DEGRADAÇÃO URBANA

Um grande local na cidade é um dos principais pontos de degradação urbana de Araguari/MG, especificamente no Bairro dos Parques e Sibipiruna próximo do córrego Brejo Alegre.

Buraco do Jorge

A voçoroca (foto a esquerda) se formou por causa da retirada de material sólido, cascalho e saibro, para fins comerciais pelo proprietário da área em uma época que a preservação e a fiscalização ambiental não eram tão praticadas em nosso Município. Hoje essa prática já foi desativada, porém, a Prefeitura Municipal no governo passado definiu o local como sendo bota-fora formalizando-o para a disposição final dos Resíduos de Construção e Demolição.

O objetivo de utilizar o local como bota-fora ou central de entulho foi com a intenção de corrigir a topografia, preenchendo a voçoroca com material inerte. Como diz o ditado: “de boas intenções o inferno está cheio”.

Na época, os responsáveis por essa formalização, pelo meu entendimento, não realizaram estudos técnicos apropriados ou não observaram que a área possui várias nascentes que abastecem o Córrego Brejo Alegre. Com isso, devido à colocação de material inerte e orgânico naquele local é constante a poluição das águas subterrâneas e várias nascentes estão desaparecendo. Será que obtiveram licença ambiental para tal finalidade?

Além de resíduos da construção civil é também depositado no local material orgânico, (foto a esquerda) como podas de jardins, folhas - produto da varrição de ruas e podas de árvores, bem como, restos de papel, papelão e de móveis descartados alem de animais mortos e, pela decomposição desse material, está aflorando gases em vários pontos do terreno. Araguari possui uma bomba a céu aberto!

O material é espalhado por tratores (foto a direita) sem nenhum tipo de seleção, formando assim, bolsões de ar devido a acomodação natural de materiais de diferentes tamanhos e tipos sem compactação. Hoje está sendo formada uma montanha de entulhos que devido à forma de armazenagem desse material e por um eventual acúmulo de água devido a chuvas constantes, toda essa montanha pode vir a deslizar e soterrar a Rua Julio César de Souza (foto a esquerda), algo que poderá ser evitado.

Para a solução deste problema a área deverá ser reabilitada pela utilização de revegetação com espécies típicas do cerrado e mata galeria não inundável, após a paralisação da depositação deste material naquele local.

O material orgânico depositado no local poderá passar por um processo de compostagem (foto a esquerda) e ser utilizado nos jardins das praças e canteiros centrais de avenidas como adubo.

O material proveniente da construção civil por meio das demolições poderá ser muito bem reutilizado, após passar por uma triagem no mesmo local da demolição e vendido a casas que comercializam materiais de construção reciclados.

Aquele material não reaproveitável, o entulho, deverá ser direcionado a uma usina de beneficiamento de resíduos da construção e demolição, (foto abaixo) que poderá ser instalada no próprio local para, após a moagem, produzir aglomerados que serão utilizados na construção de casas populares, diminuindo custos e contribuindo com a sustentabilidade. A instalação da usina aumentará a oferta de emprego aos catadores que trabalham no local no meio da poeira (período seco) e do barro (período chuvoso) dando-lhes melhores condições de ganhar o seu sustento com dignidade.

Com essas ações, além de minimizar a degradação ambiental urbana, gera renda e minimiza os impactos sociais gerados por falta de oportunidades no mercado de trabalho.

ARQUITETURANDO...

Quem nunca ouviu falar de uma época onde os mandos e desmandos eram “coordenados” por latifundiários (chamados de coronéis) em caráter local, regional ou federal, onde se aplicava o domínio econômico e social para a manipulação de ações políticas em causa própria ou de compadres?

O Coronelismo no Brasil é símbolo de autoritarismo e impunidade. Suas práticas remontam do caudilhismo e do caciquismo que provém dos tempos da colonização do Brasil. Ganhou força na época do primeiro reinado, chegando ao final do século XX tomando conta da cena política brasileira.

Em Araguari dá-se conta de Coronéis famosos que são homenageados com seus nomes batizando logradouros públicos. Esse modelo político tem tanta força que até nos dias de hoje, em pleno Século XXI, faz escola. Mesmo aqueles que comungam desses pensamentos e práticas não assumiram ou admitiram que ainda praticam e impõem suas vontades em detrimento de pareceres técnicos; o que se observa é o Coronelismo imperando no nosso cotidiano.

