio de reais, conforme anunciado recentemente pela própria imprensa. “

“Este Conselho do Patrimônio Histórico é o mesmo que tentou barrar a construção do prédio do grupo Sapattos no local do antigo Relicário; e que insiste em manter ruínas nos fundos do majestoso Palácio dos Ferroviários. Araguari precisa sair das amarras do atraso e pensar no desenvolvimento. E o próprio arquiteto Alexandre Campos foi autor de projetos de várias ampliações de salas e bloco administrativo na própria Unipac em um passado não muito distante.... Durma-se com um barulho desses....“(...)

Direito de Resposta
(Art. 5° inciso V da Constituição Federal de 1988)

O Presidente do Conselho Deliberativo Municipal de Patrimônio Histórico e Cultural de Araguari se chama Alessandre Humberto de Campos - observe que meu nome se escreve com ss e não com x - e está Presidente desde 2008. Cumprir a Lei neste país, na visão do colunista, é bola fora.

A correspondência enviada a UNIPAC foi um ofício e o pedido de interrupção das obras foi pelo fato da instituição ter demolido e iniciado a construção de um prédio em área que depende de autorização do Conselho por estar em perímetro de entorno de bem tombado, ou seja, a instituição citada pelo colunista está irregular. A UNIPAC possui alvará de demolição e construção com data anterior ao início das obras?

Esta autorização do Conselho está prevista na Lei Municipal n° 2449/89, portanto, não sou eu que quero paralisar a obra, a Lei que diz que precisa estar autorizado para construir. A UNIPAC está acima da Lei? Pelo visto o colunista quer que eu faça “vista grossa” para a situação, pois é uma obra de 2 milhões e meio, só que o valor do bem tombado é imensurável, e passa os 2 milhões e meio de reais.

O nobre colunista, que não buscou a informação correta sobre a demolição do prédio do Antigo Relicário, desconhece que o processo está sendo analisado pela Promotoria Pública e em breve teremos novidades sobre o fato. Desconhece também, que os casebres no fundo do Palácio dos Ferroviários está em área tombada pelo Estado de Minas Gerais e que o próprio colunista pode solicitar junto ao Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais – IEPHA/MG autorização para a demolição, ou ele mesmo ir lá e demolir os casebres que tanto perturbam suas vistas e responder pelo crime contra o Ordenamento Urbano e o Patrimônio Cultural, Art. 62 da seção IV da Lei 9605/98, com pena prevista de reclusão, de um a três anos, e multa.

O colunista também desconhece que quando fui autor de projetos de ampliações num total de mais de 4.000m² no Campus IX da UNIPAC, no período de 2005/2006, o Conselho Deliberativo Municipal de Patrimônio Histórico e Cultural de Araguari autorizou as obras e, como não tenho “rabo preso” com ninguém, minhas ações como Presidente do Conselho são autônomas e independentes de vínculos profissionais anteriores e atuais.

Estar amarrado ao atraso é não reconhecer que o desenvolvimento é inerente a cultura. Uma cidade que não valoriza e reconhece seu legado, sua memória, seus bens tombados e seus costumes é uma cidade sem identidade, ou seja, não é uma cidade e sim um amontoado de pedras. Só para lembrar: o que o senhor apresenta nos seus programas sertanejos de rádio, é um ato de preservação e divulgação cultural. Se eu fosse tão simplório, daria o mesmo conselho ao senhor: saia das amarras do atraso e faça um programa de rádio mais atual.

Teatro Profª. Odette Machado Alamy

Neste dia 05 de junho de 2009 um novo horizonte se abre para a preservação, divulgação e fomento a cultura de Araguari.

Foi realizada a cerimônia de reabertura do Teatro Profª Odette Machado Alamy anexo ao Educandário Espirita Prof. Eurípedes Barsanulfo a Av. Nicolau Dorázio n° 359. Na ocasião, também foi apresentado o projeto de Revitalização, Ampliação e Modernização do Educandário e do Teatro concebido pelo arquiteto e urbanista Alessandre Humberto de Campos.

Abaixo imagens da perspectiva do projeto:




Compareceram a cerimônia a família da Profª. Odette Machado Alamy, o Deputado Federal João Bittar (DEM/MG), o ex-Prefeito de Araguari Milton Lima Filho, o Presidente da FAEC Leonardo Daher de Melo, o radialista e poeta Jeovah Bittencourt, a apresentadora de Tv Marise Borela e demais convidados ilustres da nossa sociedade ligados a cultura.

Faça parte você também desta obra e contribua para o desenvolvimento cultural de Araguari.

Brevemente, o Teatro Profª. Odette Machado Alamy receberá a apresentação do Grupo WER (música) e da peça "O Caso dos Irmãos Naves" (teatro), ambos já confirmados, com a renda revertida para a construção do novo Teatro. Participe!!!

