Houve uma época
na história que existiu o Coronelismo na estrutura de poder das cidades. A
figura do coronel cultural (não tem nada a haver com o posto nas instituições
militares atuais) detinha características do mandonismo, ou seja, um indivíduo
de “posse” do controle de recurso estratégico, como a propriedade da terra,
adquire tal domínio sobre a população do território sob seu domínio que a
impede de exercer livremente a política e o comércio. Historicamente isso
acontece desde a colonização, marca da política “tradicional”, da família “tradicional”
onde os asseclas se tornavam dependentes destes coronéis, como marionetes.
Estas figuras agiam em apenas duas dimensões: eu quero ↔ eu mando. Assim
controlavam a igreja, a imprensa, a política, o comércio, as ações
administrativas das “cidades” ou “vilas” ou “arraiais” e o comportamento das
pessoas.
Em pleno século
21, o cenário ganhou contornos com conceitos diferentes, mas a essência
continua a mesma: aqueles que detém o poder econômico ainda querem exercem suas
influências na política, nas ações administrativas, na lavagem cerebral dos
leigos com as mentiras ou os vitimismos, nas “carteiradas” e sobretudo, no
poder da mídia corrupta.
Esse cenário
passará a mudar a partir do momento da conquista consciente de cidadania, livre
de crenças limitantes, do medo e, sobretudo, do desenvolvimento da crítica que é o ato ou atividade de
habitualmente examinar, conhecer e avaliar minuciosamente os fatos antes de
emitir qualquer opinião a respeito.
Ainda hoje, a
sociedade continua com um comportamento subserviente aos “coronéis” da
atualidade. São servis ao ponto de passar por cima de regras, normas, leis e
sobretudo, da moral, neste caso, menos importante, pois não existe moral e nem
caráter nestes seres que vivem no comodismo e na sombra das benesses daqueles
que pagam pela sua “lealdade”.
Infelizmente,
para esses seres que vivem na sombra, nas trevas das migalhas que sobram dos “coronéis”
a vida se resume apenas a ser a marionete, amarrada ao fio da incompetência,
movimentando-se e agindo de acordo com os comandos do manipulador.
Autor: Alessandre Campos.
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