A SINDROME DO PODER

Será uma doença ou um simples desvio de comportamento?
Nossa cultura é marcada pela forte influência coronelista. Foram muitos anos sob as ordens destas figuras: os coronéis, que perderam espaço, no decorrer do tempo, para a democratização no país. A figura explícita não existe mais, mas por outro lado está na forma de pensar, agir e sentir de muitos que ocupam cargos, sejam públicos ou privados.
Quantas vezes você ouviu a frase: “... você sabe com quem está falando?” Outra frase muito pronunciada é: “...faça assim porque eu quero que seja assim!” São frases que sempre expõe a primeira pessoa do singular no ápice do autoritarismo para que alguma vantagem seja conquistada ou que a “autoridade” prevaleça. A Síndrome do Poder faz com que as pessoas venham a imaginar que detém um poder maior do que as outras. Muitas vezes, este poder ilusório é herdado por tradição ou pela força bruta.


Estas pessoas são inseguras e com incapacidade de serem transparentes com os seus semelhantes e com o meio em que vive, possuindo uma visão unilateral dos processos de interação. A síndrome do poder ou da cadeira é uma atitude de autoritarismo por parte de um individuo que, ao receber um poder, usa de forma absoluta e imperativa sem se preocupar com os problemas periféricos que possa vir a ocasionar. Este comportamento, surge quando aqueles que não se contentam com sua pequena parcela de poder exorbitam sua autoridade. As principais características comportamentais latentes ou aparentes de uma pessoa que sofre da SÍNDROME DO PODER são as seguintes:

1 – não aceita ser contestada;
2 – persegue aqueles que discordam dela;
3 – age com falsidade;
4 – humilha subordinados na frente de outras pessoas;
5 – manipula para conseguir seus intentos;
6 – gaba de sua posição deixando claro quem manda;
7 – não sabe liderar;
8 – considera inimigo todos aqueles que pensam diferente dela;
9 – possui falta de personalidade;
10 – é dissimulada.
As pessoas que sofrem da Síndrome do Poder são aquelas que "vêm de baixo" e que se consideram vítimas das oportunidades profissionais e sociais. Estas pessoas, na maioria das vezes, são bajuladoras daqueles que lhes interessam, porém, no primeiro momento, puxam-lhes o tapete. São aqueles que nunca estiveram em posição de comando e quando consegue, perdem a noção da diferença entre coordenar e mandar. São pessoas que sofreram alguma discriminação na vida ou não tiveram sucesso em seus empreendimentos pessoais ou profissionais e, agora que podem, querem “tirar o atraso”, porém, da maneira errada, ou seja, como sempre desejaram tanto galgar uma posição de destaque ou até mesmo invejável, agem como se pudessem tudo, não importando os outros, passando por cima de qualquer um.
Se nas relações profissionais privadas isso se torna algo que pode levar até a falência da empresa, imagina essas pessoas agindo no serviço público. A conduta ética no serviço público é o reflexo das atitudes do próprio servidor na sua vida particular. Se ele aprendeu a tirar vantagem sobre tudo para alcançar seus objetivos pessoais, irá fazê-lo, também, enquanto servidor público. Aquilo que é certo para um, pode ser errado para outro. Aquilo que é legal para um, pode ser ilegal para o outro. Então, a conduta ética de qualquer pessoa, principalmente do servidor público deve-se primar sempre pelo bem coletivo, pelo respeito ao seu semelhante e observância das leis.
A falta de credibilidade, principalmente dos gestores políticos, faz com que recaia sobre os ombros dos servidores públicos essa carga ruim de que todos são ladrões ou que não trabalham. Os servidores públicos corretos e que exercem suas atividades com responsabilidade são massacrados, recriminados ou perseguidos por não entrarem nos "esquemas". Nesse caso, sofrem algum tipo de assédio, ou seja, são forçados a irem contra seus valores para que sejam aceitos, principalmente pelos seus superiores hierárquicos - aqueles que sofrem da Síndrome do Poder, - porém, se mantém firmes atuando de acordo com os princípios constitucionais da administração pública. Por outro lado, alguns servidores que são manipuláveis bajulam aquele que detém o poder pela manutenção do seu emprego e engrossam a massa de servidores sem comprometimento com o bem coletivo em nosso país.
A Síndrome do Poder passa a ser uma patologia quando o comportamento se torna crônico, ou seja, mesmo longe do poder a pessoa quer exercer o poder que pensa que possui. Quando a realidade lhe é mostrada, mergulham em um estado depressivo obsessivo. Ela exerce um efeito colateral de tamanha magnitude em quem se dispõe a sofrê-la, causando na maioria dos casos: cegueira (não visual), ambição, surdez (não auditiva) e, principalmente, amnésia. Há relatos também de “sintomas” de cinismo e desonestidade.
Esta síndrome faz o doente ficar no mundo da lua, achando que será eterno no cargo e que nunca deixará de ocupá-lo. A pessoa se torna incapaz de admitir um erro, procurar ajuda ou se colocar numa posição de humildade para dialogar com urbanidade, coerência e sem querer impor a sua falsa autoridade para conseguir o que se pretende.
Você, portanto, que se encontra neste estado, não esqueça: “o poder é efêmero”. Se quiser ter sucesso, não será sozinho que o conquistará, pois ninguém faz sucesso se não pelo apoio de todos da equipe. Humildade é um bom começo. Se você é dono de uma empresa, não esqueça que poderá ser demitido por sócios, executivos ou credores, pois ninguém se sustenta eternamente no poder sem exercê-lo de maneira ética e legal. Se exercer um cargo público de confiança pelo voto ou por indicação, lembre-se: um dia a confiança termina, os interesses mudam e o poder acaba.
“Se você quiser saber o que um homem é, coloque-o numa posição de poder.”
Provérbio Iugoslavo
O texto abaixo, psicografado por Chico Xavier, exemplifica o assunto abordado.