ESTAÇÃO FERROVIÁRIA STEVENSON

Falta pouco...

Pouco, apenas alguns detalhes para que o edital de licitação, da restauração da ESTAÇÃO FERROVIÁRIA STEVENSON, seja lançado.

Um grande empreendedor tem interesse na área e, como ele mesmo disse, irá usar o fato do prédio ser tombado pelo Patrimônio Cultural de Araguari, como marketing para seu negócio. O investimento será de R$ 487.000,00 (verba do Ministério do Turismo) e mais R$ 119.000,00 (de contrapartida da Prefeitura).

Se nenhum fato obscuro ocorrer nesse processo, a ESTAÇÃO FERROVIÁRIA STEVENSON será restaurada, e se tornará um dos melhores pontos turísticos da região. Todos os projetos já foram concebidos e aprovados, agora, só falta mesmo a licitação para inicio das obras.

Conheça um pouco mais

Zona Rural – BR 050 – Km 769/767
Tombado pelo Decreto nº 039 de outubro de 2002.

Dentro do espírito de expansão da rede ferroviária no Brasil, em 1896 é instalada em Araguari a “Companhia Mogiana de Estrada de Ferro”, com sede em Campinas – SP.

O trecho entre Uberlândia e Araguari possuía 06 (seis) postos de abastecimento: Posto do Jiló, Estação de Sobradinho, Margem do Rio Araguari, Posto do Preá, Estação da Stevenson, Posto do Angá e o ponto final era a Estação Mogiana em Araguari.

Construída na zona rural na região do Fundão, e inaugurada em 1927, a Estação da Stevenson, compreende o prédio da Estação, a Casa de Turma e a Casa do Funcionário, formando um conjunto ferroviário importante por onde passava todo o movimento de passageiros e cargas e servia de ponto de encontro da população que residia na redondeza.

Com a construção, na década de 60, da variante Omega – Araguari e a desativação da linha, a Estação foi substituída por uma nova versão com o nome de “Stevenson Nova”, ficando a antiga Estação fora dos trilhos da ferrovia.

Sua preservação é de fundamental importância para a memória da ferrovia no município e no país.


Fonte: Arquivo Público e Museu "Doutor Calil Porto"/Divisão de Patrimônio Histórico/FAEC

Mulher: MÃE

Luz da vida,
Na multidão desconhecida,
No meu mundo é a preferida.
A Deus, só tenho a agradecer
Por você me ensinar a crescer.

Em cada sol nascente
No seu sorriso contente
Aprendi a ser gente
Com você sempre por perto
Segui o caminho certo.

Esse é seu dia,
Momento de alegria,
Amor e harmonia.
Receba meu abraço
Elo do nosso laço.

Bela natureza,
Natural beleza,
Amorosa criatura,
Fonte de candura,
Comigo caminha,
Mulher tu és minha
Mãe e Rainha!

Uma homenagem a melhor Mulher do Mundo: MINHA MÃE!
Felicidade em todos os dias da sua vida!
Feliz Dia Internacional da Mulher.

Poesia: Alessandre Humberto de Campos
Em 08/03/2009

O Rádio AM - As ondas da informação

O Rádio é um dos meios mais importantes da comunicação. É por ele que rincões perdidos deste mundo recebem as ondas da informação. Tudo começou em 1863 com a descoberta da onda eletromagnética por James Clerck Maxwell que despertou o interesse de outros pesquisadores, sendo um deles, Henrich Rudolph Hertz que descobriu o princípio da propagação radiofônica em 1887. Em 1897, Oliver Lodge inventou o circuito elétrico sintonizado, que possibilitava a mudança de sintonia selecionando a freqüência desejada.

No Brasil, Padre Roberto Landell de Moura a partir de 1890 foi o precursor nas transmissões de vozes e ruídos criando e construindo diversos aparelhos. O governo brasileiro em 1900 reconhece o pioneirismo de suas descobertas na área de telecomunicações concedendo-lhe cartas patentes, sendo uma delas para o transmissor sonoro.

A partir de 1919 inicia-se a "era do rádio", onde, por um acaso da pesquisa, nasce à radiodifusão, com a criação do microfone por meio da ampliação dos recursos do bocal do telefone, por engenheiros da empresa Westinghouse dos EUA.

No Brasil a primeira transmissão se deu em 7 de setembro de 1922 com o discurso do Presidente Epitácio Pessoa, no Rio de Janeiro, em virtude das comemorações da data. O transmissor foi colocado no alto do Corcovado pela Westinghouse Electric Co. Somente em 20 de abril de 1923 Roquete Pinto funda a primeira emissora de rádio no Brasil: a Rádio Sociedade do Rio de Janeiro.

