O ano será novo. E VOCÊ?

Desacorrente-se do passado,
Liberte-se da ignorância que lhe fez optar por escolhas do mal.
Expurgue de ti todo e qualquer sentimento que assemelhe ao desamor.
Conecte-se a essência do Criador!

Se vista da melhor roupa de Luz,
Ceie do verdadeiro alimento espiritual,
Brinde ao sabor da certeza de uma vida plena e próspera,
Comemore sob os fogos do despertar da consciência,
Caminhe a passos largos rumo ao amor incondicional!

Seja Luz!
Seja Verdade!
Seja Amor!
Assim, se tornará cada vez mais NOVO(A)!
Assim se tornará LIVRE!
Assim, será você MESMO(A)!

por Alessandre Campos. Dez/2020.

Quem está certo?

Neste momento há uma briga entre os que pensam que estão certos contra os que pensam que estão certos. Isso mesmo que vc leu.

Nenhum dos lados utilizam a ferramenta RESPEITO, tão conclamada nos últimos tempos.

Esta palavra RESPEITO, vociferada nos últimos tempos, serve somente para um lado - aquele que pensa estar certo -, ou seja, respeito de mão única.

A verdade, quem está com ela?

Nenhum ser vivente na Terra.

A verdade e a justiça são exclusivas de seres, que não habitam essa Terra fisicamente, de alto nível evolutivo, pois estes possuem as ferramentas DISCERNIMENTO e LUZ DO CONHECIMENTO.

Portanto, o véu que impede os seres terráqueos de enxergarem a VERDADE, gastará muito exercício moral para ser retirado.

Assim, o lado certo desse ser ínfimo humano é o lado da humildade para admitir que necessita se transformar moralmente e depois, quem sabe, poder dizer claro e em tom audível (sem gritos trevosos), que conhece a sua verdade íntima, que admitiu para si mesmo suas mentiras e não dos outros e que poderá cursar a universidade da verdade universal.

Chega de hipocrisia, pessoas que pensam estar com a verdade.

Cidades doentes

O urbanismo como ciência sempre defendeu cidades mais enxutas, com número de habitantes baixo, com espaços de moradia, trabalho/estudo, convivência/lazer, comércio/indústria/serviços, todos integrados ambiental e culturalmente, com o mínimo possível de deslocamentos individuais motorizados e o máximo possível de mobilidade com deslocamentos curtos, sobretudo por meio de deslocamentos a pé ou por transportes não poluentes.

Uma coisa é a ciência, os estudos urbanos, outra coisa foi como os leigos da política criaram as oportunidades do uso e ocupação do solo urbano e que são adotadas atualmente.

Em 2011 escrevi um post neste blog com o título "Uma Cidade Doente"  e atualmente deparamos com a incapacidade das ações políticas não darem conta de conter as várias doenças (e os modos de transmissão ou contágio)  inerentes a falta de planejamento urbano e, sobretudo, da própria configuração arquitetônica das edificações.

A Terra está em constante transformação, as cidades deverão, também, compulsoriamente, passarem por transformações, agora, técnicas e não mais políticas com cunho eleitoreiros.

A atual situação mundial, com a pandemia  COVID-19, está mostrando que politicagem não é solução, ciência e política técnica tem a solução em todos os setores de sua influência.

por Alessandre H. Campos

Despertar

Durante muitos séculos a humanidade viveu na terceira dimensão, ou seja, somente entendia a escala da largura, do comprimento e da altura de um mundo primitivo.

Após milhares de anos essa humanidade terráquea teve a oportunidade de subir um degrau na evolução e conquistou a quarta dimensão entrando na escala tempo/espaço, onde estamos.

Por todos estes milhares de anos, no processo evolutivo de cada um e da própria Terra, a humanidade foi, as custas de muitas provas e expiações, galgando degraus para despertar para uma nova evolução. Muitos ouviram o chamado e saíram das zonas trevosas, outros ainda insistem nessas sintonias do mal e da maldade.

Os novos tempos estão se aproximando, tendo em vista que em 2012 se abrem os portais da quinta dimensão, ou seja, a humanidade desperta atualiza suas fontes de energia para transitarem pela consciência da unidade, ou seja, inundar a Terra com as energias do amor incondicional.

Os trevosos, não contentes com a luz que está entrando na Terra por meio do Sol Central (Deus), ainda tentam induzir a humanidade a práticas de terceira e quarta dimensões (manipulação, medo, temor, crenças limitantes, apego, materialismo, egoísmo, e todas as práticas da mentira e da injustiça).

Os tempos para os trevosos acabaram. A luz inunda o mais baixo setor de escuridão e rompe as correntes que aprisionavam estes seres e pela justiça das Leis Universais os convidam a deixarem a Terra e terem outras oportunidades de regeneração em outras moradas do Pai, condizentes com suas energias.

A Terra entra neste processo de regeneração da quinta dimensão e não terá lugar para comportamentos de dimensões de baixa energia vibratória.

