Páginas da Vida


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O tempo passa... o que foi vivido durante 7 anos, entre 1993 e 2000, foi suficiente para ter conhecido um sentimento de verdade, sem máscara. A convivência tinha que ter sido somente por aquele período, nada além, mas foi inesquecível.

Numa aula de programação (informática), eu sendo seu professor... o universo programou o encontro e as escolhas programaram o caminho q seguiríamos depois.

Sem reencontros... Sem recaídas. Assim, se passaram 20 anos de lembranças maravilhosas das descobertas q juntos tivemos.

Tudo foi como tinha que ter sido, no tempo certo, do jeito q foi, pois foi marcante e inesquecível.

Tudo, hoje, se tornou paz em minha alma. Gratidão por ter feito parte da minha vida!

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Era fim do século XX, início do ano 2000. Vivia os danos do fim de um relacionamento de quase 7 anos, estava finalizando faculdade de arquitetura, estava finalizando uma empresa. Literalmente no fundo do poço. O ano de 2000 na minha vida foi de finalizações e o início de uma depressão.

A faculdade de arquitetura não consegui terminar naquela época, tive que "abandonar" ou adiar meu objetivo.

Faculdade particular eu estava devendo as mensalidades do ano anterior e para completar, uma professora me deu bomba, em uma matéria que eu nunca faltei, por frequência (falta) e por meio ponto na nota final. Não tive condições de pagar as mensalidades e assim não pude matricular para cumprir a grade curricular e formar.

Naquela época a sensação que eu tinha era que o mundo iria acabar mesmo, pelo menos o meu mundo estava acabando em todos os sentidos.

Aqueles que um ano antes diziam ser amigos, sumiram todos. Parentes ou familiares não tinham noção do que acontecia no meu interior. Raros que sabiam se preocupavam com questões externas.

Nessa impotência em solucionar problemas, sem apoio (exceto da minha mãe que foi uma guerreira e suportou tudo comigo), afundei numa depressão onde fiquei trancado num quarto quase escuro por 6 meses. Saia só pra almoçar, mas quando não tinha ninguém estranho (mesmo parentes) em casa.

Nesse período descobri a mediunidade e sem nenhum preparo ou conhecimento, amigos e inimigos de outros planos me visitavam. Era tanta coisa que acontecia que pensava que estava louco.

Alguns raros amigos que tinham conhecimento sobre esse assunto me levaram à ajuda.

Nessa fase de depressão não procurei ajuda médica ou psicológica e não ingeri nenhum medicamento.

Depois de 6 meses nesse tormento, - que parecia estar naquela situação uns 6 anos, tendo em vista que perdi a noção do tempo - comecei a reagir e a participar de trabalhos esporádicos, mas me sentia mal quando tinha que ficar exposto as pessoas, por ter desenvolvido uma fobia social. Isso durou 3 anos.

Em 2003, trabalhando como desenhista num escritório de arquitetura (eu me tornei sócio), acessando a internet, no chat do Uol, comecei a teclar (tc) com uma mulher de Brasília/DF. Papo vai, papo vem, avançamos nossa conversa para o MSN que permitia conversa por vídeo. Começamos a namorar a distância, sem nunca ter nos encontrado pessoalmente.

Mal eu sabia que minha vida estava a um passo de mudanças radicais.

Depois de alguns meses, essa namorada e seus pais, saem de Brasília e chegam em Araguari para nos conhecermos.

Esse namoro durou uns 2 anos. Durante isso a Faculdade onde fazia arquitetura me convoca para terminar o curso e se eu aceitasse teria que fazer a disciplina que me reprovaram em 1999 e o Trabalho Final de Graduação (TFG) entre agosto e dezembro de 2004. Para isso eu teria que pagar a dívida com a faculdade e bancar as mensalidades para finalizar o curso.

Mais uma vez eu não tinha condições financeiras de aceitar. Comentei esse fato com a namorada, ela comentou com o pai dela que me chamou em Brasília para uma conversa.

Naquele momento eu já tinha sepultado meu retorno a faculdade, porém, quem eu nunca pensei que pudesse me ajudar, o universo coloca no meu caminho, um sogro, que foi mais que um pai.