O Rádio teve seu auge, no Brasil, até os anos de 1950 quando surgiu a televisão: a Tv Tupi de São Paulo. Até essa data o rádio era consagrado pelo público e tinha a função que a TV tem hoje. As cantoras do Rádio, as transmissões de futebol - Copa do Mundo, as rádio-novelas, o Repórter ESSO, os programas de auditório, enfim, com uma programação especial o rádio era o centro de entretenimento e de informação para pessoas de todas as idades.

Em Araguari, a PRJ3 - Rádio Araguari é fundada em 12 de fevereiro de 1939. Grandes nomes passaram pelos seus microfones, como o locutor Jonas Garret e o Sr. Jehovah Bittencourt.

Em 1955 inaugura-se a Rádio Cacique de Araguari sob a direção de Theodoreto Veloso de Carvalho e Elmiro Barbosa. Grandes nomes compunham seu staff: J. Castor, Veloso Júnior, Odilon Neves, Ney Montes, Ronaldo Celso Costa, entre outros.

Nos anos 60, entra no ar a Rádio Planalto, tendo como diretor-gerente Benito Mussolini. A emissora teve no seu quadro, grandes profissionais da comunicação: Iran Borges, Carlos Felice, Elbison de Morais, Hugo Alessi, Luiz Roberto Alessi, entre outros.

Tempos áureos, também, o rádio araguarino vivenciou. Rádio feito por profissionais que eram comunicadores natos. Que tinham responsabilidades. Eram criativos e exerciam sua profissão por idealismo. Reportavam os fatos com emoção e transmitiam a notícia na sua forma real. Os comentaristas tinham embasamento nas suas opiniões, pois pesquisavam sobre o assunto o qual iriam abordar.

Atualmente, em pleno século XXI as emissoras de rádio AM de Araguari não evoluíram muita coisa. Sem investimentos e a concorrência com outras mídias o público ouvinte diminuiu consideravelmente. Outros fatores a serem considerados para essa decadência é a qualidade dos equipamentos, muitas vezes só se ouve ruídos e o amadorismo dos profissionais que atuam como apresentadores ou repórteres.

Para se atuar no rádio AM em Araguari não é necessário competência e muito menos curso em Comunicação Social ou algum outro curso que habilita o profissional a atuar no Rádio. O que ouvimos são repórteres ou apresentadores que mal sabem expressar corretamente em Língua Portuguesa, que não tem boa dicção e, ainda, dizem que falam a língua do povo. O povo não merece ser tratado como idiotas, merece respeito.

Com raras exceções, ainda atua no rádio AM de Araguari alguns heróis que não utilizam o sensacionalismo para produzir seus programas. Alguns apresentadores de tempos áureos, ainda, resistem em meio a aprendizes sem vocação (alguns com mais de 30 anos no rádio) que maculam a grande história escrita pelo rádio em nossa cidade.

Quiçá o rádio AM de Araguari volte a ter equipamentos de qualidade e profissionais competentes, como sempre teve, com o advento do Rádio Digital.

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Fonte:
Jornal Gazeta do Triângulo
Blog Ponto de Vista
História do Rádio -
www.microfone.jor.br

Prego Enferrujado

Um Prego Enferrujado pode servir para duas coisas:

A primeira: um objeto obsoleto que não tem mais finalidade, a não ser, de transmitir a doença de tétano.

A segunda: um objeto com as marcas do passado, marcas vivas de sua história corroidas pelo tempo, mas, presente como sustentáculo de nosso futuro.

Fazendo uma analogia com o ser humano, destaco:

Uma pessoa sem marcas, sem identidade, sem história, sem rugas (escondidas pela vaidade) que renega sua origem, só nos transmite doenças, principalmente, as morais e, são pessoas "enferrujadas" psiciologicamente.

Uma pessoa que respeita seu passado, valoriza e vê a história da cidade que ela vive confundida com a sua própria, só nos transmite paz, conhecimento e alta-estima, pois ela respeita a si mesma.

Portanto, quero ser um "prego enferrujado" de alma pura e que as marcas do tempo no meu corpo se tornem a "ferrugem" que apenas desgastou a matéria que me sustenta, mas o meu interior esteja intacto - como o aço que mantém viva a alma do "Prego enferrujado" - para que eu possa, no futuro, poder ter história e conhecimento para passar as futuras gerações, como o "Prego Enferrujado" me ensinou a amar e respeitar a Estrada de Ferro e sua pujança cultural.

Liberdade

A liberdade antes mesmo de ser um direito é um bem da sociedade. Ao longo de séculos vem sendo buscada a duras penas. O processo é lento e não pode sofrer interrupção. Em grande parte do mundo, onde as pessoas ainda estão sendo massacradas pela interferência de um Estado opressor, esta liberdade não chegou.