A quinta dimensão, da consciência da unidade, nós oferece as energias da justiça, da verdade, da empatia, da coragem, da espiritualidade (não da religião), da união, enfim de todas as energias que nos direcionam ao AMOR incondicional.

Mas, para que tudo se estabeleça é necessário a ordem por meio da grande "desordem" que está em curso para fazer a grande limpeza energética quântica individual e coletivamente da humanidade e da própria Terra.

Para muitos que chegaram até aqui neste texto por curiosidade e ceticismo a tudo isso lido, observe, neste período de pausa, o que vem acontecendo no seu próprio ser (dores que andam pelo corpo sem enfermidade, sensação de estarem no lugar errado, acordar entre 3 e 5 h da manhã, ouvir chamados "invisíveis", ser exposto a calúnias, injúrias, mentiras e injustiças, ter rompimentos inesperados nos relacionamentos amorosos ou com amigos, perder empregos de longa data ou mudarem radicalmente de profissão, perderem entes queridos inesperadamente, etc.) e assim, poderão refletir por si mesmos tudo que foi lido, vivido e ignorado nos últimos anos.

Eis chegado o tempo do despertar para a quinta dimensão àqueles que ainda caminham nas trevas da terceira e quartas dimensões.

Namastê.

por intuição a Alessandre H. Campos

Mulher



Mulher, mãe, menina, de fases, sonhadora, passional, solteira, esposa, maravilha, educadora,

de todas as cores, prazeres, desejos,  crenças, idades, profissões, definições, formas físicas,

de caráter, que faz refletir sua luz e exalar sua essência

de todos os cheiros e fragrâncias, de todos os sons e dons que

crescendo, errando, acertando, chorando, sentindo, ensinando, aprendendo

em todos os seus dias de luta, nem sempre de glórias, de frente para a luz, como os girassóis,

Sabe que tudo passa, menos o AMOR que se...

planta... cuida,
brota ...cuida,
floresce... cuida, 
frutifica... alimenta,
encanta, aquece, abraça, doa e...

... acolhe em seu colo de aconchego!

Feliz Todos os Dias,  Mulher.

por Alessandre Humberto de Campos
Em 08/03/2020

Reunião do Conselho


Reunião Extraordinária do Conselho Deliberativo Municipal do Patrimônio Cultural de Araguari em 06/03/2020


Questão cultural


Houve uma época na história que existiu o Coronelismo na estrutura de poder das cidades. A figura do coronel cultural (não tem nada a haver com o posto nas instituições militares atuais) detinha características do mandonismo, ou seja, um indivíduo de “posse” do controle de recurso estratégico, como a propriedade da terra, adquire tal domínio sobre a população do território sob seu domínio que a impede de exercer livremente a política e o comércio. Historicamente isso acontece desde a colonização, marca da política “tradicional”, da família “tradicional” onde os asseclas se tornavam dependentes destes coronéis, como marionetes. Estas figuras agiam em apenas duas dimensões: eu quero ↔ eu mando. Assim controlavam a igreja, a imprensa, a política, o comércio, as ações administrativas das “cidades” ou “vilas” ou “arraiais” e o comportamento das pessoas.

Em pleno século 21, o cenário ganhou contornos com conceitos diferentes, mas a essência continua a mesma: aqueles que detém o poder econômico ainda querem exercem suas influências na política, nas ações administrativas, na lavagem cerebral dos leigos com as mentiras ou os vitimismos, nas “carteiradas” e sobretudo, no poder da mídia corrupta.

Esse cenário passará a mudar a partir do momento da conquista consciente de cidadania, livre de crenças limitantes, do medo e, sobretudo, do desenvolvimento da crítica que é o ato ou atividade de habitualmente examinar, conhecer e avaliar minuciosamente os fatos antes de emitir qualquer opinião a respeito.

Ainda hoje, a sociedade continua com um comportamento subserviente aos “coronéis” da atualidade. São servis ao ponto de passar por cima de regras, normas, leis e sobretudo, da moral, neste caso, menos importante, pois não existe moral e nem caráter nestes seres que vivem no comodismo e na sombra das benesses daqueles que pagam pela sua “lealdade”.

Infelizmente, para esses seres que vivem na sombra, nas trevas das migalhas que sobram dos “coronéis” a vida se resume apenas a ser a marionete, amarrada ao fio da incompetência, movimentando-se e agindo de acordo com os comandos do manipulador.

Autor: Alessandre Campos.

Páginas da Vida


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O tempo passa... o que foi vivido durante 7 anos, entre 1993 e 2000, foi suficiente para ter conhecido um sentimento de verdade, sem máscara. A convivência tinha que ter sido somente por aquele período, nada além, mas foi inesquecível.

Numa aula de programação (informática), eu sendo seu professor... o universo programou o encontro e as escolhas programaram o caminho q seguiríamos depois.

Sem reencontros... Sem recaídas. Assim, se passaram 20 anos de lembranças maravilhosas das descobertas q juntos tivemos.

Tudo foi como tinha que ter sido, no tempo certo, do jeito q foi, pois foi marcante e inesquecível.

Tudo, hoje, se tornou paz em minha alma. Gratidão por ter feito parte da minha vida!