Meu sogro pagou minha dívida na faculdade e minha mãe, com o pouco que tinha me ajudava a pagar as mensalidades seguintes. Assim, algo q eu dava como perdido, a espiritualidade, por Deus, me provou o contrário e no final de 2004 concluí o curso de arquitetura, colando grau em 2005.

Infelizmente, alguns meses depois meu sogro veio a falecer e minha namorada, termina o relacionamento após entrar em depressão pela ausência do pai. A distância física também contribuiu para essa finalização.

Meu sogro entrou na minha vida por intermédio da filha para me ajudar como finalização da missão dele nessa Terra. Gratidão eterna aos dois, pai e filha.

Ah! Minha sogra me detestava, creio q era uma inimiga espiritual. Kkkkk

Depois de um tempo, tive a oportunidade de retribuir a essa ex namorada (2017) a ajuda que me deram, como se eu estivesse pagando uma dívida, mas dinheiro nenhum pagaria o que eles fizeram por mim, quando eu mais precisei e que parente nenhum se prontificou a fazer.

No final de 2005, faço o concurso para Arquiteto e Urbanista da Prefeitura de Araguari, sendo 2 vagas disponíveis. Passei em 4° lugar. Os 2 primeiros colocados não assumiram o cargo, a primeira por ter outra opção e o segundo por não ter formado ainda.

Em 2007, tomo posse na Prefeitura como concursado e a partir daí minha vida toma outros rumos.

Nesses 7 anos (outro ciclo de 7) o que era morte, cinza, fim... tornou em vida, renascimento, recomeço.

Deus fez eu entender que, realmente, meu mundo acabou em 2000 para ser recriado e reconstruído, tijolo por tijolo ao longo do tempo, por meio de pessoas especiais que Ele me enviou. Anjos de luz.

Gratidão plena e amor incondicional a Luciana Tavares e ao Sr. José Tavares. Onde estiverem recebam meus sinceros agradecimentos.

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Em 2007 tomo posse como concursado da Prefeitura de Araguari no cargo de arquiteto e urbanista para cumprir carga horária de 4h/diária, conforme edital do concurso de 2005 e Lei de cargos e salários.

A partir daí comecei a minha missão preparada por Deus e executada pela espiritualidade na Secretaria Municipal de Planejamento, na época, funcionava na Rua Marciano Santos, no antigo prédio do Supermercado Costa.

Era fim de um governo e outro se instalava numa nova gestão a partir de 2008. Como medida de interesse do novo governo, fui encaminhado a desenvolver meu trabalho na FAEC.

Mal sabia o que me reservava...

Como sempre gostei de estudar e ter um embasamento técnico apurado para desenvolver meu trabalho com qualidade, fui aprovado no curso de especialização da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de Brasília/UnB, na modalidade EAD com encontros presenciais em fins de semana ao longo do curso. Isso ocorreu entre agosto de 2008 e outubro de 2009.

Logo em seguida, em novembro/dezembro de 2009 abre o edital para o Mestrado da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de Brasília/ UnB. Fiz a inscrição, apresentei o pré-projeto de pesquisa na área de planejamento urbano e consegui uma das vagas para iniciar em 2010.

Neste ínterim a UnB estava em greve, onde os docentes reivindicavam melhores salários e condições de trabalho.

Em 2009 quem era o Presidente da República?

A greve se estendeu até maio de 2010 e nesse interim alguns mosquitos da dengue, que me recepcionavam no meu local de trabalho todo dia de manhã, resolveram me contaminar.

Adquiri a doença (comprovado por exame dois dias após o início das dores) que quase evoluiu para hemorrágica. Os 4 primeiros dias, fiquei  com fortes dores de cabeça, dor no corpo e não conseguia olhar pra luz. Lembro que isso coincidiu com um feriado prolongado, creio que carnaval. Os reflexos da dengue estão comigo até hoje.

Após essas fortes dores de cabeça, a sensação era que os olhos iriam pular do globo ocular, ia explodir. Partes da minha memória, sobretudo relacionadas as lembranças e ao reconhecimento de fatos e pessoas, sumiu. Não lembro de muitas passagens da minha vida, sobretudo, da época de escola (em todos níveis), serviço militar, faculdade. Já passei muita vergonha quando pessoas me cumprimentavam, comentavam que já tinhamos convivido nesses ambientes citados e eu fazer cara de paisagem não lembrando nada daquilo. Até hoje não lembro!

