Dispois disso,
Uai cumpade, asdispois qui a tar de panela storô, incontrei vancê andano feito boisemrumo, tarqui nem assombração vagano, vagano pelastapera e preguntano: Doncontô, proncovô?
Eradedádó. Foentão qui chamei Nha Tonha prabenzêocê. Cruzcredi, cêtavaruinho de cabeça. Deu um trabaião danado. Mas curô.
Vortano pracasa vancê juntou ummoioderepoio, pego o facão, botou o moioderepoionojueioprapicá. Pegou a cebola do girar, descascou uma e ponhô dentiaio. Asdispois garrô um frangãodopéamarelo torceu o pescoço do bicho, depenou o cuitado, abriu, tirou as pascoelas, limpô e sargô. Antocêpegô farinha de macaxeira, torrô na frigidera com miúdo do frangãodopéamarelo e fez a farofa. Socô a farofa nobucho dobicho e botou o baita no forno de lenha praassá.
Pegôacadifosfo pra acendê o forno, soprou os graveto e a labareda acendeu de pressinha.
Uma hora dispois ocê foi pedi um prato de comida na casa de Nhá Tonha porque o frangãodopéamarelo virou carvão preto. Só ansim vancê consegui armoçar.
Ce ta veno, homi, não precisa de receita de midipipoca nem um kidecarne pra fazê uma comida, basta morá perto da casa da Nhá Tonha.
Notro dia...
O mineirin cordô cêdo, ispriguíçô, lavô as mão na gamela, limpô uzói, sinxugô, tomô café, pegô a inxada, sivirô pra muié, I falô:
- Muiééé, tô inoprotrabaio.
Quano q’êle saiu da casa, ao invêiz dií prá roça, ele subiu num pé di manga I ficô iscundidim.
De repente, pareceu um negão e foi inté upé di manga I nem si percebeu q’o mineirin tava lá inrriba.
Pegô u’a manga…chupô, pegôta, I mais ôta…, I a muié du mineirin chegô na janela e gritô:
- Póvim, ele já foi!
I o negão largô as manga I sinfurnô dendacasa du mineirin.
O mineirin, danado de réiva, desceu da árvre, pegô um facão e intrô na casa xeidi razão.
Quandele abriu a porta ele viu o negão chupano as teta da muié, intonsi levantô u facão e falô:
- Vai morrêêêêê negão!!!
E num é cunegão puxô um treis oitão da cintura, I pontô pro mineirin falano:
- Por que eu vou morrer?
E o mineirin:
- Uai…. cê chupô trêis manga e agora tá mamando leite.
(Sinhô du Bão Jisuis…)
Assim tu vai morrê, manga cum leite faiz mar, uai!!!
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