NOVOS VELHOS PARADIGMAS

Quem nunca ouviu falar de uma época onde os mandos e desmandos eram “coordenados” por latifundiários (chamados de coronéis) em caráter local, regional ou federal, onde se aplicava o domínio econômico e social para a manipulação de ações políticas em causa própria ou de compadres?

O Coronelismo no Brasil é símbolo de autoritarismo e impunidade. Suas práticas remontam do caudilhismo e do caciquismo que provém dos tempos da colonização do Brasil. Ganhou força na época do primeiro reinado, chegando ao final do século XX tomando conta da cena política brasileira.

Em Araguari dá-se conta de Coronéis famosos que são homenageados com seus nomes batizando logradouros públicos. Esse modelo político tem tanta força que até nos dias de hoje, em pleno Século XXI, faz escola. Mesmo aqueles que comungam desses pensamentos e práticas não assumiram ou admitiram que ainda praticam e impõem suas vontades em detrimento de pareceres técnicos; o que se observa é o Coronelismo imperando no nosso cotidiano.

Apesar de termos três poderes - legislativo, executivo e judiciário - distintos e constituídos no nosso país, veladamente e sem muito marketing, se tem o quarto poder - o Coronelismo - que hoje é formado, não mais pelos latifundiários, mas sim por todos aqueles que representam a classe econômica mais abastada, não importando se são fazendeiros, comerciantes, industriários, prestadores de serviço, jornalistas (inclui também os pseudo-jornalistas), etc., mas são aqueles que acreditam que podem e devem manipular os poderes constituídos para legislarem em suas causas próprias, passando por cima das leis ou alterando leis, sem nenhum embasamento técnico, para apenas garantirem suas vontades e vaidades.

Em todas as cidades, esses grupos imperam na maior cara-de-pau e nem ficam vermelhos. Com autoritarismo, exigem e ameaçam para obterem proveito sobre ações que são implementadas pensando no coletivo.

Uma cidade não é propriedade de meia dúzia de inconseqüentes, mas sim de toda coletividade. Esses que se acham donos do poder vão passar e a cidade perpetuará por gerações e gerações tendo que carregar nas costas os efeitos negativos de ações incoerentes ou irresponsáveis. Na hora de dividir as despesas da cidade, reparte-se o bolo (impostos, taxas, etc.) entre todos, mas na hora de ter uma política igualitária, também, para todos, o “coronel” quer seus privilégios.
Já é hora de enterrar esses velhos paradigmas. Mas, para isso, a forma-pensamento deve morrer. Quem será homem o bastante para substituir esse espírito-coronel que tem dentro de si por um espírito mais simples e humilde?

O novo paradigma proposto é o planejamento urbano sustentável. Onde se pensa ou planeja a cidade como um todo, e não somente a parte do "coronel".

As cidades nos remetem a uma rede conturbada, contraditória e complementar do cotidiano. Reconhecendo esse cenário de tensões, encontros, desencontros e diversidades materializados no espaço urbano, o que foi proposto para as cidades até hoje, em muitos casos, foram planos urbanísticos impostos exclusivamente pela esfera governamental, sem fundamentação técnica e da realidade local, com intuito único de atender interesses pessoais dos “coronéis” ou exigências legais, utilizando uma concepção de modelos “perfeitos” de ordenação de cidade sem contradições e sem respeitar suas tendências naturais de organização e expansão.

O planejamento urbano sustentável pode ser entendido como sendo um processo de trabalho permanente, que tem por objetivo final a organização sistemática de meios a serem utilizados para atingir uma meta, que contribuirá para a melhoria de uma determinada situação, em benéfico de toda uma coletividade.

Não há ação ou ações sem um fim previsto e, dependendo da qualidade das mesmas, os resultados serão diferentes. Assim, pensar o espaço como exclusivamente resultado de um plano pode ser um equívoco. Um plano deve abrir um leque de opções e possibilidades para construir o espaço, todavia nem tudo que está determinado por ele vem ser refletido no espaço.

Portanto, é preciso definir clara e objetivamente o que se deseja alcançar, respeitando nuances naturais e dinâmicas que a própria cidade nos apresenta como forma de universalizar os espaços.

A cidade do presente tem suas peculiaridades inerentes a ações desenvolvidas no passado que foram permitidas de alguma forma. A falta de planejamento ou o planejamento equivocado gera os diversos problemas que enfrentamos hoje e que, por meio de ações, pretende-se mudar este cenário para construir uma cidade com equilíbrio e harmonia.

De alguma sorte, Araguari está no ponto certo para ser agraciada por legislações coerentes e que visem à qualidade de vida de sua população, bem como seu desenvolvimento sustentável e não apenas crescimento demográfico.