Como a greve na UnB se estendeu até maio de 2010, os efeitos da dengue, a não cooperação da prefeitura na minha liberação para viajar até Brasília para fazer o curso, todos estes fatores contribuiram para que eu desistisse do mestrado.

Após a dengue eu não tinha vontade e forças pra nada, mas continuava o meu trabalho na FAEC.

Em 2010, mais um problema de saúde. Mal me recuperei da dengue, o apêndice começa a dar sinais de insatisfação.

Numa madrugada de domingo para segunda de abril ou maio de 2010, não lembro bem, a dor do apendicite descia a perna e refletia nas costas.

Fui levado ao Pronto Socorro (hoje UPA) e uma médica de plantão ao me atender por volta de 2h da manhã, sem olhar na minha cara, me pergunta  o que eu tinha. Minha resposta foi curta e grossa: se eu soubesse, teria ja resolvido e não estaria lá.

Ela mudou a pergunta, eu disse o que estava sentindo e ela me disse que eu estava com cólica de rins e eu temei dizendo que era apendicite.  A médica riu, me colocou num leito e lá fique até 4h da manhã tomando soro. Depois desse período, ela me perguntou se a dor tinha passado, eu confirmei, voltei pra casa com menos dor e deitei até chegar a hora de levantar e ir trabalhar.

Assim aconteceu, cheguei no trabalho por volta das 7h15, segunda-feira, e por volta das 8h, a dor voltou com toda força.

Pedi uma consulta com urgência com Dr. Tomé no antigo Hospital Santa Marta. Lá chegando, fui internado para passar por exames, os quais, deram infecção no sangue e nos exames de imagem, não encontravam o apêndice... sempre foi tímido.

Fique fazendo exames, tomando morfina para amenizar a dor, pois o médico não tinha certeza em me operar. Depois de muitas dúvidas e dores o médico, por insistência minha, resolve a marcar a cirurgia para quarta feira, dois dias depois da minha internação.

Logo cedo, iniciam os procedimentos para a cirurgia. Me levaram ao centro cirúrgico do Hospital Santa Marta, por volta das 10h30 e lá fiquei aguardando o anestesista, ouvindo as enfermeiras a conversar, sentindo o cheiro do almoço que estava sendo consumido por elas, pois creio que já passava das 12h. Nada dos médicos chegarem.

Depois de um tempo observando a ferrugem do suporte do soro, do vidro quebrado do holofote de iluminação, do barulho dos equipamentos de controle cardíaco e funções vitais, recebo anestesia pelo soro e inicia a cirugia.

Depois de algum tempo, nasce um apêndice num formato de camarão, quase supurado, que estava escondido e não aparecia nos exames de imagem.

Enfim, livre daquela dor insuportável. Em todo processo que envolve a cirurgia, recorri aos médicos espirituais, que por permissão de Deus, participaram do pré-operatório, da cirurgia e do pós-operatório. Não tenho nem marca da cicatriz.

15 dias depois da cirurgia e muita alucinação noturna em virtude das doses de morfina, tiro os pontos e retorno ao trabalho, tendo que percorrer 42 degraus dentro da FAEC para exercer meu trabalho.

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Tem certas experiências da vida, que no primeiro momento se apresentam como se fossem a oitava maravilha do mundo.

Em 2013, eu estava bem estabilizado financeira e profissionalmente, mas faltava alguém para construir uma vida a dois.

Como tudo é sintonia, o universo retribuiu aquela necessidade e colocou na minha vida o que eu precisava naquele momento: entender o que seria ter uma vida a "dois" e me enviou mais 3 pessoas, uma mulher e duas crianças, que nunca foram meus filhos biológicos.

Desde o início a coisa começou errada, a mulher estava casada e querendo sair daquela relação. Aproveitando a oportunidade e abertura que dei, nos envolvemos.

Hoje, analisando o fato com mais equilíbrio, posso dizer com todas as letras: foi a pior experiência que escolhi pra viver.

Assumi uma responsabilidade de pai que os próprios pais renunciaram. Eu não sabia administrar nada daquilo que eu vivenciava.