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Era fim do século XX, início do ano 2000. Vivia os danos do fim de um relacionamento de quase 7 anos, estava finalizando faculdade de arquitetura, estava finalizando uma empresa. Literalmente no fundo do poço. O ano de 2000 na minha vida foi de finalizações e o início de uma depressão.

A faculdade de arquitetura não consegui terminar naquela época, tive que "abandonar" ou adiar meu objetivo.

Faculdade particular eu estava devendo as mensalidades do ano anterior e para completar, uma professora me deu bomba, em uma matéria que eu nunca faltei, por frequência (falta) e por meio ponto na nota final. Não tive condições de pagar as mensalidades e assim não pude matricular para cumprir a grade curricular e formar.

Naquela época a sensação que eu tinha era que o mundo iria acabar mesmo, pelo menos o meu mundo estava acabando em todos os sentidos.

Aqueles que um ano antes diziam ser amigos, sumiram todos. Parentes ou familiares não tinham noção do que acontecia no meu interior. Raros que sabiam se preocupavam com questões externas.

Nessa impotência em solucionar problemas, sem apoio (exceto da minha mãe que foi uma guerreira e suportou tudo comigo), afundei numa depressão onde fiquei trancado num quarto quase escuro por 6 meses. Saia só pra almoçar, mas quando não tinha ninguém estranho (mesmo parentes) em casa.

Nesse período descobri a mediunidade e sem nenhum preparo ou conhecimento, amigos e inimigos de outros planos me visitavam. Era tanta coisa que acontecia que pensava que estava louco.

Alguns raros amigos que tinham conhecimento sobre esse assunto me levaram à ajuda.

Nessa fase de depressão não procurei ajuda médica ou psicológica e não ingeri nenhum medicamento.

Depois de 6 meses nesse tormento, - que parecia estar naquela situação uns 6 anos, tendo em vista que perdi a noção do tempo - comecei a reagir e a participar de trabalhos esporádicos, mas me sentia mal quando tinha que ficar exposto as pessoas, por ter desenvolvido uma fobia social. Isso durou 3 anos.

Em 2003, trabalhando como desenhista num escritório de arquitetura (eu me tornei sócio), acessando a internet, no chat do Uol, comecei a teclar (tc) com uma mulher de Brasília/DF. Papo vai, papo vem, avançamos nossa conversa para o MSN que permitia conversa por vídeo. Começamos a namorar a distância, sem nunca ter nos encontrado pessoalmente.

Mal eu sabia que minha vida estava a um passo de mudanças radicais.

Depois de alguns meses, essa namorada e seus pais, saem de Brasília e chegam em Araguari para nos conhecermos.

Esse namoro durou uns 2 anos. Durante isso a Faculdade onde fazia arquitetura me convoca para terminar o curso e se eu aceitasse teria que fazer a disciplina que me reprovaram em 1999 e o Trabalho Final de Graduação (TFG) entre agosto e dezembro de 2004. Para isso eu teria que pagar a dívida com a faculdade e bancar as mensalidades para finalizar o curso.

Mais uma vez eu não tinha condições financeiras de aceitar. Comentei esse fato com a namorada, ela comentou com o pai dela que me chamou em Brasília para uma conversa.

Naquele momento eu já tinha sepultado meu retorno a faculdade, porém, quem eu nunca pensei que pudesse me ajudar, o universo coloca no meu caminho, um sogro, que foi mais que um pai.

Meu sogro pagou minha dívida na faculdade e minha mãe, com o pouco que tinha me ajudava a pagar as mensalidades seguintes. Assim, algo q eu dava como perdido, a espiritualidade, por Deus, me provou o contrário e no final de 2004 concluí o curso de arquitetura, colando grau em 2005.

Infelizmente, alguns meses depois meu sogro veio a falecer e minha namorada, termina o relacionamento após entrar em depressão pela ausência do pai. A distância física também contribuiu para essa finalização.

Meu sogro entrou na minha vida por intermédio da filha para me ajudar como finalização da missão dele nessa Terra. Gratidão eterna aos dois, pai e filha.

Ah! Minha sogra me detestava, creio q era uma inimiga espiritual. Kkkkk

Depois de um tempo, tive a oportunidade de retribuir a essa ex namorada (2017) a ajuda que me deram, como se eu estivesse pagando uma dívida, mas dinheiro nenhum pagaria o que eles fizeram por mim, quando eu mais precisei e que parente nenhum se prontificou a fazer.

No final de 2005, faço o concurso para Arquiteto e Urbanista da Prefeitura de Araguari, sendo 2 vagas disponíveis. Passei em 4° lugar. Os 2 primeiros colocados não assumiram o cargo, a primeira por ter outra opção e o segundo por não ter formado ainda.

Em 2007, tomo posse na Prefeitura como concursado e a partir daí minha vida toma outros rumos.

Nesses 7 anos (outro ciclo de 7) o que era morte, cinza, fim... tornou em vida, renascimento, recomeço.