O Poder da Gentileza
Eminente professor negro, interessado em fundar uma escola num bairro singelo, onde centenas de crianças desamparadas cresciam sem o benefício das letras, foi recebido pelo prefeito da cidade que lhe disse imperativamente, depois de ouvir-lhe o plano:
- A lei e a bondade nem sempre podem estar juntas. Organize uma casa e autorizaremos a providência.
- Mas, doutor, não dispomos de recursos... - considerou o benfeitor dos meninos desprotegidos.
- Que fazer?
- De qualquer modo, cabe-nos amparar os pequenos analfabetos.
O prefeito reparou-lhe demoradamente a figura humilde, fez um riso escaninho e acrescentou:
- O senhor não pode intervir na administração.
O professor, muito triste, retirou-se e passou a tarde e a noite daquele sábado, pensando, pensando...
Domingo, muito cedo, saiu a passear, sob as grandes árvores, na direção de antigo mercado.
Lá comentando, na oração silenciosa:
- Meu Deus, como agir? Não receberemos um pouso para as criancinhas, Senhor?
Absorvido na meditação, atingiu o mercado e entrou.
O movimento era enorme.
Muitas compras. Muita gente.
Certa senhora, de apresentação distinta, aproximou-se dele e tomando-o por servidor vulgar, de mãos desocupadas e cabeça vazia, exclamou:
- Meu velho, venha cá.
O professor acompanhou-a, sem vacilar.
À frente dum saco enorme, em que se amontoavam mais de trinta quilos de verdura, a matrona recomendou:
- Traga-me esta encomenda.
Colocou ele o fardo às costas e seguiu-a.
Caminharam seguramente uns quinhentos metros e penetraram elegante vivenda, onde a senhora voltou a solicitar:
- Tenho visitas hoje. Poderá ajudar-me no serviço geral?
- Perfeitamente - respondeu o interpelado -, dê suas ordens.
Ela indicou pequeno pátio e determinou-lhe a preparação de meio metro de lenha para o fogão.
Empunhando o machado, o educador, com esforço, rachou algumas toras. Findo o serviço, foi chamado para retificar a chaminé. Consertou-a com sacrifício da própria roupa. Sujo de pó escuro, da cabeça aos pés, recebeu ordem de buscar um peru assado, a distância de dois quilômetros. Pôs-se a caminho, trazendo o grande prato em pouco tempo. Logo após, atirou-se à limpeza de extenso recinto em que se efetuaria lauto almoço.
Nas primeiras horas da tarde, sete pessoas davam entrada no fidalgo domicílio. Entre elas, relacionava-se o prefeito que anotou a presença do visitante da véspera, apresentado ao seu gabinete por autoridades respeitáveis. Reservadamente, indagou da irmã, que era a dona da casa, quanto ao novo conhecimento, conversando ambos em surdina.
Ao fim do dia, a matrona distinta e autoritária, com visível desapontamento, veio ao servo improvisado e pediu o preço dos trabalhos.
- Não pense nisto - respondeu com sinceridade -,tive muito prazer em ser-lhe útil.
No dia imediato, contudo, a dama da véspera procurou-o, na casa modesta em que se hospedava e, depois de rogar-lhe desculpas, anunciou-lhe a concessão de amplo edifício, destinado à escola que pretendia estabelecer. As crianças usariam o patrimônio à vontade e o prefeito autorizaria a providência com satisfação.
Deixando transparecer nos olhos úmidos a alegria e o reconhecimento que lhe reinavam n'alma, o professor agradeceu e beijou-lhe as mãos, respeitoso.
A bondade dele vencera os impedimentos legais.
O exemplo é mais vigoroso que a argumentação.
A gentileza está revestida, em toda parte, de glorioso poder.
Xavier, Francisco Cândido. Da obra: Alvorada Cristã. Ditado pelo Espírito Neio Lúcio. 11a edição. Rio de Janeiro, RJ: FEB, 1996.