Por exemplo, para garantir um uso mais qualificado do solo, propõe que o mesmo seja tratado de forma compatível ao sistema viário e as suas tendências naturais - no caso do uso já consolidado.
É importante tratar o uso do solo desigual com desigualdade, para garantir a verdadeira lei da igualdade.

Planejar é preciso

Planejar é definir ações que minimizem impactos. Há várias conceituações para planejamento que vai desde o planejamento doméstico ao planejamento estratégico sustentável. Em todas as situações é necessário um processo gerencial de metas e objetivos. A meta está relacionada ao tempo e ao valor necessários para implementar as ações desejadas.

Para ir ao supermercado, antes você faz um planejamento da sua compra, ou seja, você tem um objetivo a alcançar (a lista de compras) e define a sua meta (o tempo e o valor que irá investir). Se seus objetivos (vontades, necessidades) ultrapassam suas metas (condições), com certeza haverá uma frustração, portanto, alguma coisa tem que ser revista, ou os objetivos ou as metas. Neste caso você está fazendo um planejamento doméstico, de acordo com seu orçamento familiar.

Saindo do setor particular e indo para o setor público a prática é um pouco diferente. Planejamento é um conceito ainda desconhecido por parte dos gestores. Ao fazer o orçamento anual de um município, ou seja, quanto o município terá para investir durante o ano, o gestor responsável por este planejamento o faz por projeção - cálculo antecipado de uma situação futura, com base em dados parciais [HOUAISS, 2009], sendo assim o valor do orçamento é apenas uma previsão e não quer dizer que o gestor terá toda aquela verba para administrar.

Sendo uma previsão não se pode gastar aquilo que não se tem em caixa. Se você é um trabalhador autônomo, sem salário fixo, você, de acordo com o trabalho já realizado, prevê que ganhará certo valor durante o mês. Você faz a projeção da sua renda, mas será que todos que te devem irá pagar na data prevista?

Se você vai ao supermercado com uma lista de compra que custará R$ 500,00 (quinhentos reais), mas só tem no bolso R$ 400,00 (quatrocentos reais) e ainda tem que pagar R$ 415,00 (quatrocentos e quinze reais) de salário para sua funcionária do lar, como levar para casa toda a lista de compras se você não tem cheque para pré-datar o restante da dívida, se você não tem cartão de crédito, se o supermercado não faz “notinha”? Será que sua esposa elegeu outro marido e você será substituído, pois, seu mandato de marido terminou e, sendo assim, você deixa a dívida para o próximo pagar pedindo para o dono do supermercado receber no dia seguinte?

Acontecendo desta forma, o marido eleito irá denegrir o marido antigo perante a opinião pública, pois ele descumpriu a lei de responsabilidade domiciliar. Desta forma o dono do supermercado terá que “amargar” certo tempo para receber os R$ 100,00 (cem reais) que o antigo marido ficou devendo, além disso, a funcionária do lar ficará sem receber seu digno salário sem previsão de acerto, pois o marido atual quer mais é empurrar com a barriga a dívida, ganhar prazo e sair da situação como o grande herói. Só que quando terminar o mandato deste marido, ele fará a mesma coisa, deixando o próximo marido em situação semelhante, enquanto curte férias.

Então, em qualquer nível de administração, seja ela pública ou privada, o planejamento é fundamental e a previsão deve ser substituída por projetos e dados reais para poder alcançar os objetivos dentro das metas definidas.

Mesmo que por uma obrigatoriedade de Lei você terá que prever o seu orçamento anual, os investimentos só podem ser feitos quando o dinheiro já estiver em caixa, isso se chama planejamento financeiro e dentro deste gerenciamento são definidas as metas para que seus objetivos não naufraguem.

Sem planejamento as vontades se tornam apenas desejos, as realizações em sonhos e a ação em frustração.

Obs.: Essa é uma obra de ficção, qualquer semelhança com fatos reais terá sido mera coincidência.

Publicado no Jornal Gazeta do Triângulo, N° 7694, Ano 73, de 13/01/09

Falta de dinheiro ou de vergonha?

O ex-prefeito Marcos Alvim fez o que com o dinheiro que era para pagar o salário de dezembro do funcionalismo público? Alguém tem a resposta?

É falta de dinheiro ou de vergonha na cara?

As empreiteiras dos seus "amigos" foram pagas?

Como fica o termo de ajuste de conduta estabelecido entre Prefeito e Ministério Público?

Será que o Prefeito e seus assessores diretos receberam o salário de dezembro no apagar das luzes em 31 de dezembro?

Somente em dezembro de 2008 de ICMs Araguari arrecadou R$ 2.202.327,57* (dois milhões, duzentos e dois mil, trezentos e vinte e sete reais e cinquenta e sete centavos) e durante o ano todo foram arrecadados, só de repasse de ICMs R$ 27.162.069,36*. Fora os royalties pagos pelas empresas CEMIG, Itaipu e Capim Branco Energia. Onde foi parar este dinheiro?

Quem carrega a prefeitura nas costas são os funcionários e são os únicos que não tem valor, são desrespeitados em todos os sentidos e na hora de receber seu salário, conquistado com dignidade, ficam "chupando o dedo" enquanto os ex-mandatários desfrutam das regalias obtidas ao longo do governo.

2010 está chegando e vem todos eles (políticos) pedir o voto do povo...

*Fonte: http://www.fjp.gov.br/produtos/cees/robin_hood/

Liberdade

A liberdade antes mesmo de ser um direito é um bem da sociedade. Ao longo de séculos vem sendo buscada a duras penas. O processo é lento e não pode sofrer interrupção. Em grande parte do mundo, onde as pessoas ainda estão sendo massacradas pela interferência de um Estado opressor, esta liberdade não chegou.

Mas será que em sociedades tidas como democráticas goza-se de plena liberdade? Você se considera uma pessoa livre?

Penso que ainda não, como por exemplo, no Brasil, mesmo após a libertação dos escravos; o término da ditadura; os direitos atribuídos a sociedade pela Constituição Federal, como por exemplo, a liberdade de imprensa, de expressão, a informação, de ir e vir, de escolha profissional, política, sexual e religiosa, de pensamento, entre outras, todas as formas de liberdade são veladas.

Quando a sociedade com a desculpa de “melhor distribuir a renda” permite as pessoas em condição de miséria ou pobreza receberem do governo apenas um cartão com a inscrição “Bolsa Família”, está condicionando estas pessoas a serem dependentes. Com a desculpa de “proteger as crianças e adolescentes” e os impede de aprender uma profissão digna e honesta em suas horas ociosas, mas as permite ficarem jogadas nas ruas, a sociedade está condicionando estas pessoas a serem escravas do tráfico, das drogas, da prostituição. Para permitir ao jovem o “exercício de sua cidadania”, lhe é facultado o direito ao voto, mas a sociedade não impõe responsabilidades a este mesmo jovem quando ele comete um crime, assim, está condicionando estas pessoas a não terem limites e viverem num Estado de impunidade.

Pela imposição a dependência financeira por meio das “Bolsas” sociais, o governo, com o aval da sociedade, cerceia do Homem a sua liberdade de evoluir, sobretudo, como ser humano autônomo. Quando tira do jovem o direito a sua formação pessoal por meio do aprendizado moral, profissional, educacional e cultural este governo cerceia dele a liberdade de se tornar uma pessoa dinâmica, ativa e capaz.

Quando o governo não gera oportunidades e a sociedade assiste passivamente avalizando estes atos, cerceia de si mesma a continuidade da sua cultura.

Por outro lado, quando se dá liberdade sem limites, sem responsabilidades é o que ocorre, como por exemplo, com o garoto de 12 anos, acompanhado de um jovem de 17 anos, que neste dia 03/01/09 foi pego pela 10ª vez em São Paulo após ter furtado um veículo. Os garotos foram levados ao Distrito Policial e entregues, mais uma vez, aos pais que os levaram para casa. Amanhã eles vão para as ruas e cometem outros delitos. O que esperar destes aprendizes de bandidos? Com a palavra aqueles que criaram o Estatuto da Criança e do Adolescente.

O mesmo ocorre em nome da “liberdade de imprensa” quando falsos jornalistas ou comunicadores, os chamados “jornalistas copiam e colam” - aqueles que não têm formação nenhuma, não vão em busca da informação verídica, mas aguarda pela internet a notícia chegar para disseminá-la por meio impresso ou pela própria internet -, querem blindagem para poderem publicar os mais diversos absurdos e continuarem isentos de seus atos irresponsáveis que maculam a classe dos jornalistas sérios e dignos.

A Liberdade é a condição dada ao individuo de exercer sua vontade sem julgo, sem amarras, sem coação física, moral ou intelectual, isento de restrições, exceto aquelas que infrinjam os direitos legais de outrem.

Use sua liberdade respeitando a liberdade da sociedade que você vive, mas assuma as responsabilidades inerentes aos excessos de seus atos, em nome daquilo que você afirma ser a sua LIBERDADE DE...

Video: Palácio dos Ferroviários - O Melhor de Minas

O Palácio dos Ferroviários foi vencedor do concurso cultural promovido pela Rede Integração/Uberlândia que realizou uma reportagem especial sobre esse nosso Patrimônio Cultural. Assista ao vídeo:

Fonte: Rede Integração/Uberlândia - CEDOC

Vídeo - 1° Prêmio "Preservação Cultural"

Solenidade de entrega do 1° Prêmio "Preservação Cultural" em 10/12/2008 - Araguari/MG. Matéria veiculada no MGTV 1ª Edição - Rede Integração Uberlândia - em 11/12/2008


Fonte: Rede Integração/Uberlândia - CEDOC

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