Deus fez eu entender que, realmente, meu mundo acabou em 2000 para ser recriado e reconstruído, tijolo por tijolo ao longo do tempo, por meio de pessoas especiais que Ele me enviou. Anjos de luz.

Gratidão plena e amor incondicional a Luciana Tavares e ao Sr. José Tavares. Onde estiverem recebam meus sinceros agradecimentos.

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Em 2007 tomo posse como concursado da Prefeitura de Araguari no cargo de arquiteto e urbanista para cumprir carga horária de 4h/diária, conforme edital do concurso de 2005 e Lei de cargos e salários.

A partir daí comecei a minha missão preparada por Deus e executada pela espiritualidade na Secretaria Municipal de Planejamento, na época, funcionava na Rua Marciano Santos, no antigo prédio do Supermercado Costa.

Era fim de um governo e outro se instalava numa nova gestão a partir de 2008. Como medida de interesse do novo governo, fui encaminhado a desenvolver meu trabalho na FAEC.

Mal sabia o que me reservava...

Como sempre gostei de estudar e ter um embasamento técnico apurado para desenvolver meu trabalho com qualidade, fui aprovado no curso de especialização da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de Brasília/UnB, na modalidade EAD com encontros presenciais em fins de semana ao longo do curso. Isso ocorreu entre agosto de 2008 e outubro de 2009.

Logo em seguida, em novembro/dezembro de 2009 abre o edital para o Mestrado da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de Brasília/ UnB. Fiz a inscrição, apresentei o pré-projeto de pesquisa na área de planejamento urbano e consegui uma das vagas para iniciar em 2010.

Neste ínterim a UnB estava em greve, onde os docentes reivindicavam melhores salários e condições de trabalho.

Em 2009 quem era o Presidente da República?

A greve se estendeu até maio de 2010 e nesse interim alguns mosquitos da dengue, que me recepcionavam no meu local de trabalho todo dia de manhã, resolveram me contaminar.

Adquiri a doença (comprovado por exame dois dias após o início das dores) que quase evoluiu para hemorrágica. Os 4 primeiros dias, fiquei  com fortes dores de cabeça, dor no corpo e não conseguia olhar pra luz. Lembro que isso coincidiu com um feriado prolongado, creio que carnaval. Os reflexos da dengue estão comigo até hoje.

Após essas fortes dores de cabeça, a sensação era que os olhos iriam pular do globo ocular, ia explodir. Partes da minha memória, sobretudo relacionadas as lembranças e ao reconhecimento de fatos e pessoas, sumiu. Não lembro de muitas passagens da minha vida, sobretudo, da época de escola (em todos níveis), serviço militar, faculdade. Já passei muita vergonha quando pessoas me cumprimentavam, comentavam que já tinhamos convivido nesses ambientes citados e eu fazer cara de paisagem não lembrando nada daquilo. Até hoje não lembro!

Como a greve na UnB se estendeu até maio de 2010, os efeitos da dengue, a não cooperação da prefeitura na minha liberação para viajar até Brasília para fazer o curso, todos estes fatores contribuiram para que eu desistisse do mestrado.

Após a dengue eu não tinha vontade e forças pra nada, mas continuava o meu trabalho na FAEC.

Em 2010, mais um problema de saúde. Mal me recuperei da dengue, o apêndice começa a dar sinais de insatisfação.

Numa madrugada de domingo para segunda de abril ou maio de 2010, não lembro bem, a dor do apendicite descia a perna e refletia nas costas.

Fui levado ao Pronto Socorro (hoje UPA) e uma médica de plantão ao me atender por volta de 2h da manhã, sem olhar na minha cara, me pergunta  o que eu tinha. Minha resposta foi curta e grossa: se eu soubesse, teria ja resolvido e não estaria lá.

Ela mudou a pergunta, eu disse o que estava sentindo e ela me disse que eu estava com cólica de rins e eu temei dizendo que era apendicite.  A médica riu, me colocou num leito e lá fique até 4h da manhã tomando soro. Depois desse período, ela me perguntou se a dor tinha passado, eu confirmei, voltei pra casa com menos dor e deitei até chegar a hora de levantar e ir trabalhar.

Assim aconteceu, cheguei no trabalho por volta das 7h15, segunda-feira, e por volta das 8h, a dor voltou com toda força.

Pedi uma consulta com urgência com Dr. Tomé no antigo Hospital Santa Marta. Lá chegando, fui internado para passar por exames, os quais, deram infecção no sangue e nos exames de imagem, não encontravam o apêndice... sempre foi tímido.

Fique fazendo exames, tomando morfina para amenizar a dor, pois o médico não tinha certeza em me operar. Depois de muitas dúvidas e dores o médico, por insistência minha, resolve a marcar a cirurgia para quarta feira, dois dias depois da minha internação.

Logo cedo, iniciam os procedimentos para a cirurgia. Me levaram ao centro cirúrgico do Hospital Santa Marta, por volta das 10h30 e lá fiquei aguardando o anestesista, ouvindo as enfermeiras a conversar, sentindo o cheiro do almoço que estava sendo consumido por elas, pois creio que já passava das 12h. Nada dos médicos chegarem.