PERSONALIDADE POLÍTICA

"Personalidade é uma organização interna e dinâmica dos sistemas psicofísicos¹ que criam os padrões de comportar-se, de pensar e de sentir característicos de uma pessoa". [CARVER, Charles S. & SCHEIER, Michael F., 2000].

Política "consiste nos meios adequados à obtenção de qualquer vantagem", segundo Hobbes ou "o conjunto dos meios que permitem alcançar os efeitos desejados", para Russel ou "a arte de conquistar, manter e exercer o poder, o governo", conforme Nicolau Maquiavel, ou ainda, numa conceituação moderna, “é a ciência moral normativa do governo da sociedade civil”, segundo Alceu Amoroso Lima, 1956. [Wikipédia, 2009].

Personalidade são os traços de conduta de uma pessoa e o que a distingue de outra, bem como, personalidade tem origem na palavra persona do latim que significa máscara, personagem. Política é a atitude de um governo em relação a certos assuntos e problemas de interesse público.

Partindo deste pressuposto, entende-se que alguém com personalidade política adota atitudes em relação a assuntos e problemas públicos conforme suas qualidades morais, éticas e o que lhe influencia ideologicamente. O político se veste de um personagem de maneira que lhe permita alcançar e exercer o poder, porém a sua manutenção no poder depende de fatores que serão avaliados pela sociedade conforme sua conduta.

"Vemos que toda cidade é uma espécie de comunidade, e toda comunidade se forma com vistas a algum bem, pois todas as ações de todos os homens são praticadas com vistas ao que lhes parece um bem; se todas as comunidades visam a algum bem, é evidente que a mais importante de todas elas e que inclui todas as outras tem mais que todas este objetivo e visa ao mais importante de todos os bens; ela se chama cidade e é a comunidade política" [Aristóteles; Política; livro:1252a].

Sendo a cidade o maior bem construído pela comunidade e que todas as ações praticadas pelos Homens desta comunidade devem visar sempre o bem da cidade, não importando quaisquer outros interesses ou objetivos, é necessário estudar e entender o que levam os componentes desta comunidade política a se recusarem a participarem de atos importantes para o desenvolvimento desta cidade.

O ato de abster-se de um processo denota um comportamento vil de pessoas que não têm coragem de expor seus pensamentos e faz parte dos padrões intrínsecos dos valores morais e éticos de pessoas comprometidas, não com a cidade, mas com aqueles que lhes influenciam externamente por supostas dívidas políticas. Este tipo de comportamento faz entender como a vaidade tola assola o meio político e corrompe a dignidade daqueles que depositaram sua confiança nos seus escolhidos.