Apesar de termos três poderes – executivo, legislativo e judiciário - distintos e constituídos no nosso país, veladamente e sem muito marketing, se tem o quarto poder - o Coronelismo - que hoje é formado, não mais pelos latifundiários, mas sim por todos aqueles que representam a classe econômica mais abastada, não importando se são fazendeiros, comerciantes, industriários, prestadores de serviço, etc., mas são aqueles que acreditam que podem e devem manipular os poderes constituídos para legislarem em suas causas próprias, passando por cima das leis ou alterando leis, sem nenhum embasamento técnico, para apenas garantirem suas vontades e vaidades.

Em todas as cidades, esses grupos imperam na maior cara-de-pau e nem ficam vermelhos. Com autoritarismo, exigem e ameaçam para obterem proveito sobre ações que são implementadas pensando no coletivo.

Uma cidade não é propriedade de meia dúzia de inconseqüentes, mas sim de toda coletividade. Esses que se acham donos do poder vão passar e a cidade perpetuará por gerações e gerações tendo que carregar nas costas os efeitos negativos de ações incoerentes ou irresponsáveis. Na hora de dividir as despesas da cidade, reparte-se o bolo (impostos, taxas, etc.) entre todos, mas na hora de ter uma política igualitária, também, para todos, o “coronel” quer seus privilégios.

Já é hora de enterrar esses velhos paradigmas. Mas, para isso, a forma-pensamento deve morrer. Quem será Homem o bastante para substituir esse espírito-coronel que tem dentro de si por um espírito mais simples e humilde que pensa no próximo?

O novo paradigma proposto é o planejamento urbano sustentável. Onde se pensa ou planeja a cidade como um todo, e não somente a parte do "coronel".

As cidades nos remetem a uma rede conturbada, contraditória e complementar do cotidiano. Reconhecendo esse cenário de tensões, encontros, desencontros e diversidades materializados no espaço urbano, o que foi proposto para as cidades até hoje, em muitos casos, foram planos urbanísticos impostos exclusivamente pela esfera governamental, sem fundamentação técnica e da realidade local, com intuito único de atender interesses pessoais dos “coronéis” ou exigências legais, utilizando uma concepção de modelos “perfeitos” de ordenação de cidade sem contradições e sem respeitar suas tendências naturais de organização e expansão.

O planejamento urbano sustentável pode ser entendido como sendo um processo de trabalho permanente, que tem por objetivo final a organização sistemática de meios a serem utilizados para atingir uma meta, que contribuirá para a melhoria de uma determinada situação, em beneficio de toda uma coletividade.

Não há ação ou ações sem um fim previsto e, dependendo da qualidade das mesmas, os resultados serão diferentes. Assim, pensar o espaço como exclusivamente resultado de um plano pode ser um equívoco. Um plano deve abrir um leque de opções e possibilidades para construir o espaço, todavia nem tudo que está determinado por ele vem ser refletido no espaço.

Portanto, é preciso definir clara e objetivamente o que se deseja alcançar, respeitando nuances naturais e dinâmicas que a própria cidade nos apresenta como forma de universalizar os espaços.

A cidade do presente tem suas peculiaridades inerentes a ações desenvolvidas no passado que foram permitidas de alguma forma. A falta de planejamento ou o planejamento equivocado gera os diversos problemas que enfrentamos hoje e que, por meio de ações, pretende-se mudar este cenário para construir uma cidade com equilíbrio e harmonia.

De alguma sorte, Araguari está no ponto certo para ser agraciada por legislações coerentes e que visem à qualidade de vida de sua população, bem como seu desenvolvimento sustentável e não apenas crescimento demográfico.

Por exemplo, para garantir um uso mais qualificado do solo, propõe que o mesmo seja tratado de forma compatível ao sistema viário e as suas tendências naturais - no caso do uso já consolidado.

É importante tratar o uso do solo desigual com desigualdade, para garantir a verdadeira lei da igualdade.

SISTEMA VIÁRIO DE ARAGUARI

Como nos últimos dias o assunto foi demasiadamente debatido e pelo que parece não chegam a uma solução, abasteço os debatedores com alguns dados para uma análise.