Depois de um tempo observando a ferrugem do suporte do soro, do vidro quebrado do holofote de iluminação, do barulho dos equipamentos de controle cardíaco e funções vitais, recebo anestesia pelo soro e inicia a cirugia.

Depois de algum tempo, nasce um apêndice num formato de camarão, quase supurado, que estava escondido e não aparecia nos exames de imagem.

Enfim, livre daquela dor insuportável. Em todo processo que envolve a cirurgia, recorri aos médicos espirituais, que por permissão de Deus, participaram do pré-operatório, da cirurgia e do pós-operatório. Não tenho nem marca da cicatriz.

15 dias depois da cirurgia e muita alucinação noturna em virtude das doses de morfina, tiro os pontos e retorno ao trabalho, tendo que percorrer 42 degraus dentro da FAEC para exercer meu trabalho.

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Tem certas experiências da vida, que no primeiro momento se apresentam como se fossem a oitava maravilha do mundo.

Em 2013, eu estava bem estabilizado financeira e profissionalmente, mas faltava alguém para construir uma vida a dois.

Como tudo é sintonia, o universo retribuiu aquela necessidade e colocou na minha vida o que eu precisava naquele momento: entender o que seria ter uma vida a "dois" e me enviou mais 3 pessoas, uma mulher e duas crianças, que nunca foram meus filhos biológicos.

Desde o início a coisa começou errada, a mulher estava casada e querendo sair daquela relação. Aproveitando a oportunidade e abertura que dei, nos envolvemos.

Hoje, analisando o fato com mais equilíbrio, posso dizer com todas as letras: foi a pior experiência que escolhi pra viver.

Assumi uma responsabilidade de pai que os próprios pais renunciaram. Eu não sabia administrar nada daquilo que eu vivenciava.

De repente eu acordei e me vi envolto por uma carga energética advinda daquela relação torta que minava todo meu equilíbrio espiritual.

Com o tempo fui percebendo que eu não estava bem com nada daquilo que eu escolhi viver. E como as pessoas não conseguem viver uma farsa por muito tempo, as reais intenções da outra parte ficavam mais claras ao longo do tempo e minha insatisfação me tirava o sono. O "modus operanti" dela foi o mesmo ao envolver com outra pessoa estando comigo. E será sempre assim. Sai de cabeça erguida e consciência tranquila.

Diante disso, depois de um tempo de reflexão, a conclusão que tiro está na lei universal da ação e reação, ou seja, o que se faz volta a vc mesmo.

Essa experiência pode ser comparada ao uso de drogas. No primeiro momento, êxtase, em seguida o desejo de repetir, até estar totalmente viciado. Nunca foi amor. Foi entrar numa areia movediça, se debater pra sair e ir só se afundando.

ConVivendo dentro desse umbral, numa ambiência que cheirava enxofre, desferi palavras duras contra pessoas que faziam parte daquela situação, palavras essas que doíam em mim como punhaladas na alma.

Mas, um dia, o próprio universo que permitiu vc se afundar nessa areia movediça totalmente drogado, coloca uma luz e um galho seco sobre seus pés, te dá confiança e sustentação para se firmar e sair daquele inferno.

Hoje, estou limpo dessa droga, sem nenhuma vontade de recaída, com os pés bem apoiados em terra firme, em paz com minha consciência, grato ao universo, as pessoas envolvidas nesse capítulo e grato a Deus por ter me ensinado o caminho e os ambientes que eu jamais devo voltar e entrar.

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Não somos humanos, somos robôs programados por regras, padrões e crenças limitantes.

Quando nos tornamos o arquiteto da nossa vida, o projeto que se faz é baseado nas crenças e nos padrões limitantes que recebemos no período de formação, ou seja, gravamos um programa de necessidades pelo qual esse projeto será desenvolvido ao longo do tempo.

Dentro desse programa de necessidades consta o que os outros querem o que essa construção se torne.

Nossas escolhas são sempre com base naquilo que incutiram em nosso consciente e subconsciente, informações que ao longo da construção vamos resgatando.

Tudo isso, o que nos forçaram a acreditar ser o melhor pra gente se torna frustração quando imaginamos ter chegado ao telhado da construção, mas a fachada não tem a estética a qual queríamos em virtude dos padrões externos.

O interior praticamente fica oculto aos olhos daqueles que estão ao redor, pois somos treinados a acreditar na opinião alheia que dita as regras de felicidade estabelecidas como padrão: nascer, crescer, formar, trabalhar, casar, ter filhos, ter carro, ter casa, ter dinheiro e se dar bem com a sogra.

Diante desses padrões, regras, crenças que nos limitou a vida toda a ser o que os outros querem e não o que queremos ser ou ter, nos joga no abismo da solidão de nós mesmos e passamos a viver de aparências.

Entendo que nesse jogo da vida, o juiz (a opinião alheia) é quem decide se podemos ou não escolher, por vontade própria, ficar sozinho, na solitude ou na solidão.

Enfim. Vamos viver todas as experiências, positivas ou negativas, sem preocupar com  as regras, as teorias, as crenças e tudo que nos limita.