A abstenção apesar de ser um instrumento legal, juridicamente falando, é um ato passivo de negar suas próprias convicções políticas. A falta de indicativos que justifique a opção pelo contrário e o excesso de vaidade que lhe impede de optar pelo favorável, conduz o abstencionista ao caminho da neutralidade, que significa para a cidade “ficar em cima do muro”.

Qualquer ato na vida deve ser tomado com atitude, sem manipulação ou subterfúgios. É hora de se abster das picuinhas, falácias, vaidades e da perseguição política. É mister unir forças e agir com coerência para encontrar soluções em prol de todos nós: a cidade. Uma atitude pode ser de um indivíduo num dado tempo, porém os efeitos desta atitude serão sentidos por todos e por um tempo indeterminado.

Quando será que a política de Araguari se tornará adulta?

Que em 2010 todos possamos ter a Terra dos nossos Sonhos!!!

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¹Estudo das relações funcionais entre a mente e fatos externos (sociais) que influenciam as qualidades (morais) do homem.







Terra Dos Meus Sonhos
Silvio Brito
Composição: Silvio Brito

Você precisa conhecer a minha terra...
Lá não tem guerra, nem polícia, nem ladrão.
Não tem partidos de esquerda ou de direita,
Todo mundo se respeita, isso que é constituição...

E além de tudo, tem mulheres muito lindas
E guardam ainda no olhar a sedução.
Todos trabalham e se divertem sem censura e com fartura,
Pois é repartido o pão.

Não tem prefeito, nem banqueiro, nem juiz
E no entanto o povo é muito mais feliz.

Felicidade só se tem quando se doa,
Por isso na minha cidade a vida é boa...
E a vida é boa quando se planta a semente,
Nem só na terra mas no coração da gente.

Você precisa conhecer a minha terra...
No alto da serra onde a lua beija o chão.
Lá não tem muros, nem um tipo de barreiras,
Preconceitos nem fronteiras de país ou religião.

Num mundo cheio de ternura e alegria,
Onde o amor floresce mais à cada dia,
Crianças crescem livres, fortes e sadias,
Entre os amigos e sem correr nenhum perigo...

É um paraíso aqui na terra e eu suponho,
Que esteja dentro de cada um,
A terra dos meus sonhos...

Felicidade só se tem quando se doa,
Por isso na minha cidade a vida é boa...
E a vida é boa quando se planta a semente,
Nem só na terra mas no coração da gente.

É Natal!

É Natal!
Ho!Ho!Ho!
Papai Noel Chegou!

É Natal!
Momento sem igual...
Dia de alegria e Luz,
Nascimento de Jesus...

É Natal!
Cânticos de vida...
Ecoam pela infinita
Abóbada universal...

É Natal!
Seguindo a estrela...
Deposita sua oferenda
Para que a paz se ascenda...

É Natal!
Olhar de humildade...
Sentimento de caridade
Acolhe seu irmão...

É Natal!
Verdade, justiça e amor...
Reluz em toda direção
E atinja o seu coração!

É Natal!
Ho!Ho!Ho!

Papai Noel Chegou!



Autor: Alessandre Humberto de Campos

O genius loci no serviço público

É chegado o final de mais um ano! Oxalá todos possam ter sua consciência tranqüila diante dos atos praticados durante esse tempo. Para muitos é um momento de reflexão, para outros um momento de festa e alegria, para outros ainda um momento para repensar suas atitudes consigo mesmo e para com os outros.

Todos os dias deste ano nós assumimos o papel de sermos alguém na multidão. Dormimos. Acordamos. Fazemos nossa higiene. Alimentamo-nos e alimentamos alguém. Saímos de casa para trabalhar, estudar, rezar ou até mesmo passear. Por que fazemos tudo isso? De quem herdamos isso? A resposta é: tudo isso faz parte da nossa cultura.

Durante nossa caminhada do dia-a-dia, deparamo-nos com o nosso passado e muitas vezes nem o percebemos. A rotina do nosso dia-a-dia é um ensinamento que foi transmitido a nós pelos nossos antepassados. Você já parou para pensar que tudo que você é e será, produz e produzirá é fruto da experiência transmitida pela sociedade a você?

