PERGUNTAS FREQUENTES

Estes dias parei para pensar sobre alguns assuntos e alguns questionamentos me fizeram buscar respostas:

1- Por que tanto ressentimento entre as pessoas? Será falta de um encontro com o verdadeiro propósito de Jesus Cristo: Amar o próximo como a ti mesmo?

2- Por que jogar pedra nos outros se o seu telhado é de vidro?

3- Se ser funcionário público municipal de Araguari não tem futuro, por que ESTAR lá como Diretor ganhando míseros R$1.400,00 em tempo integral e dedicação exclusiva? Será que os outros trabalhos em 3 horários diferentes em dias úteis em outras empresas, ou seja, na hora que deveria estar trabalhando na prefeitura, não basta?

4- Por que as pessoas mudam tanto suas convicções políticas? Hoje apoia um, amanhã já está defendendo outro?

5- Por que cumprir as leis é uma "bola fora"? Então, para o que serve as leis?

6- Será que um órgão público pode funcionar somente com funcionários contratados, excluindo os concursados que estão sendo tachados de preguiçosos e são obrigados a passar cartão, emitir relatório de produtividade para muitos cargos, diferentemente dos contratados que não tem horário para cumprir, não passam cartão, não tem obrigação de comprovar sua produtividade?

7- Qual o problema que certos indivíduos tem com pessoas formadas e que trabalham com ética?

8- Por que uma ação dentro da legalidade é motivo para sensacionalismo e comentários zangados com interesse de conspurcar a integridade moral de outrem.

9- Por que certos indivíduos acreditam ser poderosos ao ponto de "exigirem" atos que eles, por uma arrogância desenfreada, acreditam ser o certo, mesmo que sejam ilegais?

10- Por que indivíduos não conseguem dormir tranqüilos vendo o sucesso de outros? Será incompetência? Será inveja? Será doença? Será falta de Deus no coração?

Será que alguém pode me explicar por que "incomodo" tanto estas pessoas?


Se a falha for minha, estou pronto para uma mudança interior e deixá-los viver em harmonia.
Se a falha for deles, só peço que vivam em paz e me deixem viver em paz!

DIREITO DE RESPOSTA

Na edição de 30 de julho de 2009 na Coluna Salada Mista assinada pelo colunista e jornalista profissional Limírio Martins no Jornal Correio de Araguari foi publicada a seguinte nota:

(...)“O termo bola fora parece que extrapola os limites do esporte. A mais recente bola fora é do Presidente do Conselho Deliberativo do Patrimônio Histórico, arquiteto Alexandre Campos, que enviou correspondência à UNIPAC pedindo que a instituição interrompa as obras que estão sendo feitas de novos laboratórios e biblioteca, porque o Conselho não deu autorização para a ampliação em terreno próximo a bem tombado pelo Patrimônio Histórico. Vale lembrar que a UNIPAC está preservando o prédio principal com vários investimentos e se não fosse a instituição certamente o local já estaria em ruínas. Muito corajoso o arquiteto por estar querendo paralisar um investimento da ordem de 2 milhões e meio de reais, conforme anunciado recentemente pela própria imprensa. “

“Este Conselho do Patrimônio Histórico é o mesmo que tentou barrar a construção do prédio do grupo Sapattos no local do antigo Relicário; e que insiste em manter ruínas nos fundos do majestoso Palácio dos Ferroviários. Araguari precisa sair das amarras do atraso e pensar no desenvolvimento. E o próprio arquiteto Alexandre Campos foi autor de projetos de várias ampliações de salas e bloco administrativo na própria Unipac em um passado não muito distante.... Durma-se com um barulho desses....“(...)

Direito de Resposta
(Art. 5° inciso V da Constituição Federal de 1988)

O Presidente do Conselho Deliberativo Municipal de Patrimônio Histórico e Cultural de Araguari se chama Alessandre Humberto de Campos - observe que meu nome se escreve com ss e não com x - e está Presidente desde 2008. Cumprir a Lei neste país, na visão do colunista, é bola fora.

A correspondência enviada a UNIPAC foi um ofício e o pedido de interrupção das obras foi pelo fato da instituição ter demolido e iniciado a construção de um prédio em área que depende de autorização do Conselho por estar em perímetro de entorno de bem tombado, ou seja, a instituição citada pelo colunista está irregular. A UNIPAC possui alvará de demolição e construção com data anterior ao início das obras?

Esta autorização do Conselho está prevista na Lei Municipal n° 2449/89, portanto, não sou eu que quero paralisar a obra, a Lei que diz que precisa estar autorizado para construir. A UNIPAC está acima da Lei? Pelo visto o colunista quer que eu faça “vista grossa” para a situação, pois é uma obra de 2 milhões e meio, só que o valor do bem tombado é imensurável, e passa os 2 milhões e meio de reais.

O nobre colunista, que não buscou a informação correta sobre a demolição do prédio do Antigo Relicário, desconhece que o processo está sendo analisado pela Promotoria Pública e em breve teremos novidades sobre o fato. Desconhece também, que os casebres no fundo do Palácio dos Ferroviários está em área tombada pelo Estado de Minas Gerais e que o próprio colunista pode solicitar junto ao Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais – IEPHA/MG autorização para a demolição, ou ele mesmo ir lá e demolir os casebres que tanto perturbam suas vistas e responder pelo crime contra o Ordenamento Urbano e o Patrimônio Cultural, Art. 62 da seção IV da Lei 9605/98, com pena prevista de reclusão, de um a três anos, e multa.

O colunista também desconhece que quando fui autor de projetos de ampliações num total de mais de 4.000m² no Campus IX da UNIPAC, no período de 2005/2006, o Conselho Deliberativo Municipal de Patrimônio Histórico e Cultural de Araguari autorizou as obras e, como não tenho “rabo preso” com ninguém, minhas ações como Presidente do Conselho são autônomas e independentes de vínculos profissionais anteriores e atuais.

Estar amarrado ao atraso é não reconhecer que o desenvolvimento é inerente a cultura. Uma cidade que não valoriza e reconhece seu legado, sua memória, seus bens tombados e seus costumes é uma cidade sem identidade, ou seja, não é uma cidade e sim um amontoado de pedras. Só para lembrar: o que o senhor apresenta nos seus programas sertanejos de rádio, é um ato de preservação e divulgação cultural. Se eu fosse tão simplório, daria o mesmo conselho ao senhor: saia das amarras do atraso e faça um programa de rádio mais atual.

ECOALFABETIZAÇÃO

Aprender é um ato de entrega, de realização, de motivação e de decisão. O tempo investido neste ato é relativo ao grau de sensibilidade de cada um, ou seja, varia de acordo com a capacidade do ser humano em receber as informações, processá-las, absorvê-las e experimentá-las.

Sustentabilidade, atualmente, é definida como sendo a prática das atividades humanas para obtenção do custeio da vida em sociedade, respeitando a manutenção do ecossistema a longo prazo e valorizando os aspectos sociais e culturais pela justiça na distribuição de custos e benefícios.

A reciprocidade é fundamental no processo de aprendizado. Não basta ter ótimos orientadores, material didático claro e objetivo, espaço físico ou virtual atraente se não houver o engajamento de cada um em contribuir com suas experiências. Neste processo somos todos aprendizes-orientadores. Todas as ferramentas utilizadas em um curso devem ser dinâmicas, inclusive as ferramentas “aluno”, “tutor” e “professor”. A interação deve ser constante entre todos os “atores” dessa grande obra. Os “ingredientes” da didática, da clareza e da objetividade são importantes neste processo de indagações e formas de fazer pensar, integrado ao processo da reciprocidade, proatividade e a autonomia no processo de aprendizagem ecologica formando uma metodologia do aprender com qualidade, definem a sustentabilidade do aprender.

É necessário o despertar para a importância de aprender a aprender a educar-se, de organizar-se, de empenhar-se, de motivar-se e de inserir-se no processo de aprendizagem, de criação científica e no processo da vida como um protagonista e não como um coadjuvante que passa e não deixa suas impressões e não tira nenhuma impressão.

O ensinar é um processo de aprender a aprender, também, com o aprendiz. Explorar a autonomia do aprendiz pela curiosidade não tendo receio ou dificuldades de compartilhar experiências e conhecimentos em prol da continuidade e valorização do aperfeiçoamento pessoal e profissional é o grande diferencial no processo da sustentabilidade do aprender.

O aprendizado é o processo pelo qual se adquire conhecimento, durante um período, mediante experiências, ou seja, a busca por conceitos e práticas do passado que articulam nosso conhecimento atual.

A aprendizagem ecológica é o processo que estimula o aprendiz a ser um nativo do seu lugar e no seu tempo resgatando os princípios de vida sustentável.

A Ecoalfabetização é o conjunto de conceitos inerentes a processos comunitários calcados em princípios de sustentabilidade. O conhecimento de que toda a comunidade tem que estar engajada para atingir sustentabilidade é o resultado de um processo natural de sobrevivência e deve ser aprendido deste cedo.

Neste novo conceito a escola é um sistema colaborativo entre orientador-aprendiz por meio de uma liderança compartilhada, ou seja, a responsabilidade e autoridade surgem naturalmente nas suas interações.

O desenvolvimento dos projetos educacionais é baseado em princípios ecológicos, conceitos fundamentais em ecologia, que descrevem os padrões e processos pelos quais a natureza sustenta a vida.

A reformulação da educação pela ecoalfabetização tem como base estudantes de nível primário e médio pela religação dessas pessoas ao seu habitat e comunidades. A sala de aula é a ecologia da comunidade circunvizinha e não quatro paredes frias. A pedagogia deve estar no compromisso organizado com sistemas vivos e as vidas das pessoas que vivem pela graça desses sistemas.

O grande desafio é criar as comunidades sustentáveis – comunidades que são projetadas de tal modo que os seus modos de vida, negócios, economias, estruturas físicas e tecnologias não interfiram com a inerente habilidade da natureza para sustentar a vida.

Ser ecologicamente alfabetizado, ou ecoalfabetizado, significa compreender os princípios básicos de organização das comunidades ecológicas (isto é, ecossistemas) e ser capaz de incluí-los na vida diária das comunidades humanas.


Esclarecimento Público aos Araguarinos

O patrimônio cultural pode ser protegido por lei, ato administrativo ou decisão judicial. Tanto isso é verdade que a Lei 9.605/98 criminalizou agressões a bens protegidos por essas três vias. O tombamento de um bem é uma proteção legal onde se leva em conta a sua relevância cultural e depois de tombado ele passa a ser de responsabilidade da sociedade. O Conselho Deliberativo Municipal de Patrimônio Histórico e Cultural de Araguari, criado pelo Decreto Municipal 016/97 é o órgão que representa a sociedade perante os poderes constituídos deste Município, Estado e País no que tange ao patrimônio tombado.

De acordo com a Lei Municipal n° 2449/89 nenhuma intervenção poderá ser realizada em bem tombado ou no seu entorno sem a devida autorização do órgão competente, que no caso de patrimônio tombado em Araguari o órgão competente é o Conselho Deliberativo Municipal de Patrimônio Histórico e Cultural de Araguari.

Todos os proprietários de bens tombados no Município de Araguari têm ciência deste procedimento, ou seja, devem seguir a legislação, pois anualmente é feita vistoria em todos os bens tombados pela equipe da Divisão de Patrimônio Histórico da Fundação Araguarina de Educação e Cultura – FAEC e todas as orientações são passadas.

A maioria respeita e segue a legislação, alguns, por questões de ordem pessoal, fazem “vista grossa”. Diferente da minoria, eu, enquanto Presidente do Conselho Deliberativo Municipal de Patrimônio Histórico e Cultural de Araguari seguirei o que determina a legislação, cumprindo-a igualmente para qualquer um dos bens tombados independente de quem quer que seja o proprietário ou possuidor ou inquilino.

Ninguém, seja quem for, irá me intimidar no exercício das minhas atribuições como Presidente do Conselho Deliberativo Municipal de Patrimônio Histórico e Cultural de Araguari e como funcionário público municipal concursado.

Se, por algum motivo, as pessoas são compráveis, eu não o sou. Se, por algum motivo, as pessoas não cumprem as leis desse país, não serei eu que irei fazê-las cumprir, tenho minha consciência como meu norte. Se, por algum motivo, as pessoas acreditam que alguma pessoa física ou jurídica esteja acima da lei, precisa se inteirar da Constituição Federal. Se, por algum motivo, as pessoas acreditam que desrespeitar um patrimônio tombado não é crime, precisa se inteirar da Lei Federal n° 9.605/98 nos seus artigos 62 a 65.

Se, por algum motivo, as pessoas não têm responsabilidade com o patrimônio público e acreditam que desenvolvimento é destruí-los, estas pessoas não possuem condições intelectuais, morais, éticas e culturais para entender o que representa um simples “prego enferrujado” que sustentou os trilhos de uma ferrovia que trouxe para essa cidade melhores condições de vida para seu povo. Se por algum motivo serei condenado, prefiro ser pelo excesso do cumprimento dos meus deveres e não pela omissão ou pela corrupção ou pela bajulação.

Se apresentadores de um programa de rádio, mesmo não sendo jornalistas, classificam seu programa como jornalístico e não tem responsabilidade com o sensacionalismo que eles apregoam, está valendo a defesa pela desregulamentação da profissão de jornalista, pois assim estão livres e não precisam cumprir nenhuma legislação, apenas aquilo que é de interesse dos seus patrões de outras empresas e instituições.

Diferente destes bajuladores eu tenho que cumprir a legislação e prestar contas como agente público e cidadão, primeiro para a minha consciência, depois para os poderes constituídos. E, para terminar, se eu buscasse promoção eu entraria para o Big Brother da Rede Globo.

Alessandre Campos - arquiteto e urbanista – CREA/MG 88.817/D
Presidente do Conselho Deliberativo Municipal de Patrimônio Histórico e Cultural de Araguari

----------------------------------

Obs: Este post foi publicado em virtude de comentários feitos em uma rádio na cidade de Araguari, onde os apresentadores e repórteres, citaram o meu nome, até de forma errada, e tentaram jogar a opinião pública contra as ações do Conselho Deliberativo Municipal de Patrimônio Histórico e Cultural de Araguari que TRABALHA em defesa do patrimônio tombado cumprindo a legislação em vigor, na ocasião alegaram que estamos impedindo o desenvolvimento da cidade. As declarações deles, atestam a falta de conhecimento que os mesmos possuem sobre o tema e sobre a legislação pertinente e, divulgam o nosso trabalho de graça. Portanto, pedimos que eles continuem nos divulgando gratuitamente. Muito Obrigado!

----------------------------------

DEGRADAÇÃO URBANA

Um grande local na cidade é um dos principais pontos de degradação urbana de Araguari/MG, especificamente no Bairro dos Parques e Sibipiruna próximo do córrego Brejo Alegre.

Buraco do Jorge

A voçoroca (foto a esquerda) se formou por causa da retirada de material sólido, cascalho e saibro, para fins comerciais pelo proprietário da área em uma época que a preservação e a fiscalização ambiental não eram tão praticadas em nosso Município. Hoje essa prática já foi desativada, porém, a Prefeitura Municipal no governo passado definiu o local como sendo bota-fora formalizando-o para a disposição final dos Resíduos de Construção e Demolição.

O objetivo de utilizar o local como bota-fora ou central de entulho foi com a intenção de corrigir a topografia, preenchendo a voçoroca com material inerte. Como diz o ditado: “de boas intenções o inferno está cheio”.

Na época, os responsáveis por essa formalização, pelo meu entendimento, não realizaram estudos técnicos apropriados ou não observaram que a área possui várias nascentes que abastecem o Córrego Brejo Alegre. Com isso, devido à colocação de material inerte e orgânico naquele local é constante a poluição das águas subterrâneas e várias nascentes estão desaparecendo. Será que obtiveram licença ambiental para tal finalidade?

Além de resíduos da construção civil é também depositado no local material orgânico, (foto a esquerda) como podas de jardins, folhas - produto da varrição de ruas e podas de árvores, bem como, restos de papel, papelão e de móveis descartados alem de animais mortos e, pela decomposição desse material, está aflorando gases em vários pontos do terreno. Araguari possui uma bomba a céu aberto!

O material é espalhado por tratores (foto a direita) sem nenhum tipo de seleção, formando assim, bolsões de ar devido a acomodação natural de materiais de diferentes tamanhos e tipos sem compactação. Hoje está sendo formada uma montanha de entulhos que devido à forma de armazenagem desse material e por um eventual acúmulo de água devido a chuvas constantes, toda essa montanha pode vir a deslizar e soterrar a Rua Julio César de Souza (foto a esquerda), algo que poderá ser evitado.

Para a solução deste problema a área deverá ser reabilitada pela utilização de revegetação com espécies típicas do cerrado e mata galeria não inundável, após a paralisação da depositação deste material naquele local.

O material orgânico depositado no local poderá passar por um processo de compostagem (foto a esquerda) e ser utilizado nos jardins das praças e canteiros centrais de avenidas como adubo.

O material proveniente da construção civil por meio das demolições poderá ser muito bem reutilizado, após passar por uma triagem no mesmo local da demolição e vendido a casas que comercializam materiais de construção reciclados.

Aquele material não reaproveitável, o entulho, deverá ser direcionado a uma usina de beneficiamento de resíduos da construção e demolição, (foto abaixo) que poderá ser instalada no próprio local para, após a moagem, produzir aglomerados que serão utilizados na construção de casas populares, diminuindo custos e contribuindo com a sustentabilidade. A instalação da usina aumentará a oferta de emprego aos catadores que trabalham no local no meio da poeira (período seco) e do barro (período chuvoso) dando-lhes melhores condições de ganhar o seu sustento com dignidade.

Com essas ações, além de minimizar a degradação ambiental urbana, gera renda e minimiza os impactos sociais gerados por falta de oportunidades no mercado de trabalho.

Comentários