Chega de ser robô!

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Quando se rompe vínculos é pq estes nunca existiram de verdade, portanto, nada mais natural destruir tudo aquilo que trás lembranças e que causará algum transtorno emocional.

Quando se entra em equilíbrio emocional, em paz de espírito, nada influencia ou incomoda as lembranças, pois elas devem existir exatamente pra te alertar que é impossivel voltar a percorrer caminhos que já se passaram, tendo em vista que o passado só serviu como exímio professor da história que não irá se repetir.

O presente, o AGORA, é a construção do amanhã pelo aprendizado adquirido ao longo dos tempos passados.

Depressão: apego ao passado

Ansiedade: projeção e preocupação com o futuro

Equilíbrio: viver no agora

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Nesta nova fase 49 | 50 ao meu lado só quem é de verdade, quem tem a vontade e o desejo de evoluir moral e espiritualmente!




O Distrito de Amanhece


1 – HISTÓRICO

1.1 - A ferrovia    

O final do século XIX e início do século XX trouxeram a Araguari novas possibilidades de expansão com a chegada do transporte férreo. Araguari aos poucos foi despontando graças ao crescimento populacional em virtude da instalação na cidade da Estação de Passageiros da Cia. Mogiana de Estrada de Ferro em 15 de novembro de 1896.

O funcionamento da Cia. Mogiana inspirou a abertura de caminhos pelos trilhos ao Estado de Goiás. A linha férrea da Cia Mogiana tinha ponto terminal em Araguari e inicial em Campinas – SP. Para fazer a ligação de São Paulo a Goiás criou-se, então, a Estrada de Ferro Alto Tocantins, que seria a continuidade da estrada da Mogiana até Goiás, tendo Araguari como ponto inicial e Goiânia terminal. Em 28 de março de 1906 a estrada passou a se denominar Companhia Estrada de Ferro de Goyaz, por meio do Decreto 5949/1906, in verbis:

Artigo unico. Fica reconhecida, sob a denominação de Companhia Estrada de Ferro de Goyaz, a antiga Companhia Estrada de Ferro Alto Tocantins, de que trata o decreto n. 5349, de 18 de outubro de 1904, para os fins do contracto celebrado nos termos desse mesmo decreto.

Logomarca da Companhia Estrada de Ferro de Goyaz

 Os trabalhos para a construção da Estrada de Ferro de Goyaz iniciaram-se em 1906 no marco zero, na cidade de Araguari, que se torna um entroncamento ferroviário. A partir daí estende-se a ferrovia sentido Goiás passando pelo povoado de Amanhece e ali tem o início por volta de 1910 a construção de uma pequena estação de passageiros e mercadorias, que teve sua inauguração em 1913. A partir de 1920, em função de problemas de caráter financeiro e administrativo, a Companhia Estrada de Ferro de Goyaz, obteve concessão para explorar os serviços ferroviários no Triângulo Mineiro e em Goiás. Com isso, sua administração foi transferida à União, que deu continuidade as obras de construção da estrada de ferro até a cidade de Goiânia, numa extensão de 480 quilômetros, passando por 30 estações, destacando-se as de: Araguari, Amanhece, Ararapira, Anhanguera, Goiandira (ponto de ligação com a Rede Mineira), Ipameri, Roncador, Pires do Rio, Engenheiro Balduíno, Vianópolis, Leopoldo de Bulhões, Anápolis e Goiânia.

Em 1926 inicia-se a construção do prédio e sede da Estação da Goyaz em Araguari e em 2 de dezembro de 1928 ele é inaugurado. Os três grandes engenheiros da Estrada de Ferro Goiás foram Gaioso Neves, Luiz Schinoor e Bethout que construíram a sede, a estrada e as pontes.

            A ferrovia interferia de várias maneiras por onde ela passava. O que era apenas um povoado, com a chegada da ferrovia, trouxe também a chegada de várias famílias a Amanhece e desenvolvimento o que culminou em 1923 a elevação de povoado a Distrito na divisão administrativa e territorial de Araguary. O Distrito de Amanhece foi criado pela Lei Estadual n° 843 de 07/09/1923.

            O Cel. Theodolino Pereira de Araújo, dono de terras em Amanhece, foi o idealizador da alteração da rota rodoviária até o distrito, sendo efetivada em 1946 com um percurso seguindo os trilhos da Estrada de Ferro de Goiaz - EFG, fazendo a ligação com Araguari, surgindo assim, posteriormente, a rodovia MG 414. Neste mesmo ano foi instalada energia elétrica no distrito por meio da Cia Prada de Eletricidade e em 1950 instala-se uma agência da Empresa Brasileira de Correios.

No passado, a ferrovia foi a ligação entre São Paulo, Minas e Goiás. Trouxe pelos trilhos a pujança econômica ao Município tornando-se o marco histórico de desenvolvimento cultural, preservação e respeito as nossas raízes. 