Tudo isso é fruto da experiência humana e, sendo a nossa cultura, nos fornece a direção do fazer, do pensar e do sentir.

O nosso comportamento diante dos fatos reflete aquilo que sentimos, pensamos e que podemos fazer tendo como parâmetros os valores éticos e morais a nós ensinados. Portanto, qual é o genius loci(¹) de uma pessoa nomeada a um cargo público?

Um cargo público pode ser exercido por pessoas nomeadas por direito (concursadas) ou por delegação de confiança (escolhidas temporariamente). Estas pessoas escolhidas para exercerem seus cargos temporariamente (cargos de confiança – na maioria são chefes, diretores, secretários e afins), não necessitam de comprovação de competência ou de antecedentes criminais, ou seja, sua conduta dentro da sociedade não é primordial para o exercício legal da função pública. Por outro lado, uma pessoa concursada para exercer, por direito, seu cargo público, necessita comprovar seus antecedentes criminais, declarar seus bens, passar por um estágio probatório de 3 anos, ou seja, tem que provar que é competente para aquele que é de “confiança”, além de ser vigiado e perseguido o tempo todo no seu local de trabalho, por pessoas de “confiança”. Se, então, o de “confiança” não for com a cara do concursado, a guerra está instaurada.

Quem não viu pela televisão manifestantes “favoráveis” ao Arruda (governador do DF) declararem que estavam ali por imposição dos seus chefes diretos (cargos de confiança)?

Este cenário, de dois pesos e duas medidas, foi criado e aprovado pela sociedade que ainda permite atônita, os governantes fazerem o que bem entendem sem a necessidade de serem transparentes em sua gestão. A transparência, além de ser uma previsão legal, é um instrumento ético e moral. O servidor público seja concursado ou de confiança é regido pelos princípios:

- da Legalidade (na Administração Pública, não há liberdade nem vontade pessoal. Enquanto na administração particular é lícito fazer tudo o que a lei não proíbe, na Administração Pública só é permitido fazer o que a lei autoriza. A lei para o particular significa 'pode fazer assim'; para o administrador público significa 'deve fazer assim’);

- da Impessoalidade (prevê que deve haver um tratamento sem desigualdades, sem favoritismos, nem perseguições. Os interesses pessoais não podem interferir na atuação administrativa. O tratamento por parte dos agentes públicos deve ser sem distinção);

- da Moralidade (tem-se que não é suficiente que o administrador cumpra estritamente a legalidade, mas que também, em seu exercício da função pública, respeite os princípios éticos de razoabilidade e justiça);

- da Publicidade (a ampla divulgação dos atos praticados pela Administração Pública, impõe a plena transparência na atividade administrativa, exatamente para que os administrados possam conferir se está bem ou mal conduzida. Na Administração Pública, só se admite o sigilo quando imprescindível à segurança da sociedade e do Estado);

- da Eficiência (constitui-se na imposição, à Administração Pública direta e indireta e aos seus agentes, à persecução do bem comum, por meio do exercício de suas competências de forma imparcial, neutra, transparente, participativa, eficaz, sem burocracia e sempre em busca da qualidade, primando pela adoção dos critérios legais e morais necessários para a melhor utilização possível dos recursos públicos, de maneira a evitar-se desperdícios e garantir uma maior rentabilidade social. O princípio da eficiência está relacionado com os princípios da moralidade e razoabilidade, entendendo que o administrador deve utilizar-se de critérios razoáveis na realização de suas atividades discricionárias e deve-se considerar como imoralidade administrativa ineficiência grosseira da ação da administração pública).

Todos os atos praticados pelo servidor público (concursado, de confiança ou escolhido pelo voto) que firam estes princípios e aos padrões morais e éticos, devem ser considerados atos de improbidade administrativa. Agir em benefício próprio, utilizando recursos públicos para atendimento de demandas pessoais, promover a imagem própria (vaidade política), lesar o erário, dentre outros, são exemplos de atos de improbidade administrativa. É improbidade administrativa, também, o abuso de poder, a pressão, a perseguição e o assédio (moral, sexual, político, administrativo, etc.).