Mas será que em sociedades tidas como democráticas goza-se de plena liberdade? Você se considera uma pessoa livre?

Penso que ainda não, como por exemplo, no Brasil, mesmo após a libertação dos escravos; o término da ditadura; os direitos atribuídos a sociedade pela Constituição Federal, como por exemplo, a liberdade de imprensa, de expressão, a informação, de ir e vir, de escolha profissional, política, sexual e religiosa, de pensamento, entre outras, todas as formas de liberdade são veladas.

Quando a sociedade com a desculpa de “melhor distribuir a renda” permite as pessoas em condição de miséria ou pobreza receberem do governo apenas um cartão com a inscrição “Bolsa Família”, está condicionando estas pessoas a serem dependentes. Com a desculpa de “proteger as crianças e adolescentes” e os impede de aprender uma profissão digna e honesta em suas horas ociosas, mas as permite ficarem jogadas nas ruas, a sociedade está condicionando estas pessoas a serem escravas do tráfico, das drogas, da prostituição. Para permitir ao jovem o “exercício de sua cidadania”, lhe é facultado o direito ao voto, mas a sociedade não impõe responsabilidades a este mesmo jovem quando ele comete um crime, assim, está condicionando estas pessoas a não terem limites e viverem num Estado de impunidade.

Pela imposição a dependência financeira por meio das “Bolsas” sociais, o governo, com o aval da sociedade, cerceia do Homem a sua liberdade de evoluir, sobretudo, como ser humano autônomo. Quando tira do jovem o direito a sua formação pessoal por meio do aprendizado moral, profissional, educacional e cultural este governo cerceia dele a liberdade de se tornar uma pessoa dinâmica, ativa e capaz.

Quando o governo não gera oportunidades e a sociedade assiste passivamente avalizando estes atos, cerceia de si mesma a continuidade da sua cultura.

Por outro lado, quando se dá liberdade sem limites, sem responsabilidades é o que ocorre, como por exemplo, com o garoto de 12 anos, acompanhado de um jovem de 17 anos, que neste dia 03/01/09 foi pego pela 10ª vez em São Paulo após ter furtado um veículo. Os garotos foram levados ao Distrito Policial e entregues, mais uma vez, aos pais que os levaram para casa. Amanhã eles vão para as ruas e cometem outros delitos. O que esperar destes aprendizes de bandidos? Com a palavra aqueles que criaram o Estatuto da Criança e do Adolescente.

O mesmo ocorre em nome da “liberdade de imprensa” quando falsos jornalistas ou comunicadores, os chamados “jornalistas copiam e colam” - aqueles que não têm formação nenhuma, não vão em busca da informação verídica, mas aguarda pela internet a notícia chegar para disseminá-la por meio impresso ou pela própria internet -, querem blindagem para poderem publicar os mais diversos absurdos e continuarem isentos de seus atos irresponsáveis que maculam a classe dos jornalistas sérios e dignos.

A Liberdade é a condição dada ao individuo de exercer sua vontade sem julgo, sem amarras, sem coação física, moral ou intelectual, isento de restrições, exceto aquelas que infrinjam os direitos legais de outrem.

Use sua liberdade respeitando a liberdade da sociedade que você vive, mas assuma as responsabilidades inerentes aos excessos de seus atos, em nome daquilo que você afirma ser a sua LIBERDADE DE...

Video: Palácio dos Ferroviários - O Melhor de Minas

O Palácio dos Ferroviários foi vencedor do concurso cultural promovido pela Rede Integração/Uberlândia que realizou uma reportagem especial sobre esse nosso Patrimônio Cultural. Assista ao vídeo:

Fonte: Rede Integração/Uberlândia - CEDOC

1° Prêmio "Preservação Cultural"

Em 12 de Novembro de 2008 o Conselho Deliberativo Municipal de Patrimônio Histórico e Cultural de Araguari, em reunião ordinária, com intuito de reconhecer os AMIGOS DA CULTURA de Araguari que valorizam a nossa identidade, CRIA em conjunto com a Fundação Araguarina de Educação e Cultura - FAEC, o 1° PRÊMIO “PRESERVAÇÃO CULTURAL” do município de Araguari.

O PRÊMIO tem por finalidade reconhecer os relevantes serviços prestados, à sociedade de Araguari, pelos diversos ícones vivos que de forma espontânea divulga, preserva, resgata, incentiva e produz cultura em nossa cidade.

A solenidade de entrega acontecerá no dia 10 dia dezembro de 2008, as 15 horas, na Sala de Exposições do Palácio dos Ferroviários, a Pç. Gaioso Neves, 129 - 1° andar, durante a reunião ordinária do Conselho Deliberativo Municipal de Patrimônio Histórico e Cultural de Araguari.

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