Infelizmente, este período de pujança se vê ameaçado, pois em 1954, a sede da Estrada de Ferro de Goyaz foi transferida para Goiânia, ficando Araguari com a 2º divisão. Neste processo centenas de funcionários da empresa foram transferidos gerando transtorno na economia do município. Inicia-se uma fase de decadência econômica e urbana do Município, consequentemente, o Distrito de Amanhece sofre com essas mudanças.

A Estrada de Ferro de Goyaz passa a ser controlada pela Rede Ferroviária Federal Sociedade Anônima – RFFSA que foi criada mediante autorização da Lei nº 3.115, de 16 de março de 1957 com o objetivo de consolidar 18 ferrovias regionais e gerir os interesses da União no setor de transportes ferroviários.

            Na década de 1980 inicia-se a mudança de traçado da ferrovia, com isso as várias estações foram sendo desativadas, entre elas a Estação “Marciano Santos”, do distrito de Amanhece, com a retirada dos trilhos da antiga linha férrea. 

          Em 1986 a Prefeitura Municipal de Araguari adquiriu toda a área do terreno do pátio da estação de Amanhece situado entre os km 14+832,00 ao km 15+274,00, conforme consta na Matricula 18.501 do Cartório de Registro de Imóveis, onde funcionava a Estação e a Casa do Chefe da Estação. Em 2004 este bem é tombado pelo Decreto n° 017/2004.

1.2 - O Distrito de Amanhece

1.2.1 - Localização e Aspectos Geográficos

O Distrito de Amanhece/MG localiza-se ao norte do município de Araguari, na mesorregião do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba e ao oeste do Estado de Minas Gerais nas referências de latitude de -18.5366701 e longitude de -48.1897604.

Sua distância de Araguari/MG é de aproximadamente 18 Km e seu acesso é obtido por meio da rodovia MG 414. O relevo predominante é a chapada e suas altitudes variam de 840 a 950 metros com baixas declividades. Esse tipo de relevo privilegiou a agropecuária, uma das principais mudanças humana das paisagens do Distrito. Em toda sua extensão é possível apreciar as grandes e pequenas monoculturas cafeeiras e de soja.

Mapa de Localização da Estação “Marciano Santos” – Amanhece/MG. Fonte: Google Maps 2020

Grande parte de sua vegetação típica, o cerrado, já foi devastada restando apenas resquícios em áreas de reserva legal e nos trechos de baixo curso dos córregos, onde o relevo é mais dissecado.

Na área de 34 Km² da bacia do córrego Amanhece, são registradas vertentes suaves com corredeiras em seu alto e médio curso. No baixo curso é possível identificar a presença de corredeiras e vertentes íngremes, o que contribui para reforçar a beleza cênica do local, composta de uma cachoeira. Além disso, a mata galeria está presente ao longo de todo o curso do córrego, mesmo nos trechos onde não se respeitou o limite de 30 metros determinado pela legislação ambiental. 

O relevo e as transformações que ocorrem no córrego, influenciam a visão do lugar. Amanhece possui uma paisagem já bastante antropizada, porém não perdeu sua vitalidade, ao contrário, ela mescla a atividade rural, a tranquilidade da vida no campo e o contato com a natureza através dos vales dos córregos e da espetacular vista da Serra da Bocaina. O clima varia entre duas estações definidas, a seca e a chuvosa como em grande parte das localidades servidas pela vegetação do cerrado.

1.2.2 - Sua História

A formação do povoado de Amanhece está interligado a história da cidade de Araguari. No distante ano de 1824, já não havia terras desabitadas nos arredores do antigo arraial do Brejo Alegre, que tornou-se cidade de Araguari no ano de 1888. As fazendas foram os primeiros redutos populacionais da localidade de Amanhece. 
Entre o final do século XIX e início do XX, a instalação em Araguari do transporte férreo, primeiro com a Cia. Mogiana de Estrada de Ferro e posteriormente com a Estrada de Ferro de Goyaz, oportunizou a intensificação do comércio regional, o que provocou ao município a migração e imigração, gerando motivação econômica e intensificação do povoamento na zona urbana e rural.
Nesse contexto emerge o povoado de Amanhece, a partir da doação de terras em 1911, por Diogo Veloso Naves. Nessa época havia estabelecido no local o Sr. José Marques e família, católico fervoroso, sua religiosidade motivou-o a trabalhar pela construção de uma capela em devoção a Nossa Senhora Aparecida. Esse marco oportunizou num processo gradativo a ocupação territorial do povoado.
A dedicação de José, conhecido como “Zequinha”, o fez muito popular, sendo-lhe atribuído popularmente o feito de fundador de Amanhece. A denominação Amanhece surgiu de um fato peculiar, segundo consta, os padres que serviam à Paróquia Matriz de Araguari, possuíam uma propriedade rural na região da Bocaina, assim deslocavam-se até o povoado para ministrar os sacramentos. Como saíam de madrugada e chegavam ao destino amanhecendo, surgiu daí a ideia do nome.
No ano de 1913, a Estrada de Ferro de Goyaz, objetivando dinamizar o serviço de transporte de mercadorias e passageiros, inaugurou uma pequena estação na localidade de Amanhece (Foto 2).
A edificação simples e reduzida da empresa férrea, foi de grande importância para o povoado, configurando-se em fator de atratividade e comodidade. O estabelecimento de diversas famílias no lugarejo, consistiu em franco desenvolvimento, oportunizando no ano de 1923, sua classificação como novo Distrito na divisão administrativa de Araguari, por intermédio da Lei Estadual n° 843 de 07 de setembro de 1923, in verbis:
Art. 5° Ficam criados os seguintes distritos: (...)
II - de Amanhece, com sede no arraial deste nome, no município de Araguari, com a seguinte divisa:
Começa na cabeceira de ribeiro Macaúbas, descendo ao Rio Jordão; por este abaixo ao Paranaíba; por este abaixo ao Ribeirão Araras; por este acima até “Poço Bonito” e deste em rumo à cabeceira do Macaúbas, onde começou. (...)”