De repente eu acordei e me vi envolto por uma carga energética advinda daquela relação torta que minava todo meu equilíbrio espiritual.

Com o tempo fui percebendo que eu não estava bem com nada daquilo que eu escolhi viver. E como as pessoas não conseguem viver uma farsa por muito tempo, as reais intenções da outra parte ficavam mais claras ao longo do tempo e minha insatisfação me tirava o sono. O "modus operanti" dela foi o mesmo ao envolver com outra pessoa estando comigo. E será sempre assim. Sai de cabeça erguida e consciência tranquila.

Diante disso, depois de um tempo de reflexão, a conclusão que tiro está na lei universal da ação e reação, ou seja, o que se faz volta a vc mesmo.

Essa experiência pode ser comparada ao uso de drogas. No primeiro momento, êxtase, em seguida o desejo de repetir, até estar totalmente viciado. Nunca foi amor. Foi entrar numa areia movediça, se debater pra sair e ir só se afundando.

ConVivendo dentro desse umbral, numa ambiência que cheirava enxofre, desferi palavras duras contra pessoas que faziam parte daquela situação, palavras essas que doíam em mim como punhaladas na alma.

Mas, um dia, o próprio universo que permitiu vc se afundar nessa areia movediça totalmente drogado, coloca uma luz e um galho seco sobre seus pés, te dá confiança e sustentação para se firmar e sair daquele inferno.

Hoje, estou limpo dessa droga, sem nenhuma vontade de recaída, com os pés bem apoiados em terra firme, em paz com minha consciência, grato ao universo, as pessoas envolvidas nesse capítulo e grato a Deus por ter me ensinado o caminho e os ambientes que eu jamais devo voltar e entrar.

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Não somos humanos, somos robôs programados por regras, padrões e crenças limitantes.

Quando nos tornamos o arquiteto da nossa vida, o projeto que se faz é baseado nas crenças e nos padrões limitantes que recebemos no período de formação, ou seja, gravamos um programa de necessidades pelo qual esse projeto será desenvolvido ao longo do tempo.

Dentro desse programa de necessidades consta o que os outros querem o que essa construção se torne.

Nossas escolhas são sempre com base naquilo que incutiram em nosso consciente e subconsciente, informações que ao longo da construção vamos resgatando.

Tudo isso, o que nos forçaram a acreditar ser o melhor pra gente se torna frustração quando imaginamos ter chegado ao telhado da construção, mas a fachada não tem a estética a qual queríamos em virtude dos padrões externos.

O interior praticamente fica oculto aos olhos daqueles que estão ao redor, pois somos treinados a acreditar na opinião alheia que dita as regras de felicidade estabelecidas como padrão: nascer, crescer, formar, trabalhar, casar, ter filhos, ter carro, ter casa, ter dinheiro e se dar bem com a sogra.

Diante desses padrões, regras, crenças que nos limitou a vida toda a ser o que os outros querem e não o que queremos ser ou ter, nos joga no abismo da solidão de nós mesmos e passamos a viver de aparências.

Entendo que nesse jogo da vida, o juiz (a opinião alheia) é quem decide se podemos ou não escolher, por vontade própria, ficar sozinho, na solitude ou na solidão.

Enfim. Vamos viver todas as experiências, positivas ou negativas, sem preocupar com  as regras, as teorias, as crenças e tudo que nos limita.

Chega de ser robô!

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Quando se rompe vínculos é pq estes nunca existiram de verdade, portanto, nada mais natural destruir tudo aquilo que trás lembranças e que causará algum transtorno emocional.

Quando se entra em equilíbrio emocional, em paz de espírito, nada influencia ou incomoda as lembranças, pois elas devem existir exatamente pra te alertar que é impossivel voltar a percorrer caminhos que já se passaram, tendo em vista que o passado só serviu como exímio professor da história que não irá se repetir.

O presente, o AGORA, é a construção do amanhã pelo aprendizado adquirido ao longo dos tempos passados.

Depressão: apego ao passado

Ansiedade: projeção e preocupação com o futuro

Equilíbrio: viver no agora

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Nesta nova fase 49 | 50 ao meu lado só quem é de verdade, quem tem a vontade e o desejo de evoluir moral e espiritualmente!




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