Liberdade

A liberdade antes mesmo de ser um direito é um bem da sociedade. Ao longo de séculos vem sendo buscada a duras penas. O processo é lento e não pode sofrer interrupção. Em grande parte do mundo, onde as pessoas ainda estão sendo massacradas pela interferência de um Estado opressor, esta liberdade não chegou.

Mas será que em sociedades tidas como democráticas goza-se de plena liberdade? Você se considera uma pessoa livre?

Penso que ainda não, como por exemplo, no Brasil, mesmo após a libertação dos escravos; o término da ditadura; os direitos atribuídos a sociedade pela Constituição Federal, como por exemplo, a liberdade de imprensa, de expressão, a informação, de ir e vir, de escolha profissional, política, sexual e religiosa, de pensamento, entre outras, todas as formas de liberdade são veladas.

Quando a sociedade com a desculpa de “melhor distribuir a renda” permite as pessoas em condição de miséria ou pobreza receberem do governo apenas um cartão com a inscrição “Bolsa Família”, está condicionando estas pessoas a serem dependentes. Com a desculpa de “proteger as crianças e adolescentes” e os impede de aprender uma profissão digna e honesta em suas horas ociosas, mas as permite ficarem jogadas nas ruas, a sociedade está condicionando estas pessoas a serem escravas do tráfico, das drogas, da prostituição. Para permitir ao jovem o “exercício de sua cidadania”, lhe é facultado o direito ao voto, mas a sociedade não impõe responsabilidades a este mesmo jovem quando ele comete um crime, assim, está condicionando estas pessoas a não terem limites e viverem num Estado de impunidade.

Pela imposição a dependência financeira por meio das “Bolsas” sociais, o governo, com o aval da sociedade, cerceia do Homem a sua liberdade de evoluir, sobretudo, como ser humano autônomo. Quando tira do jovem o direito a sua formação pessoal por meio do aprendizado moral, profissional, educacional e cultural este governo cerceia dele a liberdade de se tornar uma pessoa dinâmica, ativa e capaz.

Quando o governo não gera oportunidades e a sociedade assiste passivamente avalizando estes atos, cerceia de si mesma a continuidade da sua cultura.

Por outro lado, quando se dá liberdade sem limites, sem responsabilidades é o que ocorre, como por exemplo, com o garoto de 12 anos, acompanhado de um jovem de 17 anos, que neste dia 03/01/09 foi pego pela 10ª vez em São Paulo após ter furtado um veículo. Os garotos foram levados ao Distrito Policial e entregues, mais uma vez, aos pais que os levaram para casa. Amanhã eles vão para as ruas e cometem outros delitos. O que esperar destes aprendizes de bandidos? Com a palavra aqueles que criaram o Estatuto da Criança e do Adolescente.

O mesmo ocorre em nome da “liberdade de imprensa” quando falsos jornalistas ou comunicadores, os chamados “jornalistas copiam e colam” - aqueles que não têm formação nenhuma, não vão em busca da informação verídica, mas aguarda pela internet a notícia chegar para disseminá-la por meio impresso ou pela própria internet -, querem blindagem para poderem publicar os mais diversos absurdos e continuarem isentos de seus atos irresponsáveis que maculam a classe dos jornalistas sérios e dignos.

A Liberdade é a condição dada ao individuo de exercer sua vontade sem julgo, sem amarras, sem coação física, moral ou intelectual, isento de restrições, exceto aquelas que infrinjam os direitos legais de outrem.

Use sua liberdade respeitando a liberdade da sociedade que você vive, mas assuma as responsabilidades inerentes aos excessos de seus atos, em nome daquilo que você afirma ser a sua LIBERDADE DE...

2 comentários:

  1. Caro Alessandre.
    Lendo a matéria em pauta, dá-se para fazer uma análise profunda a respeito do assuno.
    Para um bom entendedor, um pingo é letra.
    Deu-se para perceber perfeitamente o recado dado.
    Parabéns.
    A independência e autonomia, fazem com que o jornalista deixe de lado a imprensa marrom.
    Abraços,
    Peron Erbetta.

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  2. Já fiz curso rápido de jornalismo e do que eu mais me lembro é da recomendação para que o jornalistas evitem comentar a notícia, devendo limitar-se a relatá-la com fidedignidade aos fatos ao redigir o texto. Os leitores saberão tirar suas próprias conclusões ou devem deixar para os responsáveis pelo jornal ou redatores fazerem alguma interpretação dos fatos. Ao fazerem comentários os jornalistas geralmente quando não tem domínio, tempo para analisar os fatos ou experiência com o assunto acabam emitindo opiniões precipitadas ou descabidas, quando não tendenciosas. Assim, acabam formando opinião induzindo a população a equívoco de interpretação. Dessa forma, quando arriscam sua liberdade de imprensa acabam prejudicando os envolvidos na matéria e às vezes até mesmo os financiadores do jornal.

    Abraço. Natal

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