Os serviços básicos a população foram instalados gradativamente, chegando a energia elétrica no ano de 1946 (pela Cia. Prada de Eletricidade) e a agência da Empresa Brasileira de Correios em 1950, sendo que anteriormente, as correspondências eram entregues na Estação. 
Na década de 1980 a mudança do traçado da ferrovia desativou a antiga estação e finalizou os trabalhos com a retirada dos trilhos. O prédio, antes principal ponto de encontro, servindo ao trabalho e ao lazer da população, foi destinado à Polícia Militar a partir de 1983 e as reformas implementadas pela instituição, descaracterizaram em parte a arquitetura original, principalmente com a retirada de portas, janelas, fechamento e abertura de vãos, emparedamento interno, construção de uma cela e de uma garagem lateral.

Foto 1 – Estação de Amanhece já descaracterizada, em 2007. Fonte: Blog Ponto de Vista de Antônio Fernando Peron Erbetta (1942-2009).

1.3 - A Estação “Marciano Santos” - Amanhece


Foto 2 – Estação de Amanhece em 1983, arquitetura original.
Fonte: Acervo pessoal da escritora Amariles Nascimento.

            A estação de Amanhece está localizada no antigo trecho da linha tronco km 15+020,00 da Estrada de Ferro de Goyaz – EFG, desativada na década de 1980.
            Arquitetonicamente possui um partido retangular, com fachadas paralelas simétricas com modulação de vãos em arcos singelos no requadro superior das aberturas de portas e janelas e linhas retas nas demais linhas do requadro. Nas fachadas maiores as aberturas se davam por meio de duas portas nas extremidades e uma janela central, ambas em madeira. Nas fachadas menores, as aberturas se davam por meio de duas janelas em madeira dispostas harmonicamente e equidistantes das extremidades e entre elas, além de óculo acima de moldura em relevo em reboco com a identificação da estação na inscrição “AMANHECE” escrita a tinta.  Os vãos de portas, janelas e óculos eram ornados com faixas em relevo em reboco. 
            Estruturalmente está sob platô elevado com base em pedras secas em nível acima do terreno e duas rampas laterais, pelas fachadas menores, que facilitavam os pedestres e o transporte das mercadorias para o embarque. Na fachada frontal, o acesso era por escadas. Na plataforma de embarque aos vagões, mantinha-se a diferença de nível. As paredes em tijolos cerâmicos maciços são estruturais em conjunto com colunas em madeira que recebem a carga do telhado em duas águas em grade de madeira e fechamento em telhas do tipo “Francesa”.
            Internamente, possuía espaço para sala do agente, bilheteria, bar e salão de espera. As paredes em alvenaria tinham revestimento em reboco e pintura. Os forros internos eram em madeira no estilo saia e camisa (saia e blusa).  O piso era em cimento liso (tipo cimento queimado).
            Em frente à Estação havia um grande largo onde ficavam estocadas, esperando embarque, mercadorias como madeira e gado. Como o distrito era importante fornecedor de madeiras o embarque das mesmas era facilitado pelas rampas ao lado do prédio.
            As locomotivas eram a vapor, eram chamadas de “Maria Fumaça”. Uma das atividades econômicas do distrito era o fornecimento de lenha para abastecer as caldeiras das máquinas, madeira essa retirada do cerrado, colocada em depósito em frente ao prédio da estação e vendida aos metros para a “Goias”, assim chamada, a empresa ferroviária, por todos moradores.
            A estação de Amanhece foi inaugurada em 24 de fevereiro de 1913, sendo a primeira estação rural no trecho Araguari/Goiânia, tornando um núcleo de atividades e movimento ao pequeno povoado, onde a história, o progresso, o declínio, necessariamente se confunde com a da ferrovia.

por Alessandre H. de Campos
arquiteto e urbanista

Referencias Bibliográficas

 PEIXOTO, Juscélia Abadia. VIEIRA, Aparecida d Glória Campos. Araguari e sua História. Goiânia - Go. Kelps, 2013.

Portal Câmara dos Deputados. Brasília. DF. Coleção de Leis do Brasil. Anos Diversos. 

Assembleia Legislativa, Legislação Mineira.

Blog Ponto de Vista. Antônio Peron Erbetta.



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