- Em 2005, na concepção do PAITT – Plano de Ação Imediata de Trânsito e Transporte, encomendado pela Prefeitura Municipal de Araguari a JetConsult, o qual fiz parte da equipe técnica como arquiteto e urbanista, foi diagnosticado e proposto que:

- Na Rua Joaquim Barbosa o fluxo de veículos sentido BR050->Centro é maior 8,66% do que o fluxo do sentido contrário, ou seja, o número de veículos que ENTRA pelo trevo da Curinga é maior do que o número de veículos que SAI. Portanto, na época, foi proposta que a mão de direção da via deveria ser ÚNICA sentido BR050-> Centro.

- Na Rua Vereador Geraldo Teodoro o fluxo de veículos sentido Centro->BR050 é maior 16,38% do que o fluxo do sentido contrário, ou seja, o número de veículos que SAI da cidade é maior do que o número de veículos que ENTRA. Portanto, na época, foi proposta que a mão de direção da via deveria ser ÚNICA sentido Centro->BR050 desde a Av. Santos Dumont.

- A contagem foi realizada no dia 09 de agosto de 2005, terça-feira, com predominância de tempo bom, sem chuva, entre 06h e 20h.

- Vários fatores devem ser considerados numa mudança viária, um destes fatores é a hierarquização viária, ou seja, definir quais as vias possui maior ou menor capacidade de volume de tráfego de acordo com seu perfil volumétrico.

- É necessário estabelecer um comparativo com os dados apurados em 2009 para vislumbrar o cenário entre 2005 e 2009 como forma de verificar se houve mudança no sentido do fluxo de veículos durante estes quase 4 anos para justificar as mudanças que serão adotadas para estas vias, conforme já noticiado na imprensa, contrário ao que foi estabelecido naquela época.

- É urgente a definição da Municipalização do Trânsito para que Araguari tenha autonomia sobre as suas vias urbanas e rurais para que possa aplicar a legislação de trânsito de forma mais eficiente, dotando a cidade de segurança viária.


OS DOIS LADOS NA POLÍTCA

A oposição

O senador Álvaro Dias (PR), vice-líder do PSDB, disse que o governo inflou os números do "Minha Casa, Minha Vida" numa jogada de "marketing" para impressionar a população de baixa renda. "Acho um desrespeito à família pobre desse país que se frustrará. Mais uma vez, milhões de brasileiros vão ficar alimentando apenas o sonho da casa própria", afirmou.

Para o líder do PSDB, Arthur Virgílio (AM), o governo "exagera" ao anunciar medidas que não serão cumpridas na prática. "O PAC [Programa de Aceleração do Crescimento] na propaganda é uma coisa, na prática é outra. Uma coisa é anunciar, outra é fazer", afirmou.

O governo

"Os compromissos que o presidente faz saem do coração. Do coração de quem viveu a vida que vocês vivem, que conhece as dificuldades pelas quais vocês passam, que sabe perfeitamente o que é não ter onde morar, o que é não ter esgoto, o que não ter água tratada - disse, arrancando aplausos e gritos isolados de 'presidente' ". Pronunciamento da ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff em balanço do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) no Distrito Federal, na segunda-feira (15/06). "O PAC não é projeto de marketing", afirmou a ministra.

Fonte: Folha Online / O Globo

Feira Livre

O comentário abaixo reflete a minha indignação com a matéria veiculada no jornal Correio de Araguari sobre a Feira Livre. Clique aqui para abrir a matéria.

Comentário do blogueiro:

Deprimente... como são todas as matérias deste jornal, mas essa da feira livre é um absurdo e falta total de conhecimento sobre as tradições e cultura de Araguari. A feira livre gera emprego, abastece, sim, a população com produtos diretos do campo, é local de encontro entre a população, realiza seu papel social, cultural, econômico e atrai turístas pela qualidade dos produtos comercializados. Se estivessem em desacordo com a legislação sanitária, não estariam trabalhando.

O poder público tem papel fundamental em contribuir para a continuidade desta tradição. Esse dinheiro investido pela prefeitura é muito bem empregado. Essas pessoas acordam cedo e trabalham duro, diferente do dono desse jornal que não sai do Palácio dos Ferroviários e esquece que ele, como não é funcionário público, deveria se ocupar em buscar matérias importantes para informar o araguarino no seu jornal, pois, o departamento de imprensa da própria prefeitura distribui as informações do executivo para todos os órgãos de imprensa. Trabalhar como os feirantes, quem escreveu essa matéria não quer.

Quero ter a certeza que o conteúdo da matéria não condiz com o pensamento do Poder Executivo e Legislativo Municipal.

Como o povo diz, quem não tem competência não se estabelece, essa matéria é a prova inconteste da falta de critério, ética e conhecimento acerca de Araguari, bem como, da mágoa que esses editores sentem por nossa cidade.

Sendo assim, fazer jornal apenas para publicar sensacionalismos é a pura burrice, falta de competência e demonstra o conteúdo de quem as escreve, publica e patrocina.
Desde o início, este jornal só publica aquilo que vai contra a população. Pergunta: Onde vocês querem chegar?

A máxima: "a crítica, a oposição e a contradição devem ser toleradas como condição do princípio de pluralismo, protegido pelo direito à liberdade de expressão"[Human Rights Watch (HRW)] e, neste sentido, temos que respeitar seus pontos de vista e, ainda, conviver com pessoas que usam a imprensa para colocar todo seu ódio contra aquilo que faz bem para a cidade.

Dica: Se querem ter um jornal, faça-o com profissionalismo, ética e respeito ao leitor, seja ele quem for.

Só pra lembrar: Jornalismo é uma atividade que tem como princípio noticiar dados sobre fatos verdadeiros, além de ser a prática de coletar, redigir, editar e publicar informações sobre eventos atuais sem imprimir comentários pessoais de quem os redige. Jornalismo é uma atividade de Comunicação e não a desconstrução da informação.

Se Araguari almeja ser uma cidade desenvolvida, necessita, primeiro, ter uma imprensa de alto nível e que faça seu trabalho com ética, moral, dignidade e respeito ao leitor, ouvinte e/ou telespectador. O trabalho tem que ser feito com qualidade e é o que a maioria dos jornalista faz, mas tem alguns que mancha a imprensa araguarina. Tenho certeza que Odilon Neves, presidente da Aprocima, colocará ordem neste setor.

Este é um desabafo de um cidadão araguarino, que exerce seu direito de expressão garantido na Constituição deste país e associa-se à indignação de todos os feirantes, produtores rurais e pessoas que tiram seu sustento da feira livre de Araguari, em virtude das declarações feitas por esse jornal Correio de Araguari.

Que Deus os ilumine hoje e sempre!

Se você pensa diferente ou igual, deixe seu comentário. O debate está aberto!

Leia matéria relacionada no blog Observatório de Araguari, clicando aqui.

Pinceladas (CENSURADAS)

HOMENAGEM

O meu reconhecimento da semana vai para os eternos namorados. Àqueles que verdadeiramente amam e se doam plenamente a pessoa amada, tornando o relacionamento de cada dia um aprendizado de compreensão, respeito e harmonia.

POLÍTICA (TEXTO ORIGINAL CENSURADO)

Se todos fossem iguais a você
Vai tua vida
Teu caminho é de paz e amor
A tua vida
É uma linda canção de amor
Abre teus braços e canta a última esperança
A esperança divina de amar em paz
Se todos fossem iguais a você
Que maravilha viver
Uma canção pelo ar
Uma mulher a cantar
Uma cidade a cantar
A sorrir, a cantar, a pedir
A beleza de amar
Como o sol, como a flor, como a luz
Amar sem mentir, nem sofrer
Existiria a verdade
Verdade que ninguém vê
Se todos fossem no mundo iguais a você.

Vinicius de Moraes / Antonio Carlos Jobim / Otto Lara Rezende

ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA (TEXTO ORIGINAL CENSURADO)

“Homem de bem com a vida, a favor da vida. A quem a vida nada se nega a vida. Criador de um lirismo em prosa e verso, falado e cantado, e sempre de exaltação a vida. A canção em Vinicius nasce de um encontro não vem de um conflito. Encontro consigo mesmo, com o outro, com sua cidade. Com o menino livre e feliz que foi, com o tempo da infância. Fonte inesgotável quando tudo era indizívelmente bom. Menino de beira de mar, os carinhos de vento no rosto e as frescas mãos de maré nos seus dedos de água.”

Vinicius de Moraes / Antonio Carlos Jobim / Otto Lara Rezende

TRÂNSITO (TEXTO ORIGINAL CENSURADO)

“Encontro com o próximo, com aquele que se dá a vida. O que não se defende, o que não se fecha, o que não se recusa participar do espetáculo fascinante da grande e da pequena ventura de viver.
Encontro com os amigos, parceiros da vida em comum, amigos da arte em comum. Encontro com a mulher amada, amiga infinitamente amiga. Encontro com a mulher do povo entre moringas e cenouras emolduradas de vassouras.”

Vinicius de Moraes / Antonio Carlos Jobim / Otto Lara Rezende

OBRAS PÚBLICAS (TEXTO ORIGINAL CENSURADO)

“Com o operário em construção, dono de uma nova dimensão, a dimensão da poesia. Encontro de sensibilidade pessoal com o sentimento popular da inspiração e da técnica pessoais com o rítmo e inspiração gerais. Encontro da mulher com o homem, do amor. Das palavras com a música, da poesia com a canção. Poesia de aliança com a vida e canção de aliança com a multidão. Voz pessoal mas compreendendo muitas vozes. Encontro com uma voz com todas as vozes.”

Vinicius de Moraes / Antonio Carlos Jobim / Otto Lara Rezende

PLANEJAMENTO (TEXTO ORIGINAL CENSURADO)

“Poeta do encontro, cantor de vida. Vinicius tomou partido do sentimento contra o ressentimento. Por isso, ele não semeia pedras com aquele que não ama, semeia canções, poesia. Vinicius canta o povo. O povo canta Vinicius.”

Vinicius de Moraes / Antonio Carlos Jobim / Otto Lara Rezende

Eis que tenham a nossa adaptação da letra:

“Arquiteto do encontro, urbanista da vida. Alessandre tomou partido do sentimento contra o ressentimento. Por isso, ele não semeia pedras com aquele que não ama, semeia canções, poesia. Alessandre conta ao povo. O povo conta com Alessandre.”

AUSÊNCIA

“Eu deixarei que morra em mim
o desejo de amar os teus olhos que são doces
Porque nada te poderei dar
senão a mágoa de me veres eternamente exausto
No entanto a tua presença
é qualquer coisa como a luz e a vida
E eu sinto que em meu gesto
existe o teu gesto e em minha voz a tua voz
Não te quero ter porque em meu ser tudo estaria terminado
Quero só que surjas em mim
como a fé nos desesperados
Para que eu possa levar
uma gota de orvalho
nesta terra amaldiçoada
Que ficou sobre a minha carne
como nódoa do passado
Eu deixarei...
tu irás e encostarás a tua face em outra face
Teus dedos enlaçarão outros dedos
e tu desabrocharás para a madrugada.
Mas tu não saberás que quem te colheu fui eu,
porque eu fui o grande íntimo da noite.
Porque eu encostei minha face na face da noite
e ouvi a tua fala amorosa.
Porque meus dedos enlaçaram os dedos da névoa
suspensos no espaço.
E eu trouxe até mim a misteriosa essência do teu abandono desordenado.
Eu ficarei só
como os veleiros nos pontos silenciosos.
Mas eu te possuirei como ninguém
porque poderei partir.
E todas as lamentações do mar,
do vento, do céu, das aves, das estrelas
Serão a tua voz presente,
a tua voz ausente,
a tua voz serenizada.”

Vinicius de Moraes

Um abraço, ótima semana e até UM DIA quando a censura terminar!

Teatro Profª. Odette Machado Alamy

Neste dia 05 de junho de 2009 um novo horizonte se abre para a preservação, divulgação e fomento a cultura de Araguari.

Foi realizada a cerimônia de reabertura do Teatro Profª Odette Machado Alamy anexo ao Educandário Espirita Prof. Eurípedes Barsanulfo a Av. Nicolau Dorázio n° 359. Na ocasião, também foi apresentado o projeto de Revitalização, Ampliação e Modernização do Educandário e do Teatro concebido pelo arquiteto e urbanista Alessandre Humberto de Campos.

Abaixo imagens da perspectiva do projeto:




Compareceram a cerimônia a família da Profª. Odette Machado Alamy, o Deputado Federal João Bittar (DEM/MG), o ex-Prefeito de Araguari Milton Lima Filho, o Presidente da FAEC Leonardo Daher de Melo, o radialista e poeta Jeovah Bittencourt, a apresentadora de Tv Marise Borela e demais convidados ilustres da nossa sociedade ligados a cultura.

Faça parte você também desta obra e contribua para o desenvolvimento cultural de Araguari.

Brevemente, o Teatro Profª. Odette Machado Alamy receberá a apresentação do Grupo WER (música) e da peça "O Caso dos Irmãos Naves" (teatro), ambos já confirmados, com a renda revertida para a construção do novo Teatro. Participe!!!

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