Ser ético é agir de acordo com os valores morais de uma determinada sociedade, de acordo com sua cultura. A ética implica respeito ao cidadão, agir direito, proceder bem, sem infringir os ordenamentos jurídicos ou prejudicar os outros.

Se a cultura de uma sociedade é ser corrupta, a conduta ética e moral do servidor público será compatível. Se a cultura de uma sociedade é pelo bem comum, pela verdade e justiça, a conduta ética e moral do servidor público será baseada nestes princípios. Somente pela participação efetiva da sociedade por meio de instrumentos de gestão pública participativa é que poderemos ter a transparência dos atos administrativos públicos e governos mais éticos e morais, onde o resultado dos seus atos públicos será o bem comum e não os interesses pessoais ou políticos.


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(¹) A expressão genius loci, neste contexto, diz respeito ao conjunto de características sócio-culturais, de linguagem e de hábitos que caracterizam o comportamento de um ser humano e sua conduta na sociedade.


ESCLARECIMENTO PÚBLICO

Conforme publicado no Jornal Correio de Araguari, edição de 01/12/2009 - Coluna EM FOCO, que eu renunciei ao cargo de Presidente do Conselho Deliberativo Municipal de Patrimônio Histórico e Cultural de Araguari, informo-lhes que o motivo é devido a minha APROVAÇÃO no curso de Mestrado da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de Brasília - FAU/UnB, curso este que será totalmente compatibilizado com meus horários de trabalho como funcionário público municipal concursado e que virá agregar conhecimento para o exercício das minhas atividades profissionais em prol da cidade de Araguari, porém, não poderia estar me dedicando da forma que eu sempre me dediquei pela preservação cultural de nosso município.

Todo cargo, seja de direito (concursado) ou de confiança (por voto ou nomeação) deve ser exercido em sua plenitude e com conhecimento de causa, algo que muitos não tem. O meu afastamento do cargo de Presidente do Conselho é exatamente para que eu possa adquirir conhecimentos por meio do curso de Mestrado e poder contribuir ainda mais com o desenvolvimento sustentável de nossa cidade.

Não exerço meu cargo de direito (arquiteto e urbanista concursado) e não exerci meu cargo de confiança não remunerado (Presidente do Conselho eleito pelo voto dos conselheiros e escolhido pelo então Prefeito Marcos Alvim em 2008) por vaidade ou para dizer apenas que "sou o Presidente", mas para contribuir com a minha cidade, apesar de todas as limitações ou dificuldades inerentes a gestão pública.

Saio com o sentimento do dever cumprido estando sempre alerta as ações contrárias a nossa cultura denunciando-as, sempre que necessário, ao Ministério Público, doa a quem doer.

Desejo que o próximo Presidente do Conselho tenha a consciência plena de que os interesses coletivos devem estar sempre a frente dos interesses pessoais, partidários e políticos e, que, os cargos são temporários, mas o patrimônio de nossa cidade é permanente.

A próxima VÍTIMA

Quem não se lembra do Relicário? O bar funcionava na casa do Sr José Jeovah Santos - filho do Cel. Marciano Santos e da Dona Carolina Almeida dos Santos. Jeovah Santos, como era mais conhecido, foi prefeito de Araguari em dois mandatos, o primeiro de 1936 a 1945 e o segundo de 1959 a 1962.

Nesta edificação, além de seus traços arquitetônicos de beleza ímpar, muitos outros traços políticos foram delineados em prol da cidade enquanto Jeovah Santos fora prefeito. Mas tudo isso virou pó.
Fotos: Panoramio by efgoyaz

De propriedade da igreja católica, o externato Santa Terezinha fora dirigido por muitos anos pela senhora Maria Abud. No corpo docente passaram por lá: “dona” Dorinha de Jesus, a “dona” Neuza Cascão, a “dona” Anita Nader, a “dona” Ilça Nader, e tantas outras. No corpo discente: Dr. Carlos Vanez Bedrossian (médico residente nos EUA), Mário Nasciutti (falecido) e tantos outros.
Fotos: Blog Ponto de Vista.

Provavelmente alguém da sua família, também passou por lá. Este prédio que fora o berço educacional de Araguari virou pó e se tornou um ponto negro no centro da cidade para o estacionamento de carros. Afinal, carro – além de inchar as vias públicas, poluir o meio ambiente, causar acidentes pelas mãos dos "loucos" sem educação que não passaram pela escola e muito menos pela auto-escola – é cultura!

Nesta outra edificação muita “impressão” boa de Araguari foi produzida. O desenvolvimento de Araguari passou por ali e continua passando. Quantas empresas não imprimiram suas notas fiscais com o Bonolo. Quantos convites de casamento, de festas e de formaturas não passaram pelas máquinas da Tipografia? Quantas folhas de jornais não foram impressas com as notícias da nossa cidade? Mas tudo isso pode virar pó.



Este prédio será a próxima vítima do “desenvolvimento” a qualquer custo. O imóvel está sendo leiloado e com certeza, por razões óbvias algum grande empresário de Araguari deverá comprá-lo. Para quê? Para demolir por simples “pirraça” contra o legado histórico de Araguari ou para torná-lo um marco de desenvolvimento sustentável? Se o empresário que adquirir este prédio for inteligente, fará um projeto modelo em prol da preservação histórica e cultural de Araguari.

Foto histórica: Prédio funcionou a Casa Serrador e, esta ocasião retratada acima foi a inauguração da bomba de gasolina bem na esquina da Rua Marciano Santos com a Av. Tiradentes.
Fonte: Arquivo Publico e Museu Dr. Calil Porto.


Muitos vão considerar esta matéria como saudosista ou que se propõe o congelamento da cidade pela manutenção de prédios "velhos" na cidade, ou seja, somente na mente dos idiotas que não têm o mínimo de respeito pela sua própria história, a história da cidade é algo descartável. Mas, eu pergunto: qual será a história que vamos mostrar e contar para a geração de 2020, 2030, 2040, 2050...? As futuras gerações irão cobrar e buscar conhecer a história da sua cidade e o que será apresentado? Apenas a destruição como produção cultural.

Araguari, pela falta de conhecimento e prostração da sua população irá deixar sua história, seu legado, sua memória ser abatida pelos abutres, verdadeiros inimigos da cidade que se julgam empreendedores, mas buscam apenas manchar aquilo que temos de mais valioso: nossa cultura.

Mas, o que é cultura mesmo?


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Fonte: PERON ERBETTA, Antonio Fernando. BLOG PONTO DE VISTA. Disponível em http://peron-erbetta.blogspot.com/. 2009.
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VIVA A FELICIDADE

Hoje é um dia muito especial pra mim e quero compartilhar minha felicidade com meus amigos leitores do blog.

Participei do processo seletivo do Programa de Pós-Graduação da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de Brasilia e fui APROVADO no curso de Mestrado.

As vezes, isso para alguns pode não significar nada, mas para mim é uma grande vitória, pois essa conquista significa superação - transformar todas as dificuldades encontradas no caminho em uma oportunidade única para meu aperfeiçoamento profissional e, sobretudo, pessoal.

Agradeço a Deus por esse momento de felicidade em minha vida e da minha família.

Obrigado a todos vocês pelas mais de 10.500 visitas a este blog.

Valeu pessoal! Viva a felicidade...


Pensamento do dia:

"Posso ter defeitos, viver ansioso e ficar irritado algumas vezes, mas não esqueço de que minha vida é a maior empresa do mundo. E que posso evitar que ela vá à falência.
Ser feliz é reconhecer que vale a pena viver, apesar de todos os desafios, incompreensões e períodos de crise.
Ser feliz é deixar de ser vítima dos problemas e se tornar um autor da própria história.
É atravessar desertos fora de si, mas ser capaz de encontrar um oásis no recôndito da sua alma.
É agradecer a Deus a cada manhã pelo milagre da vida.
Ser feliz é não ter medo dos próprios sentimentos.
É saber falar de si mesmo.
É ter coragem para ouvir um não.
É ter segurança para receber uma crítica, mesmo que injusta."
Augusto Cury

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