O sonho estilhaça
Pelo elo só passa
A luz da mordaça.
No balanço do vento
Sinto um alento
Para erguer-me do abatimento
Imposto nesse acolhimento.
Diante da retina, um sonho,
Percepção d’um individuo enfadonho
Que no êxtase se torna risonho
Mas, o que se vê é um moribundo tristonho.
Na esperança de desatar
Os grilhões e voar,
Ar puro respirar
E à vida contemplar,
Vejo-me nesse leito
Cumprindo uma pena de direito
Uso o tempo e aproveito
Para moldar-me num bom sujeito.
Alessandre Campos
01/